O SÍMBOLO DA INEFICÁCIA
Muitos dirão que é um sem importância. Acredito que o valor disto no momento que atravessamos não será nenhuma. Para além daquilo que representa. Para quem se arrepia com desleixo a que chegou Património municipal edificado, em construção ou à sua guarda, aquilo de que vou falar não é mais que o zumbido de uma mosca que passa e desaparece. Mas é simbólico e é como tal que vou abordar.
Na noite da passagem de ano aquele “pino” foi retirado do local em que se encontrava por alguém eufórico e deixado no local em que se encontra há 9 dias, junto ao nº 36 da Rua 1º de Dezembro. Não que esteja a incomodar. O seu armazenamento naquele local, é tão bom como em qualquer outro local.
Um destes dias cruzei-me com trabalhadoras da CMP que faziam a varredura junto ao local. Disse a uma delas para informar o encarregado de forma a que alguém o recolhesse. A resposta que me foi dada é que aquele era um assunto de outro departamento e que se ela comunicasse ao seu encarregado, entrava-lhe a 100 por um ouvido e saía-lhe a 200 pelo outro. Departamentos diferentes requerem tratamentos diversos. Assim funciona a CMP. O que é da varredura, não é das obras. Cada um por si e termina aí o assunto.
Ainda propuz vão lá mais de 10 anos que passando quem anda na varredura por um grande número das ruas da cidade, quando vissem ocorrências fossem elas quais fossem e de que tipo fossem, deveriam comunicar ao seu encarregado que encaminharia o assunto para quem tivesse capacidade para resolver. Debalde.
Independentemente do “pino” ter sido comprado pelo dinheiro de todos nós (incluindo os trabalhadores da CMP), o seu valor não justificaria um blog se ele não fosse um símbolo do tipo de funcionamento que ninguém quer, mas com que todos pactuamos. É o símbolo da ineficácia e da incompetência em que se movimentam os diferentes serviços autárquicos.
O PCP tão pronto quando era oposição em criticar os que eram poder, com o tempo adormeceu, perdeu criatividade e voluntariedade. Tornou-se um partido do “arco do poder” seja o que quer que seja que isso significa.
Elejo o “pino” como o 1º facto de 2013 na cidade de Peniche.
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