“As Associações de Escolas
Ex.mos Senhoras e Senhores, responsáveis pelas diferentes estruturas do Ministério da Educação
Minhas senhoras:
Meus senhores:
Quando há 5 anos precisamente feitos agora, recebemos um edifício novo, com cadeiras e mesas, algum equipamento, umas quantas esferográficas e alguns quilos de papel em branco, para instalar uma Escola, olhámos uns para os outros e decidimos ali mesmo, no momento de começar a nossa actividade que o nosso objectivo prioritário seria o de lhe criarmos uma alma. Aquele edifício vazio e frio, cheio de ecos e de humidade do cimento ainda fresco, seria, teria que ser, um espaço de Alegria e de Amizade, que teria de influenciar para o futuro as gerações de alunos que ali passassem.
Assim é que metemos mãos à obra em dois sentidos dominantes: Partir em busca de uma identidade que nos unisse, descobrir o que poderíamos aprender que nos tornasse úteis num concelho em recessão económica e de graves carências sociais. Para levar a cabo a primeira das tarefas construímos no primeiro ano de existência o nosso Projecto Educativo, com o apoio de professores, alunos, funcionários, Associação de Pais, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, Equipa de Educação Especial e Delegação Escolar.
Para levar a cabo a segunda tarefa, durante o primeiro ano de existência fizemos a avaliação dos saberes dos nossos alunos, dos seus valores e cultura geral, das suas motivações e aptências, do mundo laboral que determinava a área de influência da Escola, das saídas sócio profissionais e escolares possíveis, das dificuldades e carências das escolas do 1º Ciclo que nos enviavam os seus alunos, dos apoios institucionais a solicitar quer ao CAE/Oeste, quer à DREL.
Escusado será dizer que no final do 1º ano de existência, tínhamos a consciência de que a constituição de turmas tinha que ser alterada, havia que aprofundar relações quer com as Escolas Básicas do 1º Ciclo, quer com a Escola Secundária, teríamos que fazer adaptações curriculares, alguns alunos embora integrados, teriam que passar por uma formação pré-profissional e que ... a rua, a vila, a população, os pais e encarregados de educação esperavam de nós mais e melhor.
Assim, no segundo ano iniciámos a assinatura de protocolos de colaboração com o CREAP (Centro de Reabilitação Profissional de Peniche), CENFIM, FORPESCAS, com Empresas da Área de influência da Escola, para a integração e Formação Profissional de alunos que com mais de 15 anos tinham como expectativa a inserção na vida activa..
Lançámos protocolos de colaboração com a Delegação Escolar e com a EB-1 de Atouguia da Baleia, no sentido dos alunos do 4º ano de escolaridade da vila, passarem a trabalhar na nossa escola as actividades de expressão físico-motora e a iniciação à Língua Estrangeira. Paralelamente disponibilizámos os nossos equipamentos gráficos e audiovisuais àquele estabelecimento de ensino. Iniciámos um projecto de interacção com a Junta de Freguesia no sentido de aquela Junta proceder à manutenção dos nossos parques ambientais e a Junta passou a utilizar os nossos equipamentos mecânicos na vila.
Acordámos com os empresários da área de influência da Escola na realização de um evento aberto à população de dois em dois anos com o seu apoio e suporte financeiro, a integrar nas Festas de Verão do Concelho de Peniche. E assim é que milhares de pessoas acorreram à Vila de Atouguia na realização da Feira Quinhentista e na Feira de Actividades Económicas.
Lançámos com o apoio da Escola Secundária de Peniche as actividades de integração dos nossos alunos naquele estabelecimento de Ensino, no âmbito do Projecto, “9º Ano e Agora?” e o processo de matrículas no 10º ano passou a ser da nossa exclusiva responsabilidade, sob a supervisão da Escola Secundária.
Iniciámos em colaboração com o Instituto de Reinserção Social a inclusão de jovens do Colégio de S. Bernardino que passaram a fazer o 3º ciclo na nossa Escola e tivemos alguns êxitos de que muito nos orgulhamos. Queremos destacar aqui o apoio que sentimos da Associação de Pais que sempre nos apoiou nesta iniciativa e que embora atenta à situação destes jovens em risco, nunca tomou qualquer atitude xenófoba ou fundamentalista nesta matéria.
