quarta-feira, maio 30, 2007

GAIVOTAS... Em Outubro de 2004 eu escrevia assim:
“Todos nós temos vindo a notar de há uns tempos a esta parte que se deu uma “invasão” pouco pacífica de gaivotas em Peniche.
Ao longo de muitos anos foram-se pagando muitas dezenas de milhares de contos aos técnicos da Reserva das Berlengas, para de forma científica cuidarem do eco sistema que se desenvolvia no Arquipélago da Berlenga.
O que é certo é que enquanto não houve reserva, entre pescadores, peixes, gaivotas, ratazanas, coelhos, lagartos, e outros visitantes das ilhas ia-se cumprindo o generoso hábito de se cumprir a cadeia alimentar e de cada um gerir os seus interesses particulares sem incomodar muito os seus outros parceiros das ilhas.
Que saudades do burro da Berlenga. Falo do burro mesmo burro. Não falo dos outros... Que saudades do tempo em que se transportavam uns quantos carneiros para a ilha, para tratarem do capim em excesso.
Achou-se que se deviam impor regras no acesso às ilhas, no deambular nelas, no que se poderia fazer ou não. E todos sabemos o que acontece quando os fanáticos ambientalistas começam a produzir sinais de stop.
Deixaram as gaivotas ao Deus-dará. Foi o que elas quiseram. Passaram a multiplicar-se de tal maneira que a breve trecho tiveram de armadilhar comida com veneno para matarem as gaivotas excedentárias. Esqueceram-se os doutos sábios que as gaivotas são os animais mais inteligentes que há a lutarem pela sua sobrevivência.
Quando viram que o peixe estava contaminado, fizeram o gesto do Zé Povinho, para os técnicos do ambiente e mandaram-lhes a eles comer as refeições envenenadas.
A última invenção que lhes passou pela cabeça, foi roubarem-lhes os ovos na ilha. As espertalhonas não foram de intrigas. Passaram a nidificar nos telhados da cidade.
E hoje os nossos telhados são literalmente assaltados por milhares de gaivotas que os vão sujando com detritos, apresentando alguns sinais de corrosão que nunca aqui foram vistos anteriormente. Para já não falar dos automóveis e das fachadas dos prédios.
E aquilo que eram relações de excelência entre os cidadãos do Concelho de Peniche e as gaivotas que de alguma forma até eram aqui bem vindas, tornou-se num inferno que poderá conduzir a uma guerra muito pouco pacífica com a fome das aves e a perturbação da população. Eu já assisti a um ataque massivo de gaivotas a uma caixa de sardinhas que o pessoal tinha arranjado para uma almoçarada daquelas. E já me contaram de ataques a pessoas que estendem roupa nos terraços, ou que trazem para casa as compras do mercado.
Que fazer? Eu por mim voltava ao que era antes. Não sem antes pedir uma indemnização aos técnicos que estragaram o nosso modo de vida.
E punha-os a seguir a plantar árvores na zona ardida do nosso país. Pode ser que se tornem mais úteis.”
Em 2007 com custos imputados à CMP, desencadeou esta uma acção de limpeza dos telhados, para uma tentativa de correcção dos prejuízos que estes passarões, por culpa dos outros “passarões, andam a espalhar por todo o património edificado da nossa cidade. Gostaria no final de saber quanto nos vai custar esta acção. Não para a virmos imputar a quem quer que seja. Mas para a atirarmos à cara dos espertalhões do ambiente quando estes começarem com discursos idiotas.

2 comentários:

Antonio Pedro disse...

Não concordo,embora respeite a sua opinião.

Unknown disse...

Bom, numa coisa não podes tirar o mérito aos Inginheiros, Técnicos e afins, que estão ou estiveram ao serviço da Reserva...
Eles atingiram os seus objectivos: reduziram a drasticamente a população gaivotal da Ilha!
Pergunta-lhes se eles se importam com o paradeiro actual delas...
AHAHAHAHHA. O problema que tinham para resolver, está resolvido pá.
Vocês (cidade) que se lixem :-P