
"Conversar em Peniche" não é necessariamente conversar sobre Peniche. Também mas não só. Algumas vezes assumirá um papel de raiva. Ou de guerra. Será provocador qb. Comprometido. Não será isento nem de erros nem de verdades (os meus, e as minhas). O resto se verá...
quarta-feira, novembro 05, 2008
segunda-feira, novembro 03, 2008
FALTA DE SENTIDO DE ESTADO E DE PUDOR
A cena a que podemos assistir na cimeira Ibero-Americana, de um 1º Ministro a “vender” um produto que, pesem as suas virtudes, não tinha a ver uma “peva” com o assunto da dita reunião, é confrangedor para não utilizar palavra pior.
Já conhecia o “Paulinho das feiras”, mas que a atitude tivesse feito escola é que nunca me tinha apercebido. Até ver o que vi. E que me envergonhou. Nem falar para representantes de países do 3º Mundo justifica estar a “impingir” um produto, como quem vende banha da cobra. Existem outros meios e personagens próprios para isso. E ainda me falam do orgulho de ser português…
Pior que isto só a alternativa que temos para este vendedor. Uma senhora feia e de maus fígados que acha que quem recebe 426€ não deve receber 450€ porque isso pode por em causa a economia do país. Será que a bruxa velha sabe o que é viver hoje com 90 contos por mês? Estão bem um para o outro. Venha o diabo e escolha.
A cena a que podemos assistir na cimeira Ibero-Americana, de um 1º Ministro a “vender” um produto que, pesem as suas virtudes, não tinha a ver uma “peva” com o assunto da dita reunião, é confrangedor para não utilizar palavra pior.
Já conhecia o “Paulinho das feiras”, mas que a atitude tivesse feito escola é que nunca me tinha apercebido. Até ver o que vi. E que me envergonhou. Nem falar para representantes de países do 3º Mundo justifica estar a “impingir” um produto, como quem vende banha da cobra. Existem outros meios e personagens próprios para isso. E ainda me falam do orgulho de ser português…
Pior que isto só a alternativa que temos para este vendedor. Uma senhora feia e de maus fígados que acha que quem recebe 426€ não deve receber 450€ porque isso pode por em causa a economia do país. Será que a bruxa velha sabe o que é viver hoje com 90 contos por mês? Estão bem um para o outro. Venha o diabo e escolha.
domingo, novembro 02, 2008
sábado, novembro 01, 2008
quarta-feira, outubro 29, 2008
NOTÍCIAS QUE ME MAGOAM…
A notícia é a de que um grupo de professores numa acção de formação, decidiu fazer uma critica feroz à ideia de se distribuírem computadores a preços acessíveis a todos os alunos do 1º ciclo. Fizeram um vídeo e colocaram-no no YouTube.
Bom era o tempo em que só os professores tinham acesso a materiais didácticos.
Bom era o tempo em que os professores eram a única fonte de saber.
Bom era o tempo em que os professores passavam e só por serem professores ninguém os punha em causa.
O processo de avaliação é complexo e burocrático, mas têm tempo para se dedicarem à farsa.
O processo de avaliação não permite seriar os melhores entre pares e iguais, mas a comédia e a representação, sim.
A acção de formação não serviu para transmitir saberes entre escolas para potencializar conhecimentos, mas serviu para por em causa o que possa significar mudança e alteração a métodos tradicionais.
Ainda não vi uma crítica à iniciativa que dissesse, com estes métodos os alunos tornam-se mais incompetentes.
A notícia é a de que um grupo de professores numa acção de formação, decidiu fazer uma critica feroz à ideia de se distribuírem computadores a preços acessíveis a todos os alunos do 1º ciclo. Fizeram um vídeo e colocaram-no no YouTube.
Bom era o tempo em que só os professores tinham acesso a materiais didácticos.
Bom era o tempo em que os professores eram a única fonte de saber.
Bom era o tempo em que os professores passavam e só por serem professores ninguém os punha em causa.
O processo de avaliação é complexo e burocrático, mas têm tempo para se dedicarem à farsa.
O processo de avaliação não permite seriar os melhores entre pares e iguais, mas a comédia e a representação, sim.
A acção de formação não serviu para transmitir saberes entre escolas para potencializar conhecimentos, mas serviu para por em causa o que possa significar mudança e alteração a métodos tradicionais.
Ainda não vi uma crítica à iniciativa que dissesse, com estes métodos os alunos tornam-se mais incompetentes.
terça-feira, outubro 28, 2008
ÚLTIMA HORA
Sindicatos e Associações de Professores não se entendem quanto às datas das manifestações contra a sua Avaliação. Grande novidade…
Os professores começaram por nunca se entenderem quanto aos seus sindicatos. Resultado, existem quase tantos sindicatos quanto os professores. Não satisfeitos, começaram a tentar criar uma Ordem, no meio da Desordem reinante. Não satisfeitos agora começaram a formar associações. Via internet e via telemóvel. Como cada um tem um computador e como cada um tem pelo menos um telemóvel…imaginem o número de associações.
São estas pessoas que NÃO querem ser avaliadas e que tratam dos nossos filhos nas escolas.
Sindicatos e Associações de Professores não se entendem quanto às datas das manifestações contra a sua Avaliação. Grande novidade…
Os professores começaram por nunca se entenderem quanto aos seus sindicatos. Resultado, existem quase tantos sindicatos quanto os professores. Não satisfeitos, começaram a tentar criar uma Ordem, no meio da Desordem reinante. Não satisfeitos agora começaram a formar associações. Via internet e via telemóvel. Como cada um tem um computador e como cada um tem pelo menos um telemóvel…imaginem o número de associações.
São estas pessoas que NÃO querem ser avaliadas e que tratam dos nossos filhos nas escolas.
domingo, outubro 26, 2008
LI E NÃO ACREDITEI…
O DN de hoje (25 de Outubro) publica uma afirmação do secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), que me deixou boquiaberto: “Centenas de escolas têm avaliação parada”. E isto é dito, deixa o jornal transparecer, com satisfação.
Isto assusta-me e enoja-me. Não pelas razões do senhor Mário Nogueira. Por outras mais singulares. Mas minhas.
Em primeiro lugar nunca vi nenhum sindicato interessado em avaliação nenhuma de professores. Os sindicatos partem do princípio que todos os professores são bons o que sabemos não corresponder à verdade, como todos os que passaram por escolas constataram.
Não vi os sindicatos nunca porem em causa a formação inicial de professores e no entanto sabemos como ela se tem vindo a degradar e as lacunas graves com que chegam às escolas, mercê da falta de um contexto real de prática lectiva apoiada que depois só têm quando se lhe deparam alunos sem que estejam preparados para isso.
Quantas vezes fui chamado à sala de aula porque o professor não conseguia controlar os seus alunos…Mas a formação inicial, facilitadora e sem qualidade e exigência no acesso ao ensino superior, essa é intocável. Digam num estudo sério quais as médias de classificação dos alunos que ingressaram no nas Escolas Superiores de Educação e quantos tiveram resultados superiores a 12 valores em Matemática e Português nos últimos 10 anos. Depois admiram-se…
E os professores que todos conhecemos que são incapazes de trabalharem com crianças? Que lhes fazemos? Alguma vez os sindicatos deram sugestões para esses casos?
Os sindicatos acham que a avaliação (?) de professores pode ser feita desde que estes participem com êxito ao longo da carreira em acções de formação, o que também sabemos não ter qualquer correspondência na melhoria da sua prática lectiva.
Os professores nunca tomaram medidas contra os sistemas de avaliação de alunos que ao longo dos últimos anos têm proliferado. E no entanto alguns deles continham lacunas ou erros colossais que tiveram como consequência os péssimos resultados que hoje podemos observar nos que passaram nas escolas e agora desenvolvem uma vida profissional. Os sindicatos, esses ficaram encolhidos no seu cantinho a ver passar os cavalos.
Afinal com esta barafunda a que vimos assistindo nos últimos dois anos nas escolas, acabamos percebendo que o que sempre esteve em causa foi a avaliação dos professores. Foi o fim do bem-bom que os “chateou”. Que raio. Tiveram tempo para apresentarem propostas alternativas. Que dessem a todos uma ideia clara de que não receiam ser avaliados.
Complexo o sistema do Ministério? Trabalhoso e burocrático? Acredito que seja. Mas cumpram-no e sugiram a correcção do que pode melhorar o sistema. Mas sem lhe fugirem. Começo a estar farto de tanta incompetência.
O DN de hoje (25 de Outubro) publica uma afirmação do secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), que me deixou boquiaberto: “Centenas de escolas têm avaliação parada”. E isto é dito, deixa o jornal transparecer, com satisfação.
Isto assusta-me e enoja-me. Não pelas razões do senhor Mário Nogueira. Por outras mais singulares. Mas minhas.
Em primeiro lugar nunca vi nenhum sindicato interessado em avaliação nenhuma de professores. Os sindicatos partem do princípio que todos os professores são bons o que sabemos não corresponder à verdade, como todos os que passaram por escolas constataram.
Não vi os sindicatos nunca porem em causa a formação inicial de professores e no entanto sabemos como ela se tem vindo a degradar e as lacunas graves com que chegam às escolas, mercê da falta de um contexto real de prática lectiva apoiada que depois só têm quando se lhe deparam alunos sem que estejam preparados para isso.
Quantas vezes fui chamado à sala de aula porque o professor não conseguia controlar os seus alunos…Mas a formação inicial, facilitadora e sem qualidade e exigência no acesso ao ensino superior, essa é intocável. Digam num estudo sério quais as médias de classificação dos alunos que ingressaram no nas Escolas Superiores de Educação e quantos tiveram resultados superiores a 12 valores em Matemática e Português nos últimos 10 anos. Depois admiram-se…
E os professores que todos conhecemos que são incapazes de trabalharem com crianças? Que lhes fazemos? Alguma vez os sindicatos deram sugestões para esses casos?
Os sindicatos acham que a avaliação (?) de professores pode ser feita desde que estes participem com êxito ao longo da carreira em acções de formação, o que também sabemos não ter qualquer correspondência na melhoria da sua prática lectiva.
Os professores nunca tomaram medidas contra os sistemas de avaliação de alunos que ao longo dos últimos anos têm proliferado. E no entanto alguns deles continham lacunas ou erros colossais que tiveram como consequência os péssimos resultados que hoje podemos observar nos que passaram nas escolas e agora desenvolvem uma vida profissional. Os sindicatos, esses ficaram encolhidos no seu cantinho a ver passar os cavalos.
Afinal com esta barafunda a que vimos assistindo nos últimos dois anos nas escolas, acabamos percebendo que o que sempre esteve em causa foi a avaliação dos professores. Foi o fim do bem-bom que os “chateou”. Que raio. Tiveram tempo para apresentarem propostas alternativas. Que dessem a todos uma ideia clara de que não receiam ser avaliados.
Complexo o sistema do Ministério? Trabalhoso e burocrático? Acredito que seja. Mas cumpram-no e sugiram a correcção do que pode melhorar o sistema. Mas sem lhe fugirem. Começo a estar farto de tanta incompetência.
sexta-feira, outubro 24, 2008
A GRANDE ILUSÃO
Quando um partido politico obtém maioria absoluta, a apresentação do Orçamento de Estado é um pró-forma vazio, redundante e sem sentido.
O partido com maioria abona em favor das suas propostas, os partidos da oposição dizem que está tudo errado. Este é o filme em que nas “remakes” só mudam os intérpretes, mantendo-se inalterável o guião.
O que o PCP, o Bloco de Esquerda e os Melancia dizem é igual desde a primeira hora. O PSD e o PS dizem o mesmo de sinal contrário, consoante um e o outro são oposição ou Governo.
E é comum aquilo que dizem na oposição, fazerem quando são Governo e por aí fora.
Por mim, podem ir todos à merda e nem 2 pauzinhos lhes dou. Apanhem-na com as mãos.
VIVA O COMANDO DA TV!
Quando um partido politico obtém maioria absoluta, a apresentação do Orçamento de Estado é um pró-forma vazio, redundante e sem sentido.
O partido com maioria abona em favor das suas propostas, os partidos da oposição dizem que está tudo errado. Este é o filme em que nas “remakes” só mudam os intérpretes, mantendo-se inalterável o guião.
O que o PCP, o Bloco de Esquerda e os Melancia dizem é igual desde a primeira hora. O PSD e o PS dizem o mesmo de sinal contrário, consoante um e o outro são oposição ou Governo.
E é comum aquilo que dizem na oposição, fazerem quando são Governo e por aí fora.
Por mim, podem ir todos à merda e nem 2 pauzinhos lhes dou. Apanhem-na com as mãos.
VIVA O COMANDO DA TV!
quinta-feira, outubro 23, 2008
quarta-feira, outubro 22, 2008
- PAI, O QUE HEI-DE FAZER PARA TER UMA CARREIRA POLÍTICA?
- Depende meu filho. Tudo depende de quão alto pretendes chegar. Se pretendes mesmo fazer uma carreira política a nível nacional, tens de tirar uma licenciatura. Uma formação em Direito é um dos melhores caminhos. Se não for essa, qualquer outra serve. Por vezes até um bacharelato dá. Só tens que escolher depois uma “daquelas” universidades, e fazer uma licenciatura seja no que for.
