terça-feira, março 09, 2010

O MIGUEL ESTEVES CARDOSO
Habituei-me a ler o que escreve ao longo dos anos. È mordaz sem ser vulgar. Consegue falar de vulgaridades sem se tornar aborrecido. Gosto de o ler. Por vezes, naqueles dias em que nada apetece, ler o que escreve é balsâmico. Permite-me gostar sem pensar em mais nada senão no que gostei.
A certa altura sem saber porquê, desapareceu dos sítios que frequento pela leitura. Até que há pouco tempo o fui encontrar no Público que é um Jornal que deixei de ler à medida que o seu anterior director o foi tornando mais obsessivo. O MEC tem uma crónica diária, pequenina, incisiva, onde faz pontaria. Quando agora compro aquele jornal à 6ª feira (para ler o Ípsilon) lá o revejo.
Foi quando me apercebi que ele pertencia há algum tempo ao clube dos desafiadores no qual também me incluo. O que sei do que li daquilo que ele de vez em quando diz, é que o MEC é um resistente. Tal como eu, também ele tem boas razões para elogiar o SNS. E sinto que os nossos médicos que se têm dedicado à Oncologia, são mestres na Arte de ensinar a viver. Sem mariquices. Encarando a merda do caranguejo de frente.
Aprendi a viver mais intensamente a vida depois de me ter sido diagnosticado cancro e de ter sido operado. Este tempo emprestado que me deram está a ser aproveitado até ao tutano. E ao ver a forma como o MEC encara o que lhe coube na puta da rifa marada que lhe calhou, julgo perceber que também ele está de bem consigo próprio, o que é a melhor forma do combate que está a enfrentar.
Ser lamechas ou coitadinho não faz o género. E o MEC, o meu MEC, é um homem de combate, não havendo lutas desiguais para ele. Ele está sempre em pé de igualdade com os seus “pretensos” inimigos.
Amigo MEC, gostaria de não te ter reencontrado no meu clube. Mas já que cá estás dá umas dicas ao pessoal. Sabe bem ouvir, ler e ver os resistentes. Tudo do melhor para ti.

1 comentário:

MEC disse...

Tudo de melhor para ti, também, Zé!

Comoveste-me e deste-nos força e agradeço-te, sem lamechices mas com um abraço forte,

Miguel