terça-feira, março 30, 2010

A GREVE
As greves são um direito inalienável dos trabalhadores. A greve é a arma definitiva dos trabalhadores. Feitas estas afirmações posso ir ao que me interessa.
O que me incomoda não são as greves. Nem as manifestações que normalmente lhes associam. O que me chateia são os pretextos por vezes invocados para fazer greve. E as razões (?) que lhes estão subjacentes.
Ir para a greve porque a entidade patronal avalia os trabalhadores, é o mesmo que assaltar um banco e não dar à polícia o direito de investigar o assalto.
Ir para a greve porque o trabalhador X ganha mais que eu, é considerar que todos os trabalhos são iguais em direitos, deveres, garantias e responsabilidades. E todos sabemos que não são.
Ir para a greve afirmando que aquilo que outra pessoa ganha por ter feito um bom trabalho, dá para pagar as reivindicações dos trabalhadores, é o mesmo que garantir o direito ao assalto à algibeira de quem é bom no que faz e está a ser premiado por isso.
Recordo a ideia expressa no Verão de 1975 que afirmava: “Os ricos que paguem a crise”.
Não aceito que só o ordenado sirva para fazer comparações e que o trabalho que outros desenvolvem não mereça qualquer referência.
Não aceito que durante quarenta minutos tenha tido de suportar nas televisões os enfermeiros do “reviralho”, as unidades de saúde que são encerradas por terem uma média de 2 utentes por dia a utilizá-las, ou o Pinto da Costa e o coitadinho do Hulk que foi injustamente castigado por bater num cidadão pago para fazer a segurança dum recinto desportivo.
Alguma coisa está podre no reino da Dinamarca.

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