E minhas senhoras e meus senhores o tempo corria e a nossa Escola deixou de ser um espaço fechado, para passar a ser um local onde os pais e as famílias passaram a acorrer para resolver os seus problemas. Com a ajuda da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal, com a colaboração dos Rotários e da Delegação da Cruz Vermelha, com contributos de cidadãos anónimos e de pequenas e médias de empresas, colaborámos na construção de casas de banho em casa dos nossos alunos, reforços alimentares, aquisição de vestuário, etc.
Com a colaboração de médicos residentes na Atouguia passámos a ter médico Escolar na Escola, desenvolvendo a temática “Educação para a Saúde” que o Centro de Saúde por falta de Recursos humanos não podia desenvolver. Com o apoio de uma companhia de Seguros, fizemos um Seguro de Responsabilidade Civil que abrange todos os nossos alunos, professores e Funcionários, que começa onde termina o Seguro Escolar. Com o apoio da Câmara Municipal, da Assembleia Municipal e da Junta de Freguesia, fizemos um Protocolo de transferência de competências para esta última e para a Escola no que respeita ao Pavilhão Gimnodesportivo e este hoje sem sobressaltos está efectivamente ao serviço da Comunidade, e esta é uma parte importante no seu aproveitamento em pleno.
Com o apoio do Centro de Formação de Professores de Peniche iniciámos acções de Formação para os Professores do 1º Ciclo e Educadores de Infância da àrea de influência da Escola e com eles colaborámos na execução dos Projectos Educativos das suas Escolas.
Lançámos mãos ao Despacho Conjunto do ME e do MEQP e iniciámos a aprendizagem das Rendas de Bilros na nossa Escola, actividade que faz parte do Património Cultural do nossos Concelho, que no seu 1º ano contou com a participação de 130 alunos e que contou com o apoio da DOCAPESCA, SA, que para nós adquiriu almofadas e bancos, indispensáveis a esta aprendizagem.
E ... estávamos nós muito descansados a fazer estas coisas, quando surgiu o Despacho Normativo 27/97. Reunimos com os nossos colegas do 1º Ciclo e conversámos sobre isto. E chegámos a uma conclusão. Este instrumento legal não era mais do que a institucionalização daquilo que entre nós, na Área Rural do Concelho de Peniche, mais coisa, menos coisa, já vínhamos a fazer. Aí decidimos avançar. Solicitámos o parecer da Câmara Municipal de Peniche que em sessão ordinária deliberou apoiar-nos na nossa iniciativa. Quando enviámos a proposta ao CAE, este chamou-nos a atenção para o facto de estarmos coxos. Faltavam-nos os Jardins de Infância da rede pública.
Mais um encontro, este com a presença do Sr. Coordenador e aqui estamos hoje todos juntos a falar do caminho que trilhámos para aqui chegar.
Como a canção podemos dizer: “viemos de longe, de muito longe. O que nós andámos para aqui chegar...” Hoje somos 157 crianças dos Jardins de Infância, 449 alunos do 1º Ciclo, 690 alunos do 2º e 3º Ciclo. Somos 109 professores e 60 funcionários. Representamos toda a área Rural do Concelho de Peniche. Freguesias da Atouguia da Baleia, Ferrel e Serra d’ El-Rei.
Que ao longo de 5 anos se foram conhecendo e aproximando e trabalhando em conjunto. Que se aperceberam que isoladamente não existem. Que aprenderam a confiar nas suas capacidades e na força que unidos podem ter para poderem realizar a sua actividade profissional de forma mais harmoniosa e consequente.
Diria que muitos são os caminhos da autonomia. Para nós foi o da identidade. Conhecermos e amarmos a nossa terra e identificarmo-nos com ela. Conhecermo-nos uns aos outros. Conhecermos e identificarmo-nos com o meio em que trabalhamos. Aprendendo os seus valores, a sua cultura e a natureza dela. Podíamos dizer que o nosso Projecto de Autonomia, consubstanciado neste momento numa capacidade organizacional, está a dar os seus primeiros passos. Por agora, reconhecida que foi a nossa identidade colectiva, vamos assumir essa responsabilidade e solidariamente desbravar os sinais de esperança que se abrem para nós. Vamos partir para a obtenção de um Projecto Educativo comum, no fundo transcrever em sinais e símbolos aquilo que, numa concepção sartriana já vai sendo a nossa “práxis”.
Iremos aprofundar as nossas relações com os Jardins de Infância e as Escolas do 1º Ciclo, oferecendo-lhes meios e colaboração e delas recebendo o conhecimento e o saber que irão permitir uma integração adequada e facilitadora das crianças na nossa Escola.