Enquanto estás na Secundária escolhes um partido. O PSD ou o PS, tanto faz. E logo a correr deves tornar-te membro activo de uma qualquer juventude partidária. Quando saíres de Peniche vais oferecer-te para trabalhar na sede nacional do partido. Depois é esperar a tua vez. Com facilidade compreenderás como te deves comportar. Nunca te oponhas a quem estiver no poder ou a quem estiver melhor colocado para quem o vai conquistar. Terás de te comprometer na tua terrinha a passar por uns órgãos autárquicos enquanto durar o teu percurso. Mas isso farás tu com uma perna às costas. De preferência na assembleia municipal. Onde podes perorar à vontade sem que isso deixe quaisquer marcas ou vestígios. É o local mais inócuo para uma subida meteórica nas boas graças das gentes do partido.
Agora se a carreira política que pretendes é mais modesta, assim, aqui na tua terra, é muito mais simples. E em boa verdade não tem muitas diferenças com o que já te disse. Só que a um nível mais modesto. Escolhes na mesma entre o PSD ou o PS. Vais para a juventude partidária respectiva. Fazes o 12º ano e tentas entrar num banco. Dá sempre bom aspecto andar de fato e gravata. Tens de ser católico praticante e enquanto jovem, se fores acólito ajuda. Eu vou para sócio do Clube Recreativo e depois, quando tiveres 18 anos, entras tu para o meu lugar. Frequentas os lugares “in” sabendo que à medida em que fores fazendo anos, tens de te preocupar noutras participações. Ser membro da Assembleia Municipal. Nunca emitires opiniões próprias. Tornares-te Rotário. Começas a escrever no jornal local do teu partido. Esperas pelos 40 anos de idade e tens todas as condições para fazeres uma carreira política autárquica sem dificuldades.
Agora meu filho, é contigo.
- Depende meu filho. Tudo depende de quão alto pretendes chegar. Se pretendes mesmo fazer uma carreira política a nível nacional, tens de tirar uma licenciatura. Uma formação em Direito é um dos melhores caminhos. Se não for essa, qualquer outra serve. Por vezes até um bacharelato dá. Só tens que escolher depois uma “daquelas” universidades, e fazer uma licenciatura seja no que for.
Enquanto estás na Secundária escolhes um partido. O PSD ou o PS, tanto faz. E logo a correr deves tornar-te membro activo de uma qualquer juventude partidária. Quando saíres de Peniche vais oferecer-te para trabalhar na sede nacional do partido. Depois é esperar a tua vez. Com facilidade compreenderás como te deves comportar. Nunca te oponhas a quem estiver no poder ou a quem estiver melhor colocado para quem o vai conquistar. Terás de te comprometer na tua terrinha a passar por uns órgãos autárquicos enquanto durar o teu percurso. Mas isso farás tu com uma perna às costas. De preferência na assembleia municipal. Onde podes perorar à vontade sem que isso deixe quaisquer marcas ou vestígios. É o local mais inócuo para uma subida meteórica nas boas graças das gentes do partido.
Agora se a carreira política que pretendes é mais modesta, assim, aqui na tua terra, é muito mais simples. E em boa verdade não tem muitas diferenças com o que já te disse. Só que a um nível mais modesto. Escolhes na mesma entre o PSD ou o PS. Vais para a juventude partidária respectiva. Fazes o 12º ano e tentas entrar num banco. Dá sempre bom aspecto andar de fato e gravata. Tens de ser católico praticante e enquanto jovem, se fores acólito ajuda. Eu vou para sócio do Clube Recreativo e depois, quando tiveres 18 anos, entras tu para o meu lugar. Frequentas os lugares “in” sabendo que à medida em que fores fazendo anos, tens de te preocupar noutras participações. Ser membro da Assembleia Municipal. Nunca emitires opiniões próprias. Tornares-te Rotário. Começas a escrever no jornal local do teu partido. Esperas pelos 40 anos de idade e tens todas as condições para fazeres uma carreira política autárquica sem dificuldades.
Agora meu filho, é contigo.
terça-feira, outubro 21, 2008
20 DE OUTUBRO
Propositadamente refiro-me hoje ao dia de ontem. Há precisamente 399 anos Peniche era elevada à categoria de Vila. Alguém deu por alguma coisa que registasse esta efeméride?
Da política à cultura, o que lá vai, lá vai! Com grupos de defesa desta e daquela “porra” ninguém se lembra de nada. E depois andam a querer guardar memórias. Para quê?
Propositadamente refiro-me hoje ao dia de ontem. Há precisamente 399 anos Peniche era elevada à categoria de Vila. Alguém deu por alguma coisa que registasse esta efeméride?
Da política à cultura, o que lá vai, lá vai! Com grupos de defesa desta e daquela “porra” ninguém se lembra de nada. E depois andam a querer guardar memórias. Para quê?
segunda-feira, outubro 20, 2008
JUSTIÇA?
A 1ª página de um jornal de que não gosto particularmente, o “24 Horas” , noticia hoje que uma freira foi presa por não pagar o bilhete de eléctrico.
Não está em causa a criatura ser freira. Isso não a torna à partida melhor pessoa. Não se trata de pertencendo a uma ordem religiosa, esta não ter arranjado um advogado que a tivesse libertado de cumprir a condenação. Não se trata de ser uma pessoa sem dinheiro.
Aqui o que está em causa é quando se aprovam na Assembleia da República 20 mil milhões de euros para cobrir a “merda” que os bancos fizeram, quando gente que vende azeite marado é mandada em liberdade, quando se assassinam pessoas à frente da PSP e são mandados em liberdade com “aquela coisa” de verificação de residência, quando “um tipo” é condenado por fraude e vai viver para Londres rindo-se de nós todos, a freira apanha pena de prisão por não ter pago o bilhete de eléctrico?
Valha-nos Deus. Então o “burro” do Juiz não podia ter aplicado uma pena de trabalho comunitário à criatura? Agora prisão? Está tudo doido. Mesmo que a freira tivesse feito um escândalo público seria caso para prisão? E a companhia que não recebeu o dinheiro do bilhete? Tem sido cumpridora com os seus trabalhadores? E quantos dos seus gestores que a lesaram com má gestão é que foram condenados?
Se isto é a Justiça em Portugal eu quero ir para a Coreia do Norte. Nenhum cidadão no seu juízo perfeito consegue compreender isto.

Não está em causa a criatura ser freira. Isso não a torna à partida melhor pessoa. Não se trata de pertencendo a uma ordem religiosa, esta não ter arranjado um advogado que a tivesse libertado de cumprir a condenação. Não se trata de ser uma pessoa sem dinheiro.
Aqui o que está em causa é quando se aprovam na Assembleia da República 20 mil milhões de euros para cobrir a “merda” que os bancos fizeram, quando gente que vende azeite marado é mandada em liberdade, quando se assassinam pessoas à frente da PSP e são mandados em liberdade com “aquela coisa” de verificação de residência, quando “um tipo” é condenado por fraude e vai viver para Londres rindo-se de nós todos, a freira apanha pena de prisão por não ter pago o bilhete de eléctrico?
Valha-nos Deus. Então o “burro” do Juiz não podia ter aplicado uma pena de trabalho comunitário à criatura? Agora prisão? Está tudo doido. Mesmo que a freira tivesse feito um escândalo público seria caso para prisão? E a companhia que não recebeu o dinheiro do bilhete? Tem sido cumpridora com os seus trabalhadores? E quantos dos seus gestores que a lesaram com má gestão é que foram condenados?
Se isto é a Justiça em Portugal eu quero ir para a Coreia do Norte. Nenhum cidadão no seu juízo perfeito consegue compreender isto.
domingo, outubro 19, 2008
sábado, outubro 18, 2008
CONDENAÇÃO
Polícia de Segurança Pública. Guarda Nacional Republicana. Polícia Internacional de Defesa do Estado. Guarda-fiscal. Legião Portuguesa. Acção Nacional Popular. Informadores, mais que muitos. Todas estas instituições estiveram sediadas em Peniche até 25 de Abril de 1974. Para além disto, ou por causa disto, tínhamos uma Prisão Política situada na Fortaleza de Peniche.
Durante muitos anos alguns aspectos de desenvolvimento económico, nomeadamente no que ao Turismo diz respeito, foram condicionadas por aquela realidade.
Quase 35 anos depois, nós em Peniche que fomos condenados por sermos mais conhecidos como exemplo da repressão do Estado Novo, temos que continuar condenados pelo mesmo motivo.
A requalificação da Fortaleza em Pousada, mantendo o Museu da Resistência é um contributo que pode ser dado ao Povo da Cidade de Peniche pelo que já teve que suportar. Condenar esta gente a ter que ser um exemplo definitivo deste interregno de vergonha na história de Portugal, parece ser uma atitude violenta e sem sentido. Uma Associação que ninguém sabe de quantos elementos é composta e quais são de facto as acções que já promoveu em escolas e instituições culturais no Portugal real, inunda agora os média com protestos contra a criação de um local aprazível em Peniche, onde co-habite com uma parte da nossa História contemporânea.
Não retiro nenhum dos méritos a quem os possa ter. E já que conseguem influenciar a imprensa, trabalhem para que o que vier a ser feito respeite toda a história da Fortaleza e não só uma parcela ainda que importante da sua existência. E já agora expliquem às autoridades locais que aquele é o pior local possível para um Museu Municipal. E porquê.
Polícia de Segurança Pública. Guarda Nacional Republicana. Polícia Internacional de Defesa do Estado. Guarda-fiscal. Legião Portuguesa. Acção Nacional Popular. Informadores, mais que muitos. Todas estas instituições estiveram sediadas em Peniche até 25 de Abril de 1974. Para além disto, ou por causa disto, tínhamos uma Prisão Política situada na Fortaleza de Peniche.
Durante muitos anos alguns aspectos de desenvolvimento económico, nomeadamente no que ao Turismo diz respeito, foram condicionadas por aquela realidade.
Quase 35 anos depois, nós em Peniche que fomos condenados por sermos mais conhecidos como exemplo da repressão do Estado Novo, temos que continuar condenados pelo mesmo motivo.
A requalificação da Fortaleza em Pousada, mantendo o Museu da Resistência é um contributo que pode ser dado ao Povo da Cidade de Peniche pelo que já teve que suportar. Condenar esta gente a ter que ser um exemplo definitivo deste interregno de vergonha na história de Portugal, parece ser uma atitude violenta e sem sentido. Uma Associação que ninguém sabe de quantos elementos é composta e quais são de facto as acções que já promoveu em escolas e instituições culturais no Portugal real, inunda agora os média com protestos contra a criação de um local aprazível em Peniche, onde co-habite com uma parte da nossa História contemporânea.
Não retiro nenhum dos méritos a quem os possa ter. E já que conseguem influenciar a imprensa, trabalhem para que o que vier a ser feito respeite toda a história da Fortaleza e não só uma parcela ainda que importante da sua existência. E já agora expliquem às autoridades locais que aquele é o pior local possível para um Museu Municipal. E porquê.
quinta-feira, outubro 16, 2008
NÃO HÁ BEM QUE SEMPRE DURE, NEM MAL QUE NUNCA ACABE
A Selecção Nacional de Futebol está de novo a cumprir com o que lhe é habitual
A crise económica mundial foi o euromilhões que calhou ao Governo Português
Por falta de alternativa o PCP está condenado a ganhar as próximas eleições autárquicas em Peniche
Por falta de alternativa o PS está condenado a ganhar as próximas eleições legislativas em Portugal
O José Sócrates está a um “cadinho assim” de nova maioria absoluta
O “Momento da Verdade” é o que a SIC tem de melhor na sua grelha para disputar a liderança de audiências com a TVI
A D. Dolores é a mãe do “jet set” nacional
Os professores continuam a avaliar alunos e a recusar serem eles próprios avaliados
O Iraque é finalmente um país "livre e democrático"e o petrólio ganhou preços neo-liberais
Os católicos de Peniche podem ir à missa.
A Selecção Nacional de Futebol está de novo a cumprir com o que lhe é habitual
A crise económica mundial foi o euromilhões que calhou ao Governo Português
Por falta de alternativa o PCP está condenado a ganhar as próximas eleições autárquicas em Peniche
Por falta de alternativa o PS está condenado a ganhar as próximas eleições legislativas em Portugal
O José Sócrates está a um “cadinho assim” de nova maioria absoluta
O “Momento da Verdade” é o que a SIC tem de melhor na sua grelha para disputar a liderança de audiências com a TVI
A D. Dolores é a mãe do “jet set” nacional
Os professores continuam a avaliar alunos e a recusar serem eles próprios avaliados
O Iraque é finalmente um país "livre e democrático"e o petrólio ganhou preços neo-liberais
Os católicos de Peniche podem ir à missa.
terça-feira, outubro 14, 2008
ESCOLA, QUEM ÉS TU?
Em Agosto de 1993, sete pessoas meteram mãos à obra e no tempo recorde de um mês e sete dias, abriram as portas de uma escola que se veio a tornar em pouco tempo uma referência para a zona Oeste e para a Direcção Regional da Educação de Lisboa. O que foi o esforço titânico da Maria de Jesus, do Pacheco, da Maria José e do José Avelino, é algo que fica para a memória dos que se orgulham de ter participado naquele processo.
A certa altura o Ministério da Educação optou por nos escolher para referenciar o que a Autonomia e um Projecto Educativo nascido com a participação de todos, poderia ser o expoente máximo.
Os anos passaram e o apelo da política autárquica levou para outras actividades o autor destas linhas. No meu regresso à Escola não calei a minha participação, nem me acomodei a uma figura de retórica que espera o render da guarda. Calei quando me deveria calar. Reclamei quando devia reclamar. Fui incómodo e participativo porque é assim que leio o papel dum professor na Escola.
Até que chegou o momento de me reformar. No dia 1 de Junho de 2004, atingidos os 37 e tal anos de serviço e os 60 anos de idade fui libertado das minhas funções e passei a engrossar o grupo dos dispensáveis. No dia em que fui à Escola tratar dos últimos papéis para ratificar essa situação, recebi dois beijinhos da Chefe da Secretaria, votos de felicidades e um aperto de mão do Pacheco. Um até sempre do pessoal da Secretaria que me conhecia e saí da Escola que amei com o peso da solidão e da tristeza por não ter pelo menos ninguém responsável do Corpo Docente a dizer-me ao menos: “ Tudo bom para ti pá!”
Durante uns dias ainda esperei receber em casa algum ofício de despedida. Nada.
É que, queiram ou não, eu não fui um professor qualquer na Escola da Atouguia da Baleia. De facto não podem transmitir valores aqueles que os não têm, e assim passei à frente.
Passados mais de quatro anos sobre estes acontecimentos recebi em casa um envelope que me deixou perplexo e lá dentro vinha sem mais nada, um folheto impresso na tipografia.
Eu não sou um professor qualquer, apesar de ter sido tratado de qualquer maneira. Se não perceberam ainda isto, então é porque não perceberam nada. Eu fui o professor que tornou possível o sonho mítico da Escola da Atouguia. Se não sabem honrar aqueles que mereceram passar por aquela Escola, então não os convidem. Não sei a que tipo de atitudes algumas pessoas estão habituadas. Para me poderem convidar, é necessário merecerem poder fazer esse convite. Não é por um “prato de lentilhas” que me fazem dobrar a coluna vertebral. Por muito mais, já outras pessoas tentaram e não conseguiram. Não me admira que as Escolas enfrentem problemas. Enquanto não se tornarem defensores de valores e de atitudes cívicas, não podem desejar ser respeitadas. Dizem à “boca-cheia” que o Ministério não respeita os professores. Pois se eles não se respeitam uns aos outros…
Como é obvio recuso o convite.
Em Agosto de 1993, sete pessoas meteram mãos à obra e no tempo recorde de um mês e sete dias, abriram as portas de uma escola que se veio a tornar em pouco tempo uma referência para a zona Oeste e para a Direcção Regional da Educação de Lisboa. O que foi o esforço titânico da Maria de Jesus, do Pacheco, da Maria José e do José Avelino, é algo que fica para a memória dos que se orgulham de ter participado naquele processo.
A certa altura o Ministério da Educação optou por nos escolher para referenciar o que a Autonomia e um Projecto Educativo nascido com a participação de todos, poderia ser o expoente máximo.
Os anos passaram e o apelo da política autárquica levou para outras actividades o autor destas linhas. No meu regresso à Escola não calei a minha participação, nem me acomodei a uma figura de retórica que espera o render da guarda. Calei quando me deveria calar. Reclamei quando devia reclamar. Fui incómodo e participativo porque é assim que leio o papel dum professor na Escola.
Até que chegou o momento de me reformar. No dia 1 de Junho de 2004, atingidos os 37 e tal anos de serviço e os 60 anos de idade fui libertado das minhas funções e passei a engrossar o grupo dos dispensáveis. No dia em que fui à Escola tratar dos últimos papéis para ratificar essa situação, recebi dois beijinhos da Chefe da Secretaria, votos de felicidades e um aperto de mão do Pacheco. Um até sempre do pessoal da Secretaria que me conhecia e saí da Escola que amei com o peso da solidão e da tristeza por não ter pelo menos ninguém responsável do Corpo Docente a dizer-me ao menos: “ Tudo bom para ti pá!”
Durante uns dias ainda esperei receber em casa algum ofício de despedida. Nada.
É que, queiram ou não, eu não fui um professor qualquer na Escola da Atouguia da Baleia. De facto não podem transmitir valores aqueles que os não têm, e assim passei à frente.
Passados mais de quatro anos sobre estes acontecimentos recebi em casa um envelope que me deixou perplexo e lá dentro vinha sem mais nada, um folheto impresso na tipografia.


Como é obvio recuso o convite.
segunda-feira, outubro 13, 2008
sábado, outubro 11, 2008
COM A DEVIDA VÉNIA
Transcrevo do “NOTÍCIAS DE VISEU”
"Amizade e Liberdade “ em Lamego
Sexta, 10 Outubro 2008 16:09
Quarenta fotografias tiradas na década de 40 do século XX e peças de arte recentemente criadas, baseadas numa amizade sem paralelo que começou na Fortaleza de Peniche há mais de 60 anos, compõem a exposição que estará patente no Museu de Lamego a partir do dia 4 de Outubro e até 2 de Novembro, da autoria da holandesa Winy Smit-Vuijk.
A mostra retrata a história pessoal de uma menina, Winy, que vivia em Peniche nos anos 40, e a quem era permitido, por razões desconhecidas, visitar a prisão todas as quartas-feiras. Aqui travou amizade com Manuel da Silva Almeida, um prisioneiro político, que depois da Revolução de Abril de 1974 foi Governador Civil de Viseu e Presidente da Câmara de Lamego. Winy regressou à Holanda, cresceu, mas a amizade permaneceu.
Manuel da Silva Almeida, que faleceu em 1996, tratava a artista como o “segundo amor da sua vida”. Winy Smit-Vuijk reside actualmente em Inglaterra, mas já viveu, além de Portugal, no Brasil, Moçambique, Venezuela, Austrália e Áustria. A artista, especializada em materiais para tecer, centrando o seu trabalho em temas associados à maternidade, família e descendências, é também professora universitária na OPUS School of Textile Arts (Univ. of Middlesex, England)."
Transcrevo do “NOTÍCIAS DE VISEU”

Sexta, 10 Outubro 2008 16:09
Quarenta fotografias tiradas na década de 40 do século XX e peças de arte recentemente criadas, baseadas numa amizade sem paralelo que começou na Fortaleza de Peniche há mais de 60 anos, compõem a exposição que estará patente no Museu de Lamego a partir do dia 4 de Outubro e até 2 de Novembro, da autoria da holandesa Winy Smit-Vuijk.
A mostra retrata a história pessoal de uma menina, Winy, que vivia em Peniche nos anos 40, e a quem era permitido, por razões desconhecidas, visitar a prisão todas as quartas-feiras. Aqui travou amizade com Manuel da Silva Almeida, um prisioneiro político, que depois da Revolução de Abril de 1974 foi Governador Civil de Viseu e Presidente da Câmara de Lamego. Winy regressou à Holanda, cresceu, mas a amizade permaneceu.
Manuel da Silva Almeida, que faleceu em 1996, tratava a artista como o “segundo amor da sua vida”. Winy Smit-Vuijk reside actualmente em Inglaterra, mas já viveu, além de Portugal, no Brasil, Moçambique, Venezuela, Austrália e Áustria. A artista, especializada em materiais para tecer, centrando o seu trabalho em temas associados à maternidade, família e descendências, é também professora universitária na OPUS School of Textile Arts (Univ. of Middlesex, England)."
sexta-feira, outubro 10, 2008
COISAS DE QUE NÃO GOSTO
Se a Internet me veio possibilitar todo um mundo ao alcance de um botão, não é menos verdade que trouxe à exposição atitudes de má educação e de falta de civismo perfeitamente inaceitáveis. Não vou falar de possibilitar comportamentos menos próprios, que já foram considerados na maioria dos “Códigos Criminais” da quase totalidade dos países.
Falo daquelas coisas que passaram a ser comummente aceites sem serem questionadas e que no entanto são para mim tão condenáveis como as outras mais faladas.
O anonimato. Com a possibilidade de inventar email’s gratuitos e que não correspondem a pessoas reais. A coberto desse anonimato são enviadas informações, inconfidências, fotografias, pretendendo por em causa a honra dos próprios ou de terceiros. É um exemplo claro de comportamentos cobardes que infelizmente na mairia das vezes passam impunes. E não se duvide, Quem é capaz disto, é capaz de coisas piores.
A exposição pública dos outros. Refiro-me a uma prática corrente que é o do reencaminhamento de mail’s, ou o seu envio para inúmeras pessoas, dando conhecimento público assim do correio que cada um recebe e de quem. Ficamos assim a conhecer pessoas pelo correio que recebem. Há quem ache piada a esta atitude. Eu acho de um mau gosto incrível e pouco próprio de gente civilizada. Pior. Normalmente quem usa este método são pessoas que passam a vida a criticar os outros pela sua incompetência ou pouca correcção de atitudes.
Para além de que quem usa uma lista de email’s para envio simultâneo de certos “mimos” a que acha piada ou interessantes, não se cuida em saber se na sua lista de correio, haverá pessoas que possam não achar piada nenhuma ao assunto. O que não deixa de não ser revelador da falta de sensibilidade de quem usa estes procedimentos.
Ficam aqui dois exemplos de coisas que detesto e de que amiúde também sou depósito. Pode ser que o deixando aqui expresso, possa sentir-me livre destes pesadelos.
Se a Internet me veio possibilitar todo um mundo ao alcance de um botão, não é menos verdade que trouxe à exposição atitudes de má educação e de falta de civismo perfeitamente inaceitáveis. Não vou falar de possibilitar comportamentos menos próprios, que já foram considerados na maioria dos “Códigos Criminais” da quase totalidade dos países.
Falo daquelas coisas que passaram a ser comummente aceites sem serem questionadas e que no entanto são para mim tão condenáveis como as outras mais faladas.

A exposição pública dos outros. Refiro-me a uma prática corrente que é o do reencaminhamento de mail’s, ou o seu envio para inúmeras pessoas, dando conhecimento público assim do correio que cada um recebe e de quem. Ficamos assim a conhecer pessoas pelo correio que recebem. Há quem ache piada a esta atitude. Eu acho de um mau gosto incrível e pouco próprio de gente civilizada. Pior. Normalmente quem usa este método são pessoas que passam a vida a criticar os outros pela sua incompetência ou pouca correcção de atitudes.
Para além de que quem usa uma lista de email’s para envio simultâneo de certos “mimos” a que acha piada ou interessantes, não se cuida em saber se na sua lista de correio, haverá pessoas que possam não achar piada nenhuma ao assunto. O que não deixa de não ser revelador da falta de sensibilidade de quem usa estes procedimentos.
Ficam aqui dois exemplos de coisas que detesto e de que amiúde também sou depósito. Pode ser que o deixando aqui expresso, possa sentir-me livre destes pesadelos.
quarta-feira, outubro 08, 2008
UM ENIGMA EM PENICHE
Na passada 2ª Feira celebrou-se o “DIA MUNDIAL DA ARQUITECTURA” e 10 anos sobre a constituição da Ordem dos Arquitectos. Salvo alguns exemplos (poucos) que vão sobrando do passado da voracidade dos promotores imobiliários, são raros os casos em que em Peniche nos é dado observar a intervenção de arquitectos no que aqui se vai edificando.
E tanto faz falarmos de construções particulares como de imóveis públicos. O último caso de uma intervenção de qualidade num espaço considerável, é o do Lar de Santa Maria. Refiro-me a construções sem paralelo noutros pontos do país.
E no entanto trabalham arquitectos na Câmara Municipal. E no entanto quase todas as construções dos últimos anos autorizadas pela Câmara Municipal são assinadas por arquitectos.
Mas qual é o fio condutor da construção em Peniche? É verdade que na Atouguia da Baleia podemos encontrar alguns casos de intervenções que podemos considerar brilhantes. Mas à medida que nos aproximamos da orla costeira, afastamo-nos da qualidade e aproximamo-nos do “pato bravismo”.
E no entanto temos aqui qualidade paisagística que mereceria outra leitura. Que nos reservará o futuro?
Na passada 2ª Feira celebrou-se o “DIA MUNDIAL DA ARQUITECTURA” e 10 anos sobre a constituição da Ordem dos Arquitectos. Salvo alguns exemplos (poucos) que vão sobrando do passado da voracidade dos promotores imobiliários, são raros os casos em que em Peniche nos é dado observar a intervenção de arquitectos no que aqui se vai edificando.
E tanto faz falarmos de construções particulares como de imóveis públicos. O último caso de uma intervenção de qualidade num espaço considerável, é o do Lar de Santa Maria. Refiro-me a construções sem paralelo noutros pontos do país.

Mas qual é o fio condutor da construção em Peniche? É verdade que na Atouguia da Baleia podemos encontrar alguns casos de intervenções que podemos considerar brilhantes. Mas à medida que nos aproximamos da orla costeira, afastamo-nos da qualidade e aproximamo-nos do “pato bravismo”.

terça-feira, outubro 07, 2008
“NÃO APAGUEM A MEMÓRIA”
fotos H. Blayer
Tenho um enorme respeito por Irene Pimentel. Pela sua actividade de recuperar para a memória colectiva o que foi quase meio século do Regime do Estado Novo. E tenho um enorme respeito pela memória colectiva que representa para Peniche a sua Fortaleza.
Esta que começou a ser construída no séc XVI e concluída no séc. XVII, com o objectivo de constituir uma defesa para eventuais invasões por mar de Peniche.
Desde essa altura a Praça de Peniche constituiu um Baluarte de defesa do Reino, com um breve interregno no período das invasões napoleónicas. O Regimento de Peniche é uma das memórias que alguns guardam e que perdurou até hoje. Falar da Fortaleza de Peniche como uma Prisão é falar de uma parte da sua memória. Mais de 300 anos de História deste monumento, exigem que lhe seja prestada uma salvaguarda que não se compadece com saberes que ainda que importantes, são uma parte do todo. Afinal como prisão funcionou menos de 1/6 da sua vida.
É claro que advogo que uma parte deste monumento seja reservado para perpetuar o que ele nunca deveria ter sido. O meu avô, fez parte do pequeno grupo que a inaugurou como prisão política do Estado Novo, em 16 de Fevereiro de 1927. Não quereria que esta parte da memória se perdesse.
