OS POLÍTICOS E O DOPPING
De uma forma ou de outra todos ficámos feridos com a confissão de Lance Amstrong. Uns de nós porque o admirávamos. Outros porque acreditaram que a sua força de vontade após venser o cancro, o tinha tornado um símbolo de que “quem quer muito, pode muito”. Outros de nóa ainda ficaram feridos por pensarem que depois disto já não se pode acreditar em ninguém. E o Messi? E o Cristiano? E o Phelps? O que é verdade e o que é mentira?
Anima-nos o facto de haverem testes que revelam o Dopping. Se quem os faz e analisa for honesto.
Mas existe outra espécie de dopping. Aquela que se toma na política. Que permite a autarcas e consultores políticos, assessores e deputados, Governantes e seus “compagnons de route” tornarem-se donos do que não lhes pertence, senhores do erário público, passam da política a grupos empresariais, das finanças públicas à banca. Refiro-me à corrupção. O pior dos Doppings. Aquele para o qual não existem nem testes, nem política de análises, nem laboratórios ou forças policiais. A justiça e os seus meandros foram eles que elaboraram as leis que se tornarão permeáveis à ua habilidade em dela se esgueirar.
A corrupção é o Dopping dos políticos. E como os culpados nunca são apanhados e punidos, acabam todos os que passam pela política serem sujeitos ao vexame de pensarem mal deles. E nós que acreditávamos ser possível viver em Liberdade e em Democracia, hoje pensamos que fazemos parte de uma engrenagem que nos irá triturar. E utilizar-nos para terem mais êxito nos seus “cambalachos” e roubos.
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