FORTALEZA DE PENICHE/POUSADA DE PENICHE foto: Hélder Blayer
Na “Voz do Mar” de 2019/03/23 li um artigo de opinião escrito por Ademar Vala Marques sobre o assunto em epígrafe. Embora julgue perceber as conotações político-partidárias do autor, não deixei de lhe prestar muita atenção dada a forma extremamente correcta como está escrito.
Também eu perfilho a ideia de que a melhor maneira de preservar aquele espaço é fazendo-o partilhar por algum empreendimento privado de custos muito elevados e que o proteja da devassa e dos exageros de uma utilização sem consequências.
Tornar o espaço da Fortaleza um local de turístico a ser utilizado pela classe alta ou média alta, será provavelmente a melhor forma de proteger o seu espaço museológico referente à Resistência. Porque nem me passa pela cabeça manter por muito mais tempo ali o restante espaço de Museu com os elevados índices de humidade que ali se verificam.
O artigo a que me refiro sugere que o actual executivo não tem sido muito claro sobre o eventual aproveitamento daquele espaço como Pousada. Que parece estar adormecido em relação ao assunto. Ou o que é pior ainda, não manifesta qualquer opinião ou vontade naquela matéria.
Eu sei que o PCP sempre considerou erradamente aquele espaço como “propriedade” sua. Por ali passam muitas memórias do seu passado de luta e têm receio de que seja conspurcado pelos endinheirados. É uma leitura insuficiente de Marx e de Lenine, que nunca desprezaram o dinheiro dos ricos para poder fazer florescer as suas propostas.
E não me passa pela cabeça que no século XXI ainda continuem agarrados a metáforas. A História julga aqueles que não a respeitam. E fugir à responsabilidade de preservar aquele espaço no seu todo é algo que não será perdoado no futuro.
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