ANTÓNIO NETO D’ ALMEIDA
70 anos! Há precisamente 70 anos que na madrugada do dia de hoje (12 de Junho de 1937) por causa das pesadas neblinas que caíram sobre a nossa costa, aproava nas rochas da Berlenga Grande o navio brasileiro CUYABÁ.
A sequência de fotos que se seguem é desde o encalhe até à retirada dos passageiros que entretanto foram alojados em Peniche, enquanto se procedia ao desencalhe do navio. Decorrido quase um ano sobre este naufrágio, a 23 de Março de 1938 nasceu em Peniche de Cima, na zona do Forte da Luz, um menino que tudo indicava não sobreviveria muito tempo ao parto. Esse menino foi registado e baptizado com o nome que deu origem a esta conversa de hoje. Mas tal como o CUYABÁ, assim o nosso António Neto d’ Almeida conseguiu sobreviver a tantas dificuldades. Como o nome do navio andava de boca em boca, como se de um milagre se tratasse depois de ter naufragado ter conseguido salvar-se, assim o menino António passou a ser conhecido pelo “Cuyabá” por da lei da morte se ter libertado e nunca mais ninguém (nem ele próprio) o conheceu por outro.
Cuyabá lhe chamaram e Cuyabá ficou até hoje e tornou-se uma referência de Peniche de Cima e do Forte da Luz. Lapas e ouriços é com ele. Amigo do seu amigo aqui fica a história do “Cuyabá” o símbolo da resistência dos homens no mar de Peniche, face às intempéries que por vezes a tornam noiva do mar e viúva dos seus homens.
1 comentário:
Não sei porquê mas as fotos (do senhor) fizeram-me ler o texto. Tem cara de oa pessoa...
Mas no entanto, o que eu vim cá fazer foi mandar um abraço ao sr. Cafretal...
E agora ? Quanto tempo pra descobrir quem é que o manda ?
Grande Abraço !
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