quinta-feira, maio 24, 2007

OS PARADIGMAS DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Instalou-se no nosso país uma obsessão com a liberdade de expressão que torna este bem essencial da democracia, por vezes presa de uma cultura de impunidade total.
Quando aquele senhor da Madeira me trata por “cubano” está a fazer humor ou está a tentar ofender-me, sem saber sequer quem eu sou? Quando o mesmo dito cujo senhor utiliza a mesma linguagem desbragada para se referir aos sucessivos Presidentes da República, ou 1ºs Ministros, está a utilizar a Liberdade de Expressão “lato sensu”, ou está a pretender ofender onde dói mais, aquelas figuras públicas?
Quando no café chamamos “fdp...” ou “p...”ao 1º Ministro estamos a utilizar o Direito da Liberdade de Expressão ou estamos a pretender denegrir aquele representante do Estado que nos desagrada?
Não confundo ofensa gratuita com “Humor” saudável. Adoro os sketches dos “Gatos Fedorentos” de quem sou um fã incondicional. Ou do Herman dos bons velhos tempos. Julgo que já me expliquei bem ao que vinha. Vem isto tudo a propósito da celeuma de que os Jornais e Televisões se têm dado eco, quanto a uma “pretensa ofensa” que um senhor que até já foi deputado, e que se encontra a desempenhar funções de favor do Governo para não ter que trabalhar com alunos, teria dirigido ao 1º Ministro nessa qualidade. Ninguém sabe o que se passou a não ser os intervenientes na situação. Mas toda a gente opina que se cometeu um crime ao proceder a um inquérito disciplinar. Somos um povo engraçado. Falamos de falta de autoridade nas escolas, quando se trata dos comportamentos das criancinhas em relação aos senhores professores. Mas se for à atitude dos professores entre si, ou destes para com os seus superiores hierárquicos, já é um problema de atentado à Liberdade de Expressão. Não me façam rir por favor.
Reivindico a partir deste momento o direito aos alunos para poderem contar “piadas” sobre os seus professores, ou referirem-se às mães dos seus mestres, em nome da LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

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