Iremos criar condições que permitam acções de Formação conjuntas visando a adequação dos saberes ao meio em que vivemos.
Iremos colaborar em planos de actividades complementares que racionalizem meios e recursos. Iremos estudar e implementar um Regime de Funcionamento do Conselho Pedagógico da Associação de Escolas que permita uma interacção entre pares e iguais nos vários níveis de Ensino. Começaremos por aqui a trilhar os nossos caminhos agora comuns.
Não sabemos aonde isto nos levará. Queremos ser capazes de sentirmos o espanto e a surpresa.
Minhas senhoras
Meus senhores
Perdoem-me as dúvidas e a incapacidade de saber dizer-vos mais. Não sei os limites da alma, nem do amor que sinto pela minha profissão. Não sei do que professores, funcionários, alunos e pais e encarregados de Educação são capazes de fazer quando unem esforços para lutar pelas nossas crianças e jovens. Ali, na Atouguia da Baleia, concelho de Peniche passa um rio onde construímos uma Barragem. É um pequeno rio, um riacho que não figura senão nos mapas militares. É o Rio de S. Domingos.
Este rio, a nossa Atouguia, a sua Associação de Escolas, O Ministério da Educação com o seu tamanho todo, aquilo que outros são capazes de fazer muito melhor e com mais qualidade do que nós, tudo isto é um bocado daquilo que o Poeta dizia:
“O Tejo é mais belo belo que o rio que corre pela minha aldeia,/Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”
Não nos faltem as forças, porque temos a coragem das nossas convicções.
Muito obrigado pela vossa paciência
Minhas senhoras:
Meus senhores:
Quando há 5 anos precisamente feitos agora, recebemos um edifício novo, com cadeiras e mesas, algum equipamento, umas quantas esferográficas e alguns quilos de papel em branco, para instalar uma Escola, olhámos uns para os outros e decidimos ali mesmo, no momento de começar a nossa actividade que o nosso objectivo prioritário seria o de lhe criarmos uma alma. Aquele edifício vazio e frio, cheio de ecos e de humidade do cimento ainda fresco, seria, teria que ser, um espaço de Alegria e de Amizade, que teria de influenciar para o futuro as gerações de alunos que ali passassem.
Assim é que metemos mãos à obra em dois sentidos dominantes: Partir em busca de uma identidade que nos unisse, descobrir o que poderíamos aprender que nos tornasse úteis num concelho em recessão económica e de graves carências sociais. Para levar a cabo a primeira das tarefas construímos no primeiro ano de existência o nosso Projecto Educativo, com o apoio de professores, alunos, funcionários, Associação de Pais, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, Equipa de Educação Especial e Delegação Escolar.
Para levar a cabo a segunda tarefa, durante o primeiro ano de existência fizemos a avaliação dos saberes dos nossos alunos, dos seus valores e cultura geral, das suas motivações e aptências, do mundo laboral que determinava a área de influência da Escola, das saídas sócio profissionais e escolares possíveis, das dificuldades e carências das escolas do 1º Ciclo que nos enviavam os seus alunos, dos apoios institucionais a solicitar quer ao CAE/Oeste, quer à DREL.
Escusado será dizer que no final do 1º ano de existência, tínhamos a consciência de que a constituição de turmas tinha que ser alterada, havia que aprofundar relações quer com as Escolas Básicas do 1º Ciclo, quer com a Escola Secundária, teríamos que fazer adaptações curriculares, alguns alunos embora integrados, teriam que passar por uma formação pré-profissional e que ... a rua, a vila, a população, os pais e encarregados de educação esperavam de nós mais e melhor.
Assim, no segundo ano iniciámos a assinatura de protocolos de colaboração com o CREAP (Centro de Reabilitação Profissional de Peniche), CENFIM, FORPESCAS, com Empresas da Área de influência da Escola, para a integração e Formação Profissional de alunos que com mais de 15 anos tinham como expectativa a inserção na vida activa..
Lançámos protocolos de colaboração com a Delegação Escolar e com a EB-1 de Atouguia da Baleia, no sentido dos alunos do 4º ano de escolaridade da vila, passarem a trabalhar na nossa escola as actividades de expressão físico-motora e a iniciação à Língua Estrangeira. Paralelamente disponibilizámos os nossos equipamentos gráficos e audiovisuais àquele estabelecimento de ensino. Iniciámos um projecto de interacção com a Junta de Freguesia no sentido de aquela Junta proceder à manutenção dos nossos parques ambientais e a Junta passou a utilizar os nossos equipamentos mecânicos na vila.
Acordámos com os empresários da área de influência da Escola na realização de um evento aberto à população de dois em dois anos com o seu apoio e suporte financeiro, a integrar nas Festas de Verão do Concelho de Peniche. E assim é que milhares de pessoas acorreram à Vila de Atouguia na realização da Feira Quinhentista e na Feira de Actividades Económicas.
Lançámos com o apoio da Escola Secundária de Peniche as actividades de integração dos nossos alunos naquele estabelecimento de Ensino, no âmbito do Projecto, “9º Ano e Agora?” e o processo de matrículas no 10º ano passou a ser da nossa exclusiva responsabilidade, sob a supervisão da Escola Secundária.
Iniciámos em colaboração com o Instituto de Reinserção Social a inclusão de jovens do Colégio de S. Bernardino que passaram a fazer o 3º ciclo na nossa Escola e tivemos alguns êxitos de que muito nos orgulhamos. Queremos destacar aqui o apoio que sentimos da Associação de Pais que sempre nos apoiou nesta iniciativa e que embora atenta à situação destes jovens em risco, nunca tomou qualquer atitude xenófoba ou fundamentalista nesta matéria.
E minhas senhoras e meus senhores o tempo corria e a nossa Escola deixou de ser um espaço fechado, para passar a ser um local onde os pais e as famílias passaram a acorrer para resolver os seus problemas. Com a ajuda da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal, com a colaboração dos Rotários e da Delegação da Cruz Vermelha, com contributos de cidadãos anónimos e de pequenas e médias de empresas, colaborámos na construção de casas de banho em casa dos nossos alunos, reforços alimentares, aquisição de vestuário, etc.
Com a colaboração de médicos residentes na Atouguia passámos a ter médico Escolar na Escola, desenvolvendo a temática “Educação para a Saúde” que o Centro de Saúde por falta de Recursos humanos não podia desenvolver. Com o apoio de uma companhia de Seguros, fizemos um Seguro de Responsabilidade Civil que abrange todos os nossos alunos, professores e Funcionários, que começa onde termina o Seguro Escolar. Com o apoio da Câmara Municipal, da Assembleia Municipal e da Junta de Freguesia, fizemos um Protocolo de transferência de competências para esta última e para a Escola no que respeita ao Pavilhão Gimnodesportivo e este hoje sem sobressaltos está efectivamente ao serviço da Comunidade, e esta é uma parte importante no seu aproveitamento em pleno.
Com o apoio do Centro de Formação de Professores de Peniche iniciámos acções de Formação para os Professores do 1º Ciclo e Educadores de Infância da àrea de influência da Escola e com eles colaborámos na execução dos Projectos Educativos das suas Escolas.
Lançámos mãos ao Despacho Conjunto do ME e do MEQP e iniciámos a aprendizagem das Rendas de Bilros na nossa Escola, actividade que faz parte do Património Cultural do nossos Concelho, que no seu 1º ano contou com a participação de 130 alunos e que contou com o apoio da DOCAPESCA, SA, que para nós adquiriu almofadas e bancos, indispensáveis a esta aprendizagem.
E ... estávamos nós muito descansados a fazer estas coisas, quando surgiu o Despacho Normativo 27/97. Reunimos com os nossos colegas do 1º Ciclo e conversámos sobre isto. E chegámos a uma conclusão. Este instrumento legal não era mais do que a institucionalização daquilo que entre nós, na Área Rural do Concelho de Peniche, mais coisa, menos coisa, já vínhamos a fazer. Aí decidimos avançar. Solicitámos o parecer da Câmara Municipal de Peniche que em sessão ordinária deliberou apoiar-nos na nossa iniciativa. Quando enviámos a proposta ao CAE, este chamou-nos a atenção para o facto de estarmos coxos. Faltavam-nos os Jardins de Infância da rede pública.
Mais um encontro, este com a presença do Sr. Coordenador e aqui estamos hoje todos juntos a falar do caminho que trilhámos para aqui chegar.
Como a canção podemos dizer: “viemos de longe, de muito longe. O que nós andámos para aqui chegar...” Hoje somos 157 crianças dos Jardins de Infância, 449 alunos do 1º Ciclo, 690 alunos do 2º e 3º Ciclo. Somos 109 professores e 60 funcionários. Representamos toda a área Rural do Concelho de Peniche. Freguesias da Atouguia da Baleia, Ferrel e Serra d’ El-Rei.
