29 de Outubro de 2009, Internet faz 40 anos
Da revista (Web) Tecnologia/Terra retirei na íntegra este artigo que nos dá uma imagem clara sobre o que têm sido as comunicações Web.
"No decorrer desta semana, jornais e sites do mundo inteiro recordaram o aniversário de 40 anos da rede mundial de computadores, comemorado no dia 2 de setembro em referência aos cientistas da Universidade da Califórnia que, em 1969, trocaram informações entre dois computadores por meio de um cabo de cinco metros.
» Internet completa 40 anos em meio a novos desafios
» Criador da web diz que rede está na sua infância
Os dados trocados entre os dois computadores eram pequenos e insignificantes, uma mera mensagem de texto, mas prepararam o terreno para a rede interuniversidades Arpanet, que cresceria e tornaria possível o surgimento da hoje indispensável internet.
O jornal britânico Telegraph, no entanto, publicou uma reportagem na qual discutia qual data realmente estava sendo comemorada. Com tantos avanços vitais ao longo do caminho, existem muitos candidatos para o título de "inventor da internet", diz o jornal. "Existe disputa e incerteza sobre a data de 2 de setembro como a mais apropriada para o aniversário", afirma a publicação.
Entre as "outras" datas de aniversário da internet citadas pelo jornal está, por exemplo, o dia 29 de outubro de 1969, quando uma mensagem foi enviada pela primeira vez entre dois computadores da Arpanet, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, para o Instituto de Pesquisas de Standford, em Palo Alto, também na Califórnia. Este fato marcou o verdadeiro lançamento do sistema de troca de dados da rede.
Mas, o 1º de janeiro de 1983 é relembrado como o dia em que todos os computadores da rede Arpanet adotaram o protocolo TCP/IP, o padrão de comunicação online utilizado até hoje.
Em março de 1989, Tim Berners-Lee inventou a World Wide Web, um sistema eficiente para publicação e acesso de informações. Berners-Lee, um cientista britânico atuante na Suíça, ajudou a criar a linguagem de hipertexto usada até hoje em websites, links e navegadores, e é conhecido como o "pai da internet".
Finalmente, em abril de 1993, foi lançado o Mosaic, considerado o primeiro navegador de internet a facilitar a usabilidade, ajudando a popularizar a internet. Como precursor do Netscape Navigator, Internet Explorer e tantos outros navegadores existentes hoje, o Mosaic também foi um passo crucial para tirar a internet do laboratório e levá-la para dentro das nossas casas."
"Conversar em Peniche" não é necessariamente conversar sobre Peniche. Também mas não só. Algumas vezes assumirá um papel de raiva. Ou de guerra. Será provocador qb. Comprometido. Não será isento nem de erros nem de verdades (os meus, e as minhas). O resto se verá...
quinta-feira, outubro 29, 2009
quarta-feira, outubro 28, 2009
UM ÊXITO
O que está a acontecer em Peniche com o circuito mundial de Surf ultrapassa tudo o que a imaginação poderia alcançar.
Quem se recorda no final da década de 50, início da década de 60 as carrinhas de jovens australianos, holandeses e alemães que se juntavam entre Outubro e Abril no Molhe Leste, para praticar uma actividade de doidos com pranchas de madeira, jamais poderia imaginar o que meio século depois iria poder ver em Peniche.
foto "roubada" do site da RIP CURL
Na altura surfista era entre as pessoas “bem pensantes” de Peniche, sinónimo de drogado, miserável, pé-descalço e outros epítetos tão “carinhosos” como estes.
50 anos depois realiza-se aqui uma prova do circuito mundial de surf que eu estimo com custos superiores a um milhão de euros em tudo aquilo que envolve. Atrevo-me a dizer que comparável em projecção internacional do nosso País só o Europeu de Futebol.
Aguardo que as forças políticas da oposição ao executivo camarário tomem a iniciativa de o felicitarem pelo êxito atingido. Gostaria particularmente que esse voto de louvor fosse elaborado por determinado vereador da oposição. E que o fizesse com Alegria e humildade. E que de futuro quando coloca o seu saber ao serviço de outros concelhos, deixasse uma reserva para ser útil no que fosse necessário ao concelho que o viu nascer.
O que está a acontecer em Peniche com o circuito mundial de Surf ultrapassa tudo o que a imaginação poderia alcançar.
Quem se recorda no final da década de 50, início da década de 60 as carrinhas de jovens australianos, holandeses e alemães que se juntavam entre Outubro e Abril no Molhe Leste, para praticar uma actividade de doidos com pranchas de madeira, jamais poderia imaginar o que meio século depois iria poder ver em Peniche.

Na altura surfista era entre as pessoas “bem pensantes” de Peniche, sinónimo de drogado, miserável, pé-descalço e outros epítetos tão “carinhosos” como estes.
50 anos depois realiza-se aqui uma prova do circuito mundial de surf que eu estimo com custos superiores a um milhão de euros em tudo aquilo que envolve. Atrevo-me a dizer que comparável em projecção internacional do nosso País só o Europeu de Futebol.
Aguardo que as forças políticas da oposição ao executivo camarário tomem a iniciativa de o felicitarem pelo êxito atingido. Gostaria particularmente que esse voto de louvor fosse elaborado por determinado vereador da oposição. E que o fizesse com Alegria e humildade. E que de futuro quando coