quarta-feira, maio 16, 2007

A VOZ DO MAR
A notícia em jeito de comunicado inserta na pág. 3 da sua última edição, só pode apanhar desprevenidos os menos atentos. O Prof. Seara que ao longo das últimas décadas tem sido a “alma mater” deste periódico regionalista abandona as suas funções como Editor e Director, por razões que se prendem com incompatibilidades com a Administração do jornal cá do burgo.
Na hora de optar, o proprietário do Jornal fez a sua escolha, partindo as suas ligações com o elo mais fraco. Não nos iludamos. O responsável pela retirada do Prof. Seara é a empresa sua proprietária.
O que vai acontecer a partir de agora a este periódico é muito pouco importante. Peniche não tem, em minha opinião, condições de facto para ter um Jornal a sério. “A Voz do Mar” vai melhorar a sua função com a saída do Seara. Este dava-lhe um ar de independência que agora vai perder definitivamente. Vai passar a ser aquilo que deve ser. Um Jornal de Paróquia sem eufemismos. Vai trazer mortos, casamentos e baptizados, umas transcrições de literatura avulsa de cariz católico e pouco mais. Aliás o que tem sido desde sempre, embora com uns borrifos de perfume com que o Seara de vez em quando o aspergia, para lhe poder dar um certo ar do seu tempo. Mas as pessoas cansam-se.

3 comentários:

Antonio Pedro disse...

Assino e subscrevo.Demasiado engagé, demasiado pesado. Só mesmo para saber quem foi embora.

Unknown disse...

A Voz do Mar reflecte as necessidades da maioria da população de Peniche. Não exigem mais. Não precisam de mais. É triste? É, mas é verdade.
A Voz do Mar podia ter mais qualidade e com ela, ensinar as pessoas a ter interesse por outras páginas para além da de necrologia?
Podia.
Porque não o faz ou fez? Por comodismo. Dá-se ao povo apenas o que ele quer. É o mais fácil

jp disse...

Talvez esteja na hora de contratar o Seabra e montar um novo projecto em suporte virtual, mas com a dignidade que Peniche merece.
Em todo o espectro político penicheiro há personalidades capazes de garantir uma participação interessante, uma independência intocável e uma discussão construtiva.

Será que os penicheiros já tem a maturidade suficiente para isso?

continuação de boas e mais conversas

um abraço
jp