Que ao longo de 5 anos se foram conhecendo e aproximando e trabalhando em conjunto. Que se aperceberam que isoladamente não existem. Que aprenderam a confiar nas suas capacidades e na força que unidos podem ter para poderem realizar a sua actividade profissional de forma mais harmoniosa e consequente.
Diria que muitos são os caminhos da autonomia. Para nós foi o da identidade. Conhecermos e amarmos a nossa terra e identificarmo-nos com ela. Conhecermo-nos uns aos outros. Conhecermos e identificarmo-nos com o meio em que trabalhamos. Aprendendo os seus valores, a sua cultura e a natureza dela. Podíamos dizer que o nosso Projecto de Autonomia, consubstanciado neste momento numa capacidade organizacional, está a dar os seus primeiros passos. Por agora, reconhecida que foi a nossa identidade colectiva, vamos assumir essa responsabilidade e solidariamente desbravar os sinais de esperança que se abrem para nós. Vamos partir para a obtenção de um Projecto Educativo comum, no fundo transcrever em sinais e símbolos aquilo que, numa concepção sartriana já vai sendo a nossa “práxis”.
Iremos aprofundar as nossas relações com os Jardins de Infância e as Escolas do 1º Ciclo, oferecendo-lhes meios e colaboração e delas recebendo o conhecimento e o saber que irão permitir uma integração adequada e facilitadora das crianças na nossa Escola.
Iremos criar condições que permitam acções de Formação conjuntas visando a adequação dos saberes ao meio em que vivemos.
Iremos colaborar em planos de actividades complementares que racionalizem meios e recursos. Iremos estudar e implementar um Regime de Funcionamento do Conselho Pedagógico da Associação de Escolas que permita uma interacção entre pares e iguais nos vários níveis de Ensino. Começaremos por aqui a trilhar os nossos caminhos agora comuns.
Não sabemos aonde isto nos levará. Queremos ser capazes de sentirmos o espanto e a surpresa.
Minhas senhoras
Meus senhores
Perdoem-me as dúvidas e a incapacidade de saber dizer-vos mais. Não sei os limites da alma, nem do amor que sinto pela minha profissão. Não sei do que professores, funcionários, alunos e pais e encarregados de Educação são capazes de fazer quando unem esforços para lutar pelas nossas crianças e jovens. Ali, na Atouguia da Baleia, concelho de Peniche passa um rio onde construímos uma Barragem. É um pequeno rio, um riacho que não figura senão nos mapas militares. É o Rio de S. Domingos.
Este rio, a nossa Atouguia, a sua Associação de Escolas, O Ministério da Educação com o seu tamanho todo, aquilo que outros são capazes de fazer muito melhor e com mais qualidade do que nós, tudo isto é um bocado daquilo que o Poeta dizia:
“O Tejo é mais belo belo que o rio que corre pela minha aldeia,/Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”
Não nos faltem as forças, porque temos a coragem das nossas convicções.
Muito obrigado pela vossa paciência
1 comentário:
Hoje digo com toda a certeza: tenho MUITO orgulho nas minhas escolas: primária do Filtro e na Atouguia. Foram elas que me construíram, ensinaram e apoiaram. Tenho orgulho nas escolhas que os meus pais fizeram. Sinto-me feliz por todos os professores que tive, o que não implica que goste de todos e que todos fossem bons professores, mas pelos menos aprendi a não ser como eles, bem como aprendi a ser como todos os outros bons professores que tive. Sei que tenho o percurso académico que tenho, assim como os valores, porque me construíram desta forma que sou. Podia ser muito melhor, mas como também podia ser muito pior: sou feliz por ser assim. Sou feliz por os meus AMIGOS serem os da Atouguia e só por isso valeu a pena a escola de que se fala ter sido construída com tanto amor.
P.S. recordo-me com alegria: o meu primeiro dia de aulas, as GRANDES campanhas de Natal, os intervalos, as aulas, os funcionários, os professores, as aulas de teatro, o Clube da Natureza, o Jornal da Escola, a biblioteca, as visitas de estudo, a Minha Missa de Finalistas e claro “a nossa praia” (que deixamos marcada quando nos viemos embora). Fui do 5ºD, 6ºD, 7ºA, 8ºA e 9ºA (e não imaginam o que isso significa para mim e a quem estas turmas pertenceu).
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