Mas acredito que a Fortaleza pode ser Pousada de 1ª, mantendo a sua recordação de também prisão política. Confio na Câmara Municipal de Peniche para defesa deste princípio. Se o PCP não fosse capaz de o fazer, quem o faria?
É claro que gostaria que fosse apresentado à população e aos interessados em geral, uma maqueta do aproveitamento da Fortaleza e da compatibilização de espaços. Aquele espaço é de todos e não de uma autarquia em particular. Depois de apresentada publicamente a maqueta e de serem aceites sugestões, reclamações e recomendações, então os autarcas e quem está envolvido neste processo que o faça avançar. A Fortaleza e Peniche, não só precisam deste aproveitamento, como ele é essencial para o seu desenvolvimento turístico-cultural.
fotos H. Blayer

Esta que começou a ser construída no séc XVI e concluída no séc. XVII, com o objectivo de constituir uma defesa para eventuais invasões por mar de Peniche.
Desde essa altura a Praça de Peniche constituiu um Baluarte de defesa do Reino, com um breve interregno no período das invasões napoleónicas. O Regimento de Peniche é uma das memórias que alguns guardam e que perdurou até hoje. Falar da Fortaleza de Peniche como uma Prisão é falar de uma parte da sua memória. Mais de 300 anos de História deste monumento, exigem que lhe seja prestada uma salvaguarda que não se compadece com saberes que ainda que importantes, são uma parte do todo. Afinal como prisão funcionou menos de 1/6 da sua vida.
É claro que advogo que uma parte deste monumento seja reservado para perpetuar o que ele nunca deveria ter sido. O meu avô, fez parte do pequeno grupo que a inaugurou como prisão política do Estado Novo, em 16 de Fevereiro de 1927. Não quereria que esta parte da memória se perdesse.

É claro que gostaria que fosse apresentado à população e aos interessados em geral, uma maqueta do aproveitamento da Fortaleza e da compatibilização de espaços. Aquele espaço é de todos e não de uma autarquia em particular. Depois de apresentada publicamente a maqueta e de serem aceites sugestões, reclamações e recomendações, então os autarcas e quem está envolvido neste processo que o faça avançar. A Fortaleza e Peniche, não só precisam deste aproveitamento, como ele é essencial para o seu desenvolvimento turístico-cultural.
segunda-feira, outubro 06, 2008
domingo, outubro 05, 2008
5 DE OUTUBRO
DIA MUNDIAL DO PROFESSOR
Não tenho nada a ver com as “fandanguices” com que certa gente celebra este dia. Não tenho nada a ver com "sindicalices atoleimadas".
O meu dia Mundial do Professor tem a ver com a Dr.ª Maria Fernanda minha professora de Português no Ciclo Preparatório. Tem a ver com o Prof. Adelino Mamede. Com a Eng.ª Maria Beatriz. Com o Dr. Carvalho de Lima.
Tem a ver com o Pintor Edgar Sardinha. Com a Dr.ª Frade Agulha. Tem a ver com as pessoas que na Escola a constroem em cada palavra. Em cada acto. São professores a Maria José e a Maria da Luz. São professores a Julieta e a Dr.ª Maria Beatriz. Foi meu professor o meu pai. Sem a Zinha e sem Margarida Patrício eu não teria sido a pessoa que fui.
O Fernandinho e o Tiago. O Carlos Rebelo e a Leonor ensinaram-me a ser professor. Se hoje ainda me sinto professor é porque fui feliz na Escola. Foi uma fonte de encontros e lutas. De alegrias e de tarefas.
Mereceu a pena ter sido aluno e ter sido professor. Mereceu a pena ser Encarregado de Educação e autarca. A Escola foi e é a minha vida. Todas as minhas memórias começam e acabam nela.
DIA MUNDIAL DO PROFESSOR
Não tenho nada a ver com as “fandanguices” com que certa gente celebra este dia. Não tenho nada a ver com "sindicalices atoleimadas".
O meu dia Mundial do Professor tem a ver com a Dr.ª Maria Fernanda minha professora de Português no Ciclo Preparatório. Tem a ver com o Prof. Adelino Mamede. Com a Eng.ª Maria Beatriz. Com o Dr. Carvalho de Lima.
Tem a ver com o Pintor Edgar Sardinha. Com a Dr.ª Frade Agulha. Tem a ver com as pessoas que na Escola a constroem em cada palavra. Em cada acto. São professores a Maria José e a Maria da Luz. São professores a Julieta e a Dr.ª Maria Beatriz. Foi meu professor o meu pai. Sem a Zinha e sem Margarida Patrício eu não teria sido a pessoa que fui.
O Fernandinho e o Tiago. O Carlos Rebelo e a Leonor ensinaram-me a ser professor. Se hoje ainda me sinto professor é porque fui feliz na Escola. Foi uma fonte de encontros e lutas. De alegrias e de tarefas.
Mereceu a pena ter sido aluno e ter sido professor. Mereceu a pena ser Encarregado de Educação e autarca. A Escola foi e é a minha vida. Todas as minhas memórias começam e acabam nela.
sexta-feira, outubro 03, 2008
PERPLEXIDADES
Tenho uma relação de amor-ódio com a TVI. Não suporto as doses massivas de telelixo com que nos brinda. Não suporto o Goucha, nem a Júlia Pinheiro. A miss Piggy faz parte das histórias de terror que pais maldosos contam às criancinhas quando as querem caladas. Resta muito pouco. Mas porque o comando não tem sentimentos de vez em quando lá passo pela TVI. Ontem foi uma dessas vezes.
Estava o Miguel Sousa Tavares a falar sobre a Justiça Portuguesa e mais especificamente de uma parte dos nossos juízes de direito.
Afirmou ele a certa altura que alguns desses senhores boicotam a legislação que os políticos vão elaborando na Assembleia da República. Nomeadamente não executando sentenças de prisão preventiva em situações de tal forma evidentes, que só uma atitude provocatória aos legisladores desses juízes é que pode justificar essa decisão. E deu como exemplo um tipo que entra numa esquadra e à frente das autoridades policiais mata a tiro uma pessoa, sendo que o juiz a que foi apresentado o manda em liberdade com termo de identidade e residência.
Ora isto, não é culpa do legislador. É exclusivamente do Juiz que assim decidiu. Para quê? Para pôr em causa o Estado Democrático a que deve obediência.
Não me consta que o Sindicato dos Magistrados tenha reprovado esta atitude, nem que este juiz tenha sido afastado de funções por incompetência, pelos seus responsáveis directos. Nem me consta que alguma vez tenha sido feita com Honra e Circunstância ao Povo Português, pelos responsáveis pela Magistratura Nacional, pelas dezenas de juízes que se prestaram a servir a Ditadura nos Tribunais Plenários, sem que alguma vez tivessem boicotado o seu funcionamento. Servir o Estado Novo, boicotar o Estado Democrático, aí estão duas atitudes que deverão ser muito bem explicadas pelos Magistrados Portugueses que têm orgulho e honra naquilo que fazem, separando definitivamente o trigo do joio.
Tenho uma relação de amor-ódio com a TVI. Não suporto as doses massivas de telelixo com que nos brinda. Não suporto o Goucha, nem a Júlia Pinheiro. A miss Piggy faz parte das histórias de terror que pais maldosos contam às criancinhas quando as querem caladas. Resta muito pouco. Mas porque o comando não tem sentimentos de vez em quando lá passo pela TVI. Ontem foi uma dessas vezes.
Estava o Miguel Sousa Tavares a falar sobre a Justiça Portuguesa e mais especificamente de uma parte dos nossos juízes de direito.
Afirmou ele a certa altura que alguns desses senhores boicotam a legislação que os políticos vão elaborando na Assembleia da República. Nomeadamente não executando sentenças de prisão preventiva em situações de tal forma evidentes, que só uma atitude provocatória aos legisladores desses juízes é que pode justificar essa decisão. E deu como exemplo um tipo que entra numa esquadra e à frente das autoridades policiais mata a tiro uma pessoa, sendo que o juiz a que foi apresentado o manda em liberdade com termo de identidade e residência.
Ora isto, não é culpa do legislador. É exclusivamente do Juiz que assim decidiu. Para quê? Para pôr em causa o Estado Democrático a que deve obediência.
Não me consta que o Sindicato dos Magistrados tenha reprovado esta atitude, nem que este juiz tenha sido afastado de funções por incompetência, pelos seus responsáveis directos. Nem me consta que alguma vez tenha sido feita com Honra e Circunstância ao Povo Português, pelos responsáveis pela Magistratura Nacional, pelas dezenas de juízes que se prestaram a servir a Ditadura nos Tribunais Plenários, sem que alguma vez tivessem boicotado o seu funcionamento. Servir o Estado Novo, boicotar o Estado Democrático, aí estão duas atitudes que deverão ser muito bem explicadas pelos Magistrados Portugueses que têm orgulho e honra naquilo que fazem, separando definitivamente o trigo do joio.
quarta-feira, outubro 01, 2008
PORQUE…
não vou a vernissages, apresentações de livros, inaugurações, abertura de exposições e quejandos. Não por ter alguma coisa contra quem lança, ou apresenta, ou mostra, ou outra coisa qualquer. Mas por não ter tempo para dizer que gosto se não gostar. Por não querer gostar e soar a falso o que digo. Por não querer encontrar-me com alguns que dessas situações fazem modo de vida, sabe-se lá porquê.
Vou a meio do espaço de tempo da mostra se for caso disso. Antes de jantar ou logo a seguir ao almoço. Quando raramente alguém lá se encontra. É a altura ideal para fazer má cara ou em alternativa fruir do que vejo. Isto é uma posição de há muito assumida. Por isso, não me convidem. Não percam tempo comigo. Não gastem Convites que são tão caros.
Para além de que sendo “sénior” já acrescento pouco ao que o poder artístico melhor confere, um sentido de caos e anarquia. Por me conformar já demais para meu gosto, não sou propriamente “um modelo” desejável no que se quer explosivo.
não vou a vernissages, apresentações de livros, inaugurações, abertura de exposições e quejandos. Não por ter alguma coisa contra quem lança, ou apresenta, ou mostra, ou outra coisa qualquer. Mas por não ter tempo para dizer que gosto se não gostar. Por não querer gostar e soar a falso o que digo. Por não querer encontrar-me com alguns que dessas situações fazem modo de vida, sabe-se lá porquê.
Vou a meio do espaço de tempo da mostra se for caso disso. Antes de jantar ou logo a seguir ao almoço. Quando raramente alguém lá se encontra. É a altura ideal para fazer má cara ou em alternativa fruir do que vejo. Isto é uma posição de há muito assumida. Por isso, não me convidem. Não percam tempo comigo. Não gastem Convites que são tão caros.
Para além de que sendo “sénior” já acrescento pouco ao que o poder artístico melhor confere, um sentido de caos e anarquia. Por me conformar já demais para meu gosto, não sou propriamente “um modelo” desejável no que se quer explosivo.
segunda-feira, setembro 29, 2008
RENDER DA GUARDA
É espantoso como há coisas e pessoas que fazem parte de nós como se fosse completamente indissociáveis de tudo quanto temos de memória e hábitos. Comigo algumas dessas coisas (ou pessoas) têm a ver com a igreja católica. Recordo quando estava a estudar em Lisboa como fui atingido como um raio quando soube que o Papa Pio XII tinha morrido. Tudo o que cheirava a clero tinha a ver com ele e eu achava que o homem não desapareceria nunca. É como agora. Saber que a figura do Padre Bastos deixou de ter a responsabilidade da Paróquia de Peniche é para mim algo de impensável. Mas assim é a lei da Vida. Uns dão lugar aos outros mais ou menos devagarinho. Por mais que estranhemos a mudança, ela vem sempre, trazendo consigo novas experiências, novos viveres.
Não é fácil a substituição do Monsenhor Bastos. Queiramos ou não quem o substitui acabará por ser objecto de comparação com quem substituiu. É claro que para os católicos praticantes e para os cristãos que acreditam, isso nunca poderá constituir um problema. É a Igreja consubstanciada em Cristo que importa. Nunca os seus representantes serão mais importantes que O que representam.
Mas quem sou eu para estar aqui a ensinar os que sabem de tudo isto muito mais que eu.
Cá para mim desejo ao novo pároco as maiores felicidades do mundo. E estes votos são o melhor tributo que posso prestar ao Padre Bastos. Desejar que a paróquia de Peniche ainda venha a ser melhor testemunho de Cristo do que alguma vez foi, com a orientação do Padre Pedro, é o que mais grato pode ser para o coração amigo do Monsenhor Bastos. Dele não me despeço. Já toda a gente disse tudo. Ele sabe o que sinto. Isso basta-me.
É para o seu sucessor que vai toda a a minha amizade na hora de chegar. Sei que se ele cumprir com o maior êxito a sua missão, Peniche será uma terra melhor e mais feliz. E isto é tudo o que posso desejar.
É espantoso como há coisas e pessoas que fazem parte de nós como se fosse completamente indissociáveis de tudo quanto temos de memória e hábitos. Comigo algumas dessas coisas (ou pessoas) têm a ver com a igreja católica. Recordo quando estava a estudar em Lisboa como fui atingido como um raio quando soube que o Papa Pio XII tinha morrido. Tudo o que cheirava a clero tinha a ver com ele e eu achava que o homem não desapareceria nunca. É como agora. Saber que a figura do Padre Bastos deixou de ter a responsabilidade da Paróquia de Peniche é para mim algo de impensável. Mas assim é a lei da Vida. Uns dão lugar aos outros mais ou menos devagarinho. Por mais que estranhemos a mudança, ela vem sempre, trazendo consigo novas experiências, novos viveres.
Não é fácil a substituição do Monsenhor Bastos. Queiramos ou não quem o substitui acabará por ser objecto de comparação com quem substituiu. É claro que para os católicos praticantes e para os cristãos que acreditam, isso nunca poderá constituir um problema. É a Igreja consubstanciada em Cristo que importa. Nunca os seus representantes serão mais importantes que O que representam.
Mas quem sou eu para estar aqui a ensinar os que sabem de tudo isto muito mais que eu.
Cá para mim desejo ao novo pároco as maiores felicidades do mundo. E estes votos são o melhor tributo que posso prestar ao Padre Bastos. Desejar que a paróquia de Peniche ainda venha a ser melhor testemunho de Cristo do que alguma vez foi, com a orientação do Padre Pedro, é o que mais grato pode ser para o coração amigo do Monsenhor Bastos. Dele não me despeço. Já toda a gente disse tudo. Ele sabe o que sinto. Isso basta-me.
É para o seu sucessor que vai toda a a minha amizade na hora de chegar. Sei que se ele cumprir com o maior êxito a sua missão, Peniche será uma terra melhor e mais feliz. E isto é tudo o que posso desejar.
domingo, setembro 28, 2008
Prioridades
Num hipermercado, dois tipos distraídos chocam frontalmente com os carrinhos de compras que transportam. Um indignado pergunta ao outro:
-Você tenha cuidado veja o que anda a fazer…
- Desculpe, diz o outro – Ando à procura da minha mulher
- Coincidência do “carago” – diz o primeiro – Eu também ando à procura da minha…
- Como é que é a sua mulher?
- Alta, loira natural. Pernas bem torneadas. Uns seios salientes e uns lábios carnudos pintados de cor ocre. Usa um vestido leve às flores, muito decotado e talvez um pouco curto demais. E a sua mulher? Como é?
- Olhe, que se lixe a minha. Vamos é à procura da sua.
-Você tenha cuidado veja o que anda a fazer…
- Desculpe, diz o outro – Ando à procura da minha mulher
- Coincidência do “carago” – diz o primeiro – Eu também ando à procura da minha…
- Como é que é a sua mulher?
- Alta, loira natural. Pernas bem torneadas. Uns seios salientes e uns lábios carnudos pintados de cor ocre. Usa um vestido leve às flores, muito decotado e talvez um pouco curto demais. E a sua mulher? Como é?
- Olhe, que se lixe a minha. Vamos é à procura da sua.

sábado, setembro 27, 2008
quinta-feira, setembro 25, 2008
O SEU A SEU DONO
Transcrevo uma notícia sobre Turismo, difundida pela LUSA/VISÃO e que é reveladora de certos meandros políticos a que os comuns mortais não têm acesso. A gente vê o que eles dizem e escrevem, nos jornais locais e nos lugares públicos que ocupam, mas nunca revelam tudo quanto sabem. Escondem para nos "aldrabar". Eles falam, falam, falam...
Na notícia que é transcrita na integra os sublinhados são da minha autoria.
"2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Turismo de Portugal e Grupo Pestana apostam em três novas Pousadas e internacionalização
2008-09-24 11:05:01
Lisboa, 24 Set (LUSA) - O Turismo de Portugal e o Grupo Pestana assinam quinta-feira um aditamento ao contrato de exploração da Enatur com vista à construção de três novas Pousadas de Portugal e à internacionalização da marca.
Segundo adiantou Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal, à Agência Lusa, cada uma das três novas pousadas a construir em território nacional deve custar entre 10 a 15 milhões de euros.
As pousadas estão projectadas para o Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, a Fortaleza de Peniche e o antigo Sanatório da Serra da Estrela, na Covilhã.
"Cinco anos passados sobre o contrato de exploração da Enatur constata-se que algumas normas merecem ser reponderadas", referiu.
O primeiro dos dois pontos a subscrever na quinta-feira vai agilizar a expansão das Pousadas de Portugal para fora do país, simplificando as condições de utilização da marca, e "fixar metas" para esse crescimento, sublinhou Luís Patrão - remetendo detalhes para a cerimónia.
"Queremos estimular a utilização da marca no exterior", realça o presidente do Turismo de Portugal. Actualmente, o Pestana Convento do Carmo Hotel é a única unidade do mapa das Pousadas de Portugal que está fora do país.
"O governo quer que haja internacionalização das marcas portuguesas, nomeadamente das mais importantes, como é este o caso", nomeadamente nos locais onde haja "o traço e herança da cultura portuguesa".
No segundo ponto do aditamento ao contrato, o Turismo de Portugal e o Grupo Pestana "subscrevem o interesse em candidatar ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) a construção de três novas pousadas em território nacional", explicou.
Os empreendimentos em Vila do Conde, Peniche e Covilhã "já estavam previstos no contrato inicial de exploração e beneficiariam de financiamento do terceiro Quadro Comunitário de Apoio".
"Por acção do governo à época [PSD/CDS-PP], já depois da celebração do contratos, essas verbas foram destinadas a outros fins e deixaram os projectos sem possibilidade de execução", referiu Luís Patrão.
"Agora que entrou em vigor o QREN temos condições para voltar a esse assunto", destacou.
Apesar dos três investimentos ainda estarem sujeitos a candidaturas (aos programas operacionais das respectivas regiões), "a expectativa é de que haja financiamento".
"Já tivemos contactos preparatórios e temos trabalhado nesse sentido", revela Luís Patrão, que espera que as novas pousadas sejam uma realidade dentro dos seis anos de vigência do QREN (até 2013). "Espero que nem seja preciso esperar tanto", acrescenta.
O aditamento ao contrato de exploração da Enatur vai ser assinado em cerimónia marcada para quinta-feira às 15:30 nas instalações do Ministério da Economia, na Rua da Horta Seca, em Lisboa.
As Pousadas de Portugal passaram a ser exploradas pelo grupo Pestana Pousadas em Setembro de 2003, na sequência da privatização da Enatur, onde o grupo passou a ter 49 por cento do capital.
O Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e do Turismo de Portugal, detém os restantes 51 por cento da Enatur.
LFO
Lusa/fim"
Transcrevo uma notícia sobre Turismo, difundida pela LUSA/VISÃO e que é reveladora de certos meandros políticos a que os comuns mortais não têm acesso. A gente vê o que eles dizem e escrevem, nos jornais locais e nos lugares públicos que ocupam, mas nunca revelam tudo quanto sabem. Escondem para nos "aldrabar". Eles falam, falam, falam...
Na notícia que é transcrita na integra os sublinhados são da minha autoria.
"2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Turismo de Portugal e Grupo Pestana apostam em três novas Pousadas e internacionalização
2008-09-24 11:05:01
Lisboa, 24 Set (LUSA) - O Turismo de Portugal e o Grupo Pestana assinam quinta-feira um aditamento ao contrato de exploração da Enatur com vista à construção de três novas Pousadas de Portugal e à internacionalização da marca.
Segundo adiantou Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal, à Agência Lusa, cada uma das três novas pousadas a construir em território nacional deve custar entre 10 a 15 milhões de euros.
As pousadas estão projectadas para o Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, a Fortaleza de Peniche e o antigo Sanatório da Serra da Estrela, na Covilhã.
"Cinco anos passados sobre o contrato de exploração da Enatur constata-se que algumas normas merecem ser reponderadas", referiu.
O primeiro dos dois pontos a subscrever na quinta-feira vai agilizar a expansão das Pousadas de Portugal para fora do país, simplificando as condições de utilização da marca, e "fixar metas" para esse crescimento, sublinhou Luís Patrão - remetendo detalhes para a cerimónia.
"Queremos estimular a utilização da marca no exterior", realça o presidente do Turismo de Portugal. Actualmente, o Pestana Convento do Carmo Hotel é a única unidade do mapa das Pousadas de Portugal que está fora do país.
"O governo quer que haja internacionalização das marcas portuguesas, nomeadamente das mais importantes, como é este o caso", nomeadamente nos locais onde haja "o traço e herança da cultura portuguesa".
No segundo ponto do aditamento ao contrato, o Turismo de Portugal e o Grupo Pestana "subscrevem o interesse em candidatar ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) a construção de três novas pousadas em território nacional", explicou.
Os empreendimentos em Vila do Conde, Peniche e Covilhã "já estavam previstos no contrato inicial de exploração e beneficiariam de financiamento do terceiro Quadro Comunitário de Apoio".
"Por acção do governo à época [PSD/CDS-PP], já depois da celebração do contratos, essas verbas foram destinadas a outros fins e deixaram os projectos sem possibilidade de execução", referiu Luís Patrão.
"Agora que entrou em vigor o QREN temos condições para voltar a esse assunto", destacou.
Apesar dos três investimentos ainda estarem sujeitos a candidaturas (aos programas operacionais das respectivas regiões), "a expectativa é de que haja financiamento".
"Já tivemos contactos preparatórios e temos trabalhado nesse sentido", revela Luís Patrão, que espera que as novas pousadas sejam uma realidade dentro dos seis anos de vigência do QREN (até 2013). "Espero que nem seja preciso esperar tanto", acrescenta.
O aditamento ao contrato de exploração da Enatur vai ser assinado em cerimónia marcada para quinta-feira às 15:30 nas instalações do Ministério da Economia, na Rua da Horta Seca, em Lisboa.
As Pousadas de Portugal passaram a ser exploradas pelo grupo Pestana Pousadas em Setembro de 2003, na sequência da privatização da Enatur, onde o grupo passou a ter 49 por cento do capital.
O Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e do Turismo de Portugal, detém os restantes 51 por cento da Enatur.
LFO
Lusa/fim"
quarta-feira, setembro 24, 2008
AS VIÚVAS DA MORTE
Todos os dias as encontro aí pelas 7,30 da manhã quando vou passear o meu cão. Duas mulheres vestidas de preto da cabeça aos pés, com mais de 70 anos, sobem a Av. das Escolas em direcção ao cemitério. Sempre as duas. Uma, 3 ou 4 passos à frente da outra. Alguns dias trazem um braçado de flores.
É o seu fadário o que começa assim todas as manhãs. Tratar do eterno repouso dos seus. Para isso vivem e assim vão alimentando e justificando o seu sobrar para os dias que já pouco lhes podem acrescentar. Passam por mim e dizem: - Bom Dia! Como quem diz vamos fazer o que é o nosso ser. Vamos estar com os nossos. Vamos limpar-lhes as casas e dizer-lhes bom dia.
E este ritual tem-se mantido. Se por acaso me atraso ou adianto e não as encontro, aguardo com ansiedade o dia seguinte. Com a idade que têm a sua companheira de todos os dias, A Morte, pode querer recompensá-las pelo tributo que todos os dias lhe prestam. E eu rezo à minha maneira para que se vá protelando esse encontro definitivo.
Aquelas duas mulheres são o Peniche profundo que já só por acaso se pode encontrar. Não se inventam em novas modas, nem em falsos pretextos de convívios espúrios. è a sua vida que está ali no seu caminhar ao encontro do que faz parte de si próprias. No amor que revivem cada dia em que fazem deslizar as mãos com carinho nas pedras tumulares das suas outras casas.
O seu ritual já faz parte de mim. Aquelas duas mulheres já têm o meu respeito e a minha amizade para sempre.
Todos os dias as encontro aí pelas 7,30 da manhã quando vou passear o meu cão. Duas mulheres vestidas de preto da cabeça aos pés, com mais de 70 anos, sobem a Av. das Escolas em direcção ao cemitério. Sempre as duas. Uma, 3 ou 4 passos à frente da outra. Alguns dias trazem um braçado de flores.
É o seu fadário o que começa assim todas as manhãs. Tratar do eterno repouso dos seus. Para isso vivem e assim vão alimentando e justificando o seu sobrar para os dias que já pouco lhes podem acrescentar. Passam por mim e dizem: - Bom Dia! Como quem diz vamos fazer o que é o nosso ser. Vamos estar com os nossos. Vamos limpar-lhes as casas e dizer-lhes bom dia.
E este ritual tem-se mantido. Se por acaso me atraso ou adianto e não as encontro, aguardo com ansiedade o dia seguinte. Com a idade que têm a sua companheira de todos os dias, A Morte, pode querer recompensá-las pelo tributo que todos os dias lhe prestam. E eu rezo à minha maneira para que se vá protelando esse encontro definitivo.
Aquelas duas mulheres são o Peniche profundo que já só por acaso se pode encontrar. Não se inventam em novas modas, nem em falsos pretextos de convívios espúrios. è a sua vida que está ali no seu caminhar ao encontro do que faz parte de si próprias. No amor que revivem cada dia em que fazem deslizar as mãos com carinho nas pedras tumulares das suas outras casas.
O seu ritual já faz parte de mim. Aquelas duas mulheres já têm o meu respeito e a minha amizade para sempre.
segunda-feira, setembro 22, 2008
QUEM QUER FARELOS?
A banha da cobra atinge todos. Escudeiros vaidosos e senhores de pluma. Servos da gleba pedinchões e povo ordeiro e amante de festas e romarias. Antigamente oferecia-se um palco junto ao castelo, rufar tambores, um “terçar” de armas de aperitivo e aí estava a Festa com que castelões impressionavam os seus lacaios. Agora é mais simples: - Uma câmara de TV seja qual for o objecto de mostra, e já está. Do Big Brother às manhãs de Verão, só mudam os intérpretes os conteúdos são os mesmos.
Gil Vicente não regressa do túmulo. Com a banda larga não há farsa que mereça a pena ver. Dá trabalho. Extrapolar do Teatro Medieval para situações concretas de hoje é um exercício de estilo para que poucos se sentem dinamizados.
Hoje com “ondas” e “hipotéticas energias alternativas” se enganam os tolos que já lá não vão com bolos. Tudo o que “luz é oiro”. E se não for, uma procissão redime os pecados de todos.
A banha da cobra atinge todos. Escudeiros vaidosos e senhores de pluma. Servos da gleba pedinchões e povo ordeiro e amante de festas e romarias. Antigamente oferecia-se um palco junto ao castelo, rufar tambores, um “terçar” de armas de aperitivo e aí estava a Festa com que castelões impressionavam os seus lacaios. Agora é mais simples: - Uma câmara de TV seja qual for o objecto de mostra, e já está. Do Big Brother às manhãs de Verão, só mudam os intérpretes os conteúdos são os mesmos.
Gil Vicente não regressa do túmulo. Com a banda larga não há farsa que mereça a pena ver. Dá trabalho. Extrapolar do Teatro Medieval para situações concretas de hoje é um exercício de estilo para que poucos se sentem dinamizados.
Hoje com “ondas” e “hipotéticas energias alternativas” se enganam os tolos que já lá não vão com bolos. Tudo o que “luz é oiro”. E se não for, uma procissão redime os pecados de todos.
sexta-feira, setembro 19, 2008
RECEITA PARA MATAR UMA FORMIGA
Colocar em cima de uma mesa no sentido em que a formiga caminha e por esta ordem:
- Um pouco de sal
- Umas gotas de gin
- Um palito
- Uma pedra com arestas afiadas
A formiga vê o sal e come pensando que é açucar. Fica com sede vê o gin e bebe pensando que é água. Fica bêbeda. Tropeça no palito cai e bate com a cabeça na pedra. Morre de traumatismo craniano.
Colocar em cima de uma mesa no sentido em que a formiga caminha e por esta ordem:
- Um pouco de sal
- Umas gotas de gin
- Um palito
- Uma pedra com arestas afiadas
A formiga vê o sal e come pensando que é açucar. Fica com sede vê o gin e bebe pensando que é água. Fica bêbeda. Tropeça no palito cai e bate com a cabeça na pedra. Morre de traumatismo craniano.
quinta-feira, setembro 18, 2008
A RAZÃO NÃO ENTENDE
"Os políticos passam, os técnicos ficam" - Voz corrente na Câmara Municipal de Peniche
Quem acredita que um executivo camarário ainda não completamente autista pelo tempo a que exerce funções, está disposto a dar tiros nos pés a um ano das eleições?
Vem isto a propósito dos arranjos exteriores na Escola nº3. Quando vi iniciar a obra fiquei contente. Com a antecedência devida (aproveitando as férias de Verão) faz-se a obra e os meninos e meninas quando chegarem têm uma Escola onde apetece estar.
Parto do princípio, se está toda a gente com o juízo no lugar, que foram consultados os Serviços Técnicos respectivos da Câmara Municipal e que foi garantida a execução dos trabalhos em tempo oportuno.
O que é certo é que o tempo passou, passou e passou e comecei a ver com alguma tristeza que as obras pareciam estar paralisadas. Chegou o Setembro e não atavam, nem desatavam. Ao que me dizem na nº5 ainda as coisas estavam piores. Nem fui ver. Para me preocupar já basta o que tenho em casa para resolver.
Até que a certa altura vejo começarem os trabalhadores da Junta de Freguesia da Ajuda a avançarem a todo o gás para as obras em causa. E, corolário de tudo isto, no passado sábado vi coisas de pasmar aos céus.
Vi o Presidente da Junta a fazer serviço de ajudante de pedreiro a carregar pedras em carrinho de mão de um lado para o outro. E vi também no mesmo dia o engenheiro responsável por estas obras em calção de ténis a dar instruções aos trabalhadores da Junta que lá faziam horas extraordinárias. Não vi trabalhadores da Câmara Municipal a trabalharem ao sábado, o que se torna difícil de compreender uma vez que está lá um cartaz a dizer que a obra é da responsabilidade da Câmara Municipal.
Gostava como remate desta conversa que os responsáveis pelo atraso nas obras fossem devidamente confrontados com este facto. E que o que parece absurdo seja corrigido.
E mais não digo porque falar disto tudo até me dá arrepios na espinha.
"Os políticos passam, os técnicos ficam" - Voz corrente na Câmara Municipal de Peniche
Quem acredita que um executivo camarário ainda não completamente autista pelo tempo a que exerce funções, está disposto a dar tiros nos pés a um ano das eleições?
Vem isto a propósito dos arranjos exteriores na Escola nº3. Quando vi iniciar a obra fiquei contente. Com a antecedência devida (aproveitando as férias de Verão) faz-se a obra e os meninos e meninas quando chegarem têm uma Escola onde apetece estar.
Parto do princípio, se está toda a gente com o juízo no lugar, que foram consultados os Serviços Técnicos respectivos da Câmara Municipal e que foi garantida a execução dos trabalhos em tempo oportuno.
O que é certo é que o tempo passou, passou e passou e comecei a ver com alguma tristeza que as obras pareciam estar paralisadas. Chegou o Setembro e não atavam, nem desatavam. Ao que me dizem na nº5 ainda as coisas estavam piores. Nem fui ver. Para me preocupar já basta o que tenho em casa para resolver.
Até que a certa altura vejo começarem os trabalhadores da Junta de Freguesia da Ajuda a avançarem a todo o gás para as obras em causa. E, corolário de tudo isto, no passado sábado vi coisas de pasmar aos céus.
Vi o Presidente da Junta a fazer serviço de ajudante de pedreiro a carregar pedras em carrinho de mão de um lado para o outro. E vi também no mesmo dia o engenheiro responsável por estas obras em calção de ténis a dar instruções aos trabalhadores da Junta que lá faziam horas extraordinárias. Não vi trabalhadores da Câmara Municipal a trabalharem ao sábado, o que se torna difícil de compreender uma vez que está lá um cartaz a dizer que a obra é da responsabilidade da Câmara Municipal.
Gostava como remate desta conversa que os responsáveis pelo atraso nas obras fossem devidamente confrontados com este facto. E que o que parece absurdo seja corrigido.
E mais não digo porque falar disto tudo até me dá arrepios na espinha.
quarta-feira, setembro 17, 2008
terça-feira, setembro 16, 2008
MERECE A PENA SABER
No passado sábado a “impressão digital” do Caderno “Actual” do Expresso que o José Manuel dos Santos deixou impressa, fala do padre Manuel Antunes, Professor de Cultura Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Mais uma vez me deliciei na sua leitura. Fiquei deslumbrado com a sua leitura sobre um Professor, num tempo em que os média, fazendo eco de “gentinha” desejosa de aparecer nas televisões sejam eles os pais do PREC ou os sindicalistas em busca de assento na Assembleia da República.
O Zé Manel ressalta a certa altura que a paidéia era um dos grandes temas que o padre e professor Manuel Antunes (uma coisa não é dissociável da outra), acarinhava e desenvolvia com entusiasmo. Para os menos atentos nestas matérias fui buscar à Wikipédia uma análise breve sobre PAIDÉIA que passo a transcrever a título informativo.
"Inicialmente, a palavra paidéia (de paidos - criança) significava simplesmente "criação de meninos". Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.
O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a Paidéia combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como governante.
O objectivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paidéia também pode ser encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade.
Um pedagogo – um escravo, na época - conduzia o jovem, com sua lanterna ilumina(dor)a, até aos centros ou assembleias, onde ocorriam as discussões que envolviam pensamentos críticos, criativos, resgates de cultura, valorização da experiência dos anciãos etc.
Supõe-se que, no processo sócio-histórico, esse mesmo pedagogo libertou-se, talvez de tanto dialogar nos acompanhamentos do jovem até as assembléias, tornando-se um personagem da paidéia, e seu consuma(dor).
Mas, se até então o objectivo fundamental da educação era a formação aristocrática do homem individual como Kalos agathos ("Belo e Bom"), a partir do século V a. C., exige-se algo mais da educação. Para além de formar o homem, a educação deve ainda formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica, na música e na gramática deixa de ser suficiente.
É então que o ideal educativo grego aparece como paidéia, formação geral que tem por tarefa construir o homem como homem e como cidadão. Platão define paidéia da seguinte forma "(...) a essência de toda a verdadeira educação ou paidéia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento" (cit. in Jaeger, 1995: 147)
Como diz Jaeger (1995), os gregos deram o nome de paidéia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para traduzir o termo paidéia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paidéia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez." (Jaeger, 1995: 1).
Na sua abrangência, o conceito de paidéia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares.
A paidéia, vem por isso a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem tornado verdadeiramente homem" (Marrou, 1966: 158)."
No passado sábado a “impressão digital” do Caderno “Actual” do Expresso que o José Manuel dos Santos deixou impressa, fala do padre Manuel Antunes, Professor de Cultura Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Mais uma vez me deliciei na sua leitura. Fiquei deslumbrado com a sua leitura sobre um Professor, num tempo em que os média, fazendo eco de “gentinha” desejosa de aparecer nas televisões sejam eles os pais do PREC ou os sindicalistas em busca de assento na Assembleia da República.
O Zé Manel ressalta a certa altura que a paidéia era um dos grandes temas que o padre e professor Manuel Antunes (uma coisa não é dissociável da outra), acarinhava e desenvolvia com entusiasmo. Para os menos atentos nestas matérias fui buscar à Wikipédia uma análise breve sobre PAIDÉIA que passo a transcrever a título informativo.
"Inicialmente, a palavra paidéia (de paidos - criança) significava simplesmente "criação de meninos". Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.
O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a Paidéia combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como governante.
O objectivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paidéia também pode ser encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade.
Um pedagogo – um escravo, na época - conduzia o jovem, com sua lanterna ilumina(dor)a, até aos centros ou assembleias, onde ocorriam as discussões que envolviam pensamentos críticos, criativos, resgates de cultura, valorização da experiência dos anciãos etc.
Supõe-se que, no processo sócio-histórico, esse mesmo pedagogo libertou-se, talvez de tanto dialogar nos acompanhamentos do jovem até as assembléias, tornando-se um personagem da paidéia, e seu consuma(dor).
Mas, se até então o objectivo fundamental da educação era a formação aristocrática do homem individual como Kalos agathos ("Belo e Bom"), a partir do século V a. C., exige-se algo mais da educação. Para além de formar o homem, a educação deve ainda formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica, na música e na gramática deixa de ser suficiente.
É então que o ideal educativo grego aparece como paidéia, formação geral que tem por tarefa construir o homem como homem e como cidadão. Platão define paidéia da seguinte forma "(...) a essência de toda a verdadeira educação ou paidéia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento" (cit. in Jaeger, 1995: 147)
Como diz Jaeger (1995), os gregos deram o nome de paidéia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para traduzir o termo paidéia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paidéia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez." (Jaeger, 1995: 1).
Na sua abrangência, o conceito de paidéia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares.
A paidéia, vem por isso a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem tornado verdadeiramente homem" (Marrou, 1966: 158)."
segunda-feira, setembro 15, 2008
SER “DONO” DE CASA
“Um Homem é ele e as suas circunstâncias”
Ortega y Gasset
Por razões que neste momento não quero referir, vi-me desde o início de Agosto feito “dono” de casa. Uma actividade que tem sido partilhada com a minha filha e com outros familiares, mas que tem sobrado na sua maior parte para mim. Quero dizer que de todo não gosto. A partir do momento em que for demitido destas tarefas, passo a olhar para a minha Anita com um olhar bem mais carinhoso e agradecido. Passo a compreender melhor a minha mãe. E os dias em que ela parecia louca com as tarefas caseiras. Uma casa enorme como a que ela orientava e com 3 “marmanjos” que não mexiam uma palha, é obra.
Levanto-me às sete da manhã alvo os dentes visto umas calças e uma camisa sobre o pijama e lá vou eu para a rua passear um dos cães ele cheira e eu paro ele mija e eu paro ele defeca e eu paro vou ao pão venho para casa e ponho outro cão na rua preparo a mesa para os pequenos almoços arrumo a louça lavada do jantar do dia que passou dou de comer aos pássaros preparo os medicamentos faço comida para os cães preparo os medicamentos e os pequenos almoços preparo os banhos da manhã se não tenho sopa feita preparo os legumes para as sopas do jantar preparo as coisas para o almoço dou as injecções aos doentes da casa recolho os cães e dou-lhes de comer ponho o papagaio na rua tomo banho tomo o pequeno almoço com a Anita vou ao Jornal vou à D. Leonor às compras e se for casa disso à Cooperativa dos Pescadores vou tomar café a Peniche de Cima e venho para casa começo a tratar do almoço e no meio disso ponho roupa lavar recolho a roupa seca ou se começa a chover e depois ponho outra a secar acabo o almoço e vou almoçar levanto a mesa e há que lavar a louça do almoço varrer a casa e lavar o chão da cozinha sentar um bocado ao computador e muitas vezes adormeço sentado acordo são horas de tratar dos lanches dou os lanches vou passear os cães preparo a refeição da noite jantamos lavar a loiça e quando acabam as tarefas são horas de ver as glicemias dar a injecção de insulina e ir deitar que amanhã tenho de me levantar às sete porque senão os cães começam a ladrar e não deixam ninguém sossegar em casa.
Uffffffffff!!! Estou farto de ser “dono” de casa. Percebo agora porque se diz “Donas de casa desesperadas”. Definitivamente não quero este ofício e assim que poder demito-me, e vou voltar à minha doce e pacata vidinha de sempre. “Dona da Casa” é que não.
“Um Homem é ele e as suas circunstâncias”
Ortega y Gasset
Por razões que neste momento não quero referir, vi-me desde o início de Agosto feito “dono” de casa. Uma actividade que tem sido partilhada com a minha filha e com outros familiares, mas que tem sobrado na sua maior parte para mim. Quero dizer que de todo não gosto. A partir do momento em que for demitido destas tarefas, passo a olhar para a minha Anita com um olhar bem mais carinhoso e agradecido. Passo a compreender melhor a minha mãe. E os dias em que ela parecia louca com as tarefas caseiras. Uma casa enorme como a que ela orientava e com 3 “marmanjos” que não mexiam uma palha, é obra.
Levanto-me às sete da manhã alvo os dentes visto umas calças e uma camisa sobre o pijama e lá vou eu para a rua passear um dos cães ele cheira e eu paro ele mija e eu paro ele defeca e eu paro vou ao pão venho para casa e ponho outro cão na rua preparo a mesa para os pequenos almoços arrumo a louça lavada do jantar do dia que passou dou de comer aos pássaros preparo os medicamentos faço comida para os cães preparo os medicamentos e os pequenos almoços preparo os banhos da manhã se não tenho sopa feita preparo os legumes para as sopas do jantar preparo as coisas para o almoço dou as injecções aos doentes da casa recolho os cães e dou-lhes de comer ponho o papagaio na rua tomo banho tomo o pequeno almoço com a Anita vou ao Jornal vou à D. Leonor às compras e se for casa disso à Cooperativa dos Pescadores vou tomar café a Peniche de Cima e venho para casa começo a tratar do almoço e no meio disso ponho roupa lavar recolho a roupa seca ou se começa a chover e depois ponho outra a secar acabo o almoço e vou almoçar levanto a mesa e há que lavar a louça do almoço varrer a casa e lavar o chão da cozinha sentar um bocado ao computador e muitas vezes adormeço sentado acordo são horas de tratar dos lanches dou os lanches vou passear os cães preparo a refeição da noite jantamos lavar a loiça e quando acabam as tarefas são horas de ver as glicemias dar a injecção de insulina e ir deitar que amanhã tenho de me levantar às sete porque senão os cães começam a ladrar e não deixam ninguém sossegar em casa.
Uffffffffff!!! Estou farto de ser “dono” de casa. Percebo agora porque se diz “Donas de casa desesperadas”. Definitivamente não quero este ofício e assim que poder demito-me, e vou voltar à minha doce e pacata vidinha de sempre. “Dona da Casa” é que não.
domingo, setembro 14, 2008
sábado, setembro 13, 2008
quinta-feira, setembro 11, 2008
11
Será legítimo recordar-me hoje de Salvador Allende? Será justo pensar que a Utopia caiu com o derrube do Governo Popular do Chile?
A Democracia terá de ser o que os senhores do poder económico decidirem. Por mais eleições que tenham legitimado o Poder Popular, os que têm razões para temer a perda dos Direitos que a Força do Poder e o Poder da Força determinam, nada pode garantir a sua continuidade. Por cá o Barroso, o Cavaco e o Sócrates dão parabéns ao MPLA pela sua Vitória esmagadora.
Mas é dos livros saber como se perpetua um Poder que só quando garante a sua continuidade se põe à prova.
Portugal tornou-se uma “casa de alterne” entre o PS e o PSD. Os clientes são os mesmos, só mudam as “gajas”. Uma vez sul-americanas outra vez da Europa do Leste.
Viva o Portugal Social e Democrático.
PS: Já não consigo chorar os mortos das Torres. Antes disso morreu tanta gente no Chile. No Vietnam. Na Coreia. No Panamá e em Porto Rico. Morreram milhares de índios e quando estes começaram a faltar aos encontros devastadores com a morte, mataram-se centenas de milhares de bisontes. Morreu tanta gente por esse mundo fora, que daria para colocados os corpos uns sobre os outros, construir torres da terra à lua. Não 2 mas 20. O Osama é já só é um mal menor.
Será legítimo recordar-me hoje de Salvador Allende? Será justo pensar que a Utopia caiu com o derrube do Governo Popular do Chile?
A Democracia terá de ser o que os senhores do poder económico decidirem. Por mais eleições que tenham legitimado o Poder Popular, os que têm razões para temer a perda dos Direitos que a Força do Poder e o Poder da Força determinam, nada pode garantir a sua continuidade. Por cá o Barroso, o Cavaco e o Sócrates dão parabéns ao MPLA pela sua Vitória esmagadora.
Mas é dos livros saber como se perpetua um Poder que só quando garante a sua continuidade se põe à prova.
Portugal tornou-se uma “casa de alterne” entre o PS e o PSD. Os clientes são os mesmos, só mudam as “gajas”. Uma vez sul-americanas outra vez da Europa do Leste.
Viva o Portugal Social e Democrático.
PS: Já não consigo chorar os mortos das Torres. Antes disso morreu tanta gente no Chile. No Vietnam. Na Coreia. No Panamá e em Porto Rico. Morreram milhares de índios e quando estes começaram a faltar aos encontros devastadores com a morte, mataram-se centenas de milhares de bisontes. Morreu tanta gente por esse mundo fora, que daria para colocados os corpos uns sobre os outros, construir torres da terra à lua. Não 2 mas 20. O Osama é já só é um mal menor.
terça-feira, setembro 09, 2008
PERÍODO SABÁTICO
Também eu tenho tido aqui há cerca de um mês, um período sabático em que nada me sai, muitas vezes nem tempo tenho para ligar o computodor e na maioria dos dias só o que me anima é a vontade de ver terminar este período infernal. Agora que tudo parece começar a acalmar, vou estando mais livre fisica e mentalmente para escrever e analisar o que há minha volta vai ocorrendo.
Histórias e bandas desenhadas que fui acumulando ao longo dos tempos foram a salvação para este blog que só fará sentido se uma qualquer actualização por mais insignificante que seja, o tornar vivo. No dia em que nada poder acrescentar-lhe, terminá-lo-ei com a mesma alegria com que o comecei.
Até lá e espero que esse dia venha longíquo, por aqui me vou passeando.
Também eu tenho tido aqui há cerca de um mês, um período sabático em que nada me sai, muitas vezes nem tempo tenho para ligar o computodor e na maioria dos dias só o que me anima é a vontade de ver terminar este período infernal. Agora que tudo parece começar a acalmar, vou estando mais livre fisica e mentalmente para escrever e analisar o que há minha volta vai ocorrendo.
Histórias e bandas desenhadas que fui acumulando ao longo dos tempos foram a salvação para este blog que só fará sentido se uma qualquer actualização por mais insignificante que seja, o tornar vivo. No dia em que nada poder acrescentar-lhe, terminá-lo-ei com a mesma alegria com que o comecei.
Até lá e espero que esse dia venha longíquo, por aqui me vou passeando.
segunda-feira, setembro 08, 2008
sábado, setembro 06, 2008
sexta-feira, setembro 05, 2008
quinta-feira, setembro 04, 2008
quarta-feira, setembro 03, 2008
segunda-feira, setembro 01, 2008
quinta-feira, agosto 28, 2008
quarta-feira, agosto 27, 2008
Um indivíduo esteve a beber até o bar fechar.
Como era o último cliente, o funcionário informou-o que iam fechar e que ele tinha que sair. O sujeito levantou-se e caiu no chão... Tentou novamente levantar-se e caiu novamente. Optou por se arrastar até à porta do bar. Tentou levantar-se novamente e voltou a cair. Já na rua tentou levantar-se e voltou a acontecer o mesmo: Caiu!Foi assim para casa, tentando levantar-se e caindo sempre. Já em casa e pela manhã a esposa comentou:
- Grande bebedeira ontem à noite!
- Como é que tu sabes que eu ontem cheguei bêbado?
- Telefonaram do bar. Deixaste lá a cadeira de rodas...
Como era o último cliente, o funcionário informou-o que iam fechar e que ele tinha que sair. O sujeito levantou-se e caiu no chão... Tentou novamente levantar-se e caiu novamente. Optou por se arrastar até à porta do bar. Tentou levantar-se novamente e voltou a cair. Já na rua tentou levantar-se e voltou a acontecer o mesmo: Caiu!Foi assim para casa, tentando levantar-se e caindo sempre. Já em casa e pela manhã a esposa comentou:
- Grande bebedeira ontem à noite!
- Como é que tu sabes que eu ontem cheguei bêbado?
- Telefonaram do bar. Deixaste lá a cadeira de rodas...
sábado, agosto 23, 2008
EU QUE ME SAFE… OS OUTROS QUE SE…
Local: R. Joaquim A. Aguiar, nº 39. Prédio habitado por senhora de 87 anos. O letreiro à porta é claro como água sem poluição. Toda a noite o carro ali esteve. À hora a que escrevo (11:00horas) ali continua.
Ninguém diz nada. Ninguém resolve. Peniche está na onda. Importante é a aparição na TV seja lá o que for que isso represente. O Policiamento de proximidade também deveria passar por aqui.
Somos um país miserável, com uma segurança de merda e com um cuidado pelos direitos dos outros que pede meças ao Faraó da Coreia.
Assim vai e segue Peniche, terra de mar e de turismo.


Local: R. Joaquim A. Aguiar, nº 39. Prédio habitado por senhora de 87 anos. O letreiro à porta é claro como água sem poluição. Toda a noite o carro ali esteve. À hora a que escrevo (11:00horas) ali continua.
Ninguém diz nada. Ninguém resolve. Peniche está na onda. Importante é a aparição na TV seja lá o que for que isso represente. O Policiamento de proximidade também deveria passar por aqui.
Somos um país miserável, com uma segurança de merda e com um cuidado pelos direitos dos outros que pede meças ao Faraó da Coreia.
Assim vai e segue Peniche, terra de mar e de turismo.
quinta-feira, agosto 21, 2008
BATISTA PEREIRA – EFEMÉRIDE
Perfazem hoje 54 anos, que o nadador de Alhandra entrou para a história da Natação de fundo, ao atravessar o Canal da Mancha com um tempo de travessia de cerca de 11 horas. A 21 de Agosto de 1954 o nadador que treinou o feito que iria desenvolver nas travessias do Tejo e de Peniche-Berlengas-Peniche, haveria de repetir a travessia da Mancha a 27 de Agosto de 1959.
Se nos recordarmos que estamos a falar de coisas passadas à mais de 50 anos, sem os meios e recursos de que hoje os atletas dispõem, torna-se mais espantoso ainda aquilo que Batista Pereira então conseguiu.
O nadador que ficou imortalizado pelos seus feitos na Natação, também entraria na história da Literatura Portuguesa pela mão de Alves Redol que o imortalizou num dos seus mais reconhecidos romances: “OS GAIBÈUS”.
Simpatizante confesso da causa comunista, tornou-se um amigo de Peniche pela sua amizade com o Germinal Gonçalves já falecido.
Dadas as suas ligações a Peniche e numa altura em que tanto se cita o nosso MAR como fonte de apelo turístico, recordar o seu nome é uma obrigação. Quem sabe se atribui-lo a uma artéria de Peniche ou a um qualquer local de lazer marítimo, não seria demais.
Falar hoje de Desportos marítimos é fácil e não envolve despesa mental, nem física. Há 54 anos fazer entrar Peniche nos caminhos da Natação Nacional era bem mais doloroso. Mas o Batista Pereira nasceu Gaibéu e toda a vido o foi. Porque haveríamos de lhe dar qualquer importância?
Perfazem hoje 54 anos, que o nadador de Alhandra entrou para a história da Natação de fundo, ao atravessar o Canal da Mancha com um tempo de travessia de cerca de 11 horas. A 21 de Agosto de 1954 o nadador que treinou o feito que iria desenvolver nas travessias do Tejo e de Peniche-Berlengas-Peniche, haveria de repetir a travessia da Mancha a 27 de Agosto de 1959.
Se nos recordarmos que estamos a falar de coisas passadas à mais de 50 anos, sem os meios e recursos de que hoje os atletas dispõem, torna-se mais espantoso ainda aquilo que Batista Pereira então conseguiu.
O nadador que ficou imortalizado pelos seus feitos na Natação, também entraria na história da Literatura Portuguesa pela mão de Alves Redol que o imortalizou num dos seus mais reconhecidos romances: “OS GAIBÈUS”.
Simpatizante confesso da causa comunista, tornou-se um amigo de Peniche pela sua amizade com o Germinal Gonçalves já falecido.
Dadas as suas ligações a Peniche e numa altura em que tanto se cita o nosso MAR como fonte de apelo turístico, recordar o seu nome é uma obrigação. Quem sabe se atribui-lo a uma artéria de Peniche ou a um qualquer local de lazer marítimo, não seria demais.
Falar hoje de Desportos marítimos é fácil e não envolve despesa mental, nem física. Há 54 anos fazer entrar Peniche nos caminhos da Natação Nacional era bem mais doloroso. Mas o Batista Pereira nasceu Gaibéu e toda a vido o foi. Porque haveríamos de lhe dar qualquer importância?
terça-feira, agosto 19, 2008
NÃO ME APETECE
escrever nestes dias. Nem sei se seria capaz de o fazer. Falta-me o tempo. A paz de espírito e as ideias fogem-me. Não tem a ver com o calor, nem com o sol. Tem a ver comigo. Não tem a ver com férias. De férias estou eu já lá vão 4 anos. Tem a ver comigo. Com as minhas capacidades. Espero bem que este intervalo passe depressa. E que a vontade e alegria de escrever retornem rapidamente. Eu vou voltar.
escrever nestes dias. Nem sei se seria capaz de o fazer. Falta-me o tempo. A paz de espírito e as ideias fogem-me. Não tem a ver com o calor, nem com o sol. Tem a ver comigo. Não tem a ver com férias. De férias estou eu já lá vão 4 anos. Tem a ver comigo. Com as minhas capacidades. Espero bem que este intervalo passe depressa. E que a vontade e alegria de escrever retornem rapidamente. Eu vou voltar.
sexta-feira, agosto 15, 2008
MAIS DO QUE PARECE
é comum estarmos perto das coisas e não querermos fazer parte delas. O homem faz de si próprio uma fortaleza embora sinta as fraquezas e as fragilidades da condição humana. Mas é forte por isso mesmo. Por ser capaz de viver com as suas fraquezas sem se deixar dominar por elas. A fraqueza, no sentido da indignidade, está em fazer com as suas fragilidades alimentem os seus dias. Exibir as fraquezas já não é só pouco digno. É condicionar-se à sua condição animal. É o espírito qua prevalece quando fazemos da coluna vertebral o elemento fundamental do nosso ser andante,
é comum estarmos perto das coisas e não querermos fazer parte delas. O homem faz de si próprio uma fortaleza embora sinta as fraquezas e as fragilidades da condição humana. Mas é forte por isso mesmo. Por ser capaz de viver com as suas fraquezas sem se deixar dominar por elas. A fraqueza, no sentido da indignidade, está em fazer com as suas fragilidades alimentem os seus dias. Exibir as fraquezas já não é só pouco digno. É condicionar-se à sua condição animal. É o espírito qua prevalece quando fazemos da coluna vertebral o elemento fundamental do nosso ser andante,
segunda-feira, agosto 11, 2008
POESIA RENDILHADA
Nos idos em que passei pelas escolas de todo o país e na República da Guiné-Bissau, pude observar que quanto mais os actos pedagógicos se aproximavam das raízes culturais de pais e alunos, mais hipóteses de êxito se podiam observar no processo educativo.
A certa altura foi lançada na Formação dos Professores (Projecto Global de Formação) a Área Escola com o objectivo de conhecendo o meio mais fácil e rentável se desenvolver o processo de ensino-aprendizagem. À Área-Escola foram sucedendo várias nuances e, entre elas aquilo que foi o Projecto Educativo de Escola com o objectivo de singularizar ou individualizar cada escola.
Aqui o pressuposto era o de que a escola enquanto elemento da comunidade em que se inseria deveria responder às solicitações de Formação Local, conferindo aos discentes para além de um saber geral nacional, as especificidades do desenvolvimento cultural, económico e laboral da Região que serve.
Foi aqui que a certa altura lançámos a proposta ao Ministério da Educação de que os Projectos Educativos fizessem parte dos conteúdos específicos de cada concurso de professores, a fim de que ninguém fosse enganado. Cada professor que concorresse a uma Escola saberia antecipadamente ao que ia. A que tipo de Formação teria de dar resposta, em que meio iria desenvolver a sua actividade, qual a natureza dos conhecimentos que deveria exercitar.
Dirão a que propósito vem este filosofar todo com o título em epígrafe do blog de hoje. Vem, porque ao desfolhar e ler o livro de Ida Guilherme senti que estava encontrado um manual escolar para as áreas de Educação Visual e Tecnológica, Educação Tecnológica e de Formação Profissional de Artes Decorativas do Ensino Secundário.
Eis que em 2008 surge o Manual pelas mãos de uma “velha” Professora que outra coisa não tem feito ao longo da vida senão valorizar a sua profissão.
Há que redefinir alguns dos conteúdos dos Projectos Educativos dos Agrupamentos de Escolas da Cidade de Peniche. Do Concelho se acharem por bem alargar o âmbito da acção. Aqui o Concelho Local de Educação tem um papel fundamental. E o Município.
Este Livro, este Manual, tem as orientações gerais. Tem os conceitos de motivação. Tem as ilustrações do que vai do conceito de pique à sua execução. Do design do bilro e da sua concepção estrutural. Do desenho da Renda. Da sua execução e aplicação aos objectos de uso corrente. Do marketing de venda. Da sua valorização em sectores mais desenvolvidos economicamente do mercado.
A poesia é um acto de amor. As rendas são sonhos construídos. A beleza do Livro não está nem na poesia que contém, nem nas rendas que nos mostra. Está na alma cheia de Luz com que Ida Guilherme nos premeia.
Nos idos em que passei pelas escolas de todo o país e na República da Guiné-Bissau, pude observar que quanto mais os actos pedagógicos se aproximavam das raízes culturais de pais e alunos, mais hipóteses de êxito se podiam observar no processo educativo.
A certa altura foi lançada na Formação dos Professores (Projecto Global de Formação) a Área Escola com o objectivo de conhecendo o meio mais fácil e rentável se desenvolver o processo de ensino-aprendizagem. À Área-Escola foram sucedendo várias nuances e, entre elas aquilo que foi o Projecto Educativo de Escola com o objectivo de singularizar ou individualizar cada escola.
Aqui o pressuposto era o de que a escola enquanto elemento da comunidade em que se inseria deveria responder às solicitações de Formação Local, conferindo aos discentes para além de um saber geral nacional, as especificidades do desenvolvimento cultural, económico e laboral da Região que serve.
Foi aqui que a certa altura lançámos a proposta ao Ministério da Educação de que os Projectos Educativos fizessem parte dos conteúdos específicos de cada concurso de professores, a fim de que ninguém fosse enganado. Cada professor que concorresse a uma Escola saberia antecipadamente ao que ia. A que tipo de Formação teria de dar resposta, em que meio iria desenvolver a sua actividade, qual a natureza dos conhecimentos que deveria exercitar.

Eis que em 2008 surge o Manual pelas mãos de uma “velha” Professora que outra coisa não tem feito ao longo da vida senão valorizar a sua profissão.
Há que redefinir alguns dos conteúdos dos Projectos Educativos dos Agrupamentos de Escolas da Cidade de Peniche. Do Concelho se acharem por bem alargar o âmbito da acção. Aqui o Concelho Local de Educação tem um papel fundamental. E o Município.
Este Livro, este Manual, tem as orientações gerais. Tem os conceitos de motivação. Tem as ilustrações do que vai do conceito de pique à sua execução. Do design do bilro e da sua concepção estrutural. Do desenho da Renda. Da sua execução e aplicação aos objectos de uso corrente. Do marketing de venda. Da sua valorização em sectores mais desenvolvidos economicamente do mercado.
A poesia é um acto de amor. As rendas são sonhos construídos. A beleza do Livro não está nem na poesia que contém, nem nas rendas que nos mostra. Está na alma cheia de Luz com que Ida Guilherme nos premeia.
domingo, agosto 10, 2008
IN MEMORIAM DE
ÁLVARO CAROLINO DO NASCIMENTO (CAROLINO)
Perfazem hoje 9 anos da sua morte. Para mim foi uma perda irreparável. Para muitos foi um desaparecimento inesperado de uma pessoa de um grande coração e dedicado às causas em que acreditava.
Conhecia-o de vista aqui em Peniche como mais um jogador de futebol. Vinha das escolas do Benfica e da selecção nacional de juniores. Mais tarde, estava eu a estudar no “Meu Café” ele apareceu para conversar com o Carlos Colaço. Foi o início de uma grande amizade que percorreu mais de 30 anos. Juntos viemos a construir amigos comuns. Atravessámos bons e maus momentos. Tornou-se um irmão para mim. Indispensável. As travessuras da vida levaram-no para o Norte onde o fui sempre reencontrar com a mesma disponibilidade de sempre. A minha família e a dele fundiram-se numa só.
Foi o primeiro dos meus “amigos do peito” a desaparecer. O que passámos juntos dava para escrever um grande livro. Sobre a amizade. Para mim ainda não é o tempo e não sei se alguma vez será. É demasiado doloroso falar sobre ele. Recordo como se fosse hoje a última vez que estivemos juntos. Adivinhava-se o que depois iria acontecer. Mas eu não soube escutar esses sinais. E se soubesse também nada poderia ter impedido. Pessoas como o Carolino tornam inevitável cada dia das suas vidas.
Até já querido amigo.
Teu
Zé Maria
ÁLVARO CAROLINO DO NASCIMENTO (CAROLINO)

Conhecia-o de vista aqui em Peniche como mais um jogador de futebol. Vinha das escolas do Benfica e da selecção nacional de juniores. Mais tarde, estava eu a estudar no “Meu Café” ele apareceu para conversar com o Carlos Colaço. Foi o início de uma grande amizade que percorreu mais de 30 anos. Juntos viemos a construir amigos comuns. Atravessámos bons e maus momentos. Tornou-se um irmão para mim. Indispensável. As travessuras da vida levaram-no para o Norte onde o fui sempre reencontrar com a mesma disponibilidade de sempre. A minha família e a dele fundiram-se numa só.
Foi o primeiro dos meus “amigos do peito” a desaparecer. O que passámos juntos dava para escrever um grande livro. Sobre a amizade. Para mim ainda não é o tempo e não sei se alguma vez será. É demasiado doloroso falar sobre ele. Recordo como se fosse hoje a última vez que estivemos juntos. Adivinhava-se o que depois iria acontecer. Mas eu não soube escutar esses sinais. E se soubesse também nada poderia ter impedido. Pessoas como o Carolino tornam inevitável cada dia das suas vidas.
Até já querido amigo.
Teu
Zé Maria
sexta-feira, agosto 08, 2008
quinta-feira, agosto 07, 2008
BERLENGAS – Maravilha da natureza
A nomeação a que somos convidados a aderir pelo Presidente da Câmara Municipal de Peniche, é pretensiosa, enganadora e espúria. Justifico o que digo.
A ter alguma legitimidade esse convite para aderir deveria ter sido aprovado em reunião de Câmara Municipal e da Assembleia Municipal, factos que o folheto de convite ou escamoteia, ou não refere, ou não aconteceu. E no entanto sendo que se refere a belezas naturais da Natureza a nível mundial, deveria reunir o apoio de todas as forças institucionais de Peniche e não só o do Presidente da câmara Municipal.
Depois, votar para Beleza Natural do Mundo as Berlengas? Porquê?
- Por ser uma ilha embora bonita? Quem vê o National Geographic vê tantas outras maravilhosas e paradisíacas bem mais cuidadas e protegidas.
- Quando para apanhar os Barcos para lá chegar temos de levar com os maus cheiros consecutivos da Fábrica do Guano e da IDAL?
- Quando temos lá a Reserva que conduziu Peniche a um reservatório natural de gaivotas com todas as consequências daí derivadas?
- Quando para lá chegar é preciso vomitar as tripas?
- Quando nem uma bandeira azul lá existe?
- Quando meia dúzia de privilegiados têm casas particulares e os outros é tudo ao monte e fé em Deus?
- Quando o Forte de S. João Batista é um símbolo de dezenas de anos de abandono pelas autoridades locais e nacionais?
Sinceramente se a nível Mundial a Berlenga é uma das sete Maravilhas do Mundo, eu já só quero é cegar.
Eu por coerência e respeito por tudo quanto há de belo e respeitável no mundo, NÃO VOTO nas Berlengas para maravilha do Mundo.
A nomeação a que somos convidados a aderir pelo Presidente da Câmara Municipal de Peniche, é pretensiosa, enganadora e espúria. Justifico o que digo.
A ter alguma legitimidade esse convite para aderir deveria ter sido aprovado em reunião de Câmara Municipal e da Assembleia Municipal, factos que o folheto de convite ou escamoteia, ou não refere, ou não aconteceu. E no entanto sendo que se refere a belezas naturais da Natureza a nível mundial, deveria reunir o apoio de todas as forças institucionais de Peniche e não só o do Presidente da câmara Municipal.
Depois, votar para Beleza Natural do Mundo as Berlengas? Porquê?

- Quando para apanhar os Barcos para lá chegar temos de levar com os maus cheiros consecutivos da Fábrica do Guano e da IDAL?
- Quando temos lá a Reserva que conduziu Peniche a um reservatório natural de gaivotas com todas as consequências daí derivadas?
- Quando para lá chegar é preciso vomitar as tripas?
- Quando nem uma bandeira azul lá existe?
- Quando meia dúzia de privilegiados têm casas particulares e os outros é tudo ao monte e fé em Deus?
- Quando o Forte de S. João Batista é um símbolo de dezenas de anos de abandono pelas autoridades locais e nacionais?
Sinceramente se a nível Mundial a Berlenga é uma das sete Maravilhas do Mundo, eu já só quero é cegar.
Eu por coerência e respeito por tudo quanto há de belo e respeitável no mundo, NÃO VOTO nas Berlengas para maravilha do Mundo.
quarta-feira, agosto 06, 2008
terça-feira, agosto 05, 2008
segunda-feira, agosto 04, 2008
DESPEDIDAS DE VERÃO
A gente espera um ano inteiro pelos amigos que fazem da diáspora o seu destino. Chegam e num instante desaparecem de novo. Ontem foi a vez da Ivone e do André rumarem mais para o Norte até chegar a hora de regressarem às terras de Natália de de Antero.
Hoje vou levar ao Aeroporto o Hélder que ruma mais cedo ao seu habitat. Para eles o tempo de férias está a cabar. Para nós que gostamos deles resta esperar que um ano passe depressa.
A gente espera um ano inteiro pelos amigos que fazem da diáspora o seu destino. Chegam e num instante desaparecem de novo. Ontem foi a vez da Ivone e do André rumarem mais para o Norte até chegar a hora de regressarem às terras de Natália de de Antero.
Hoje vou levar ao Aeroporto o Hélder que ruma mais cedo ao seu habitat. Para eles o tempo de férias está a cabar. Para nós que gostamos deles resta esperar que um ano passe depressa.
sábado, agosto 02, 2008
sexta-feira, agosto 01, 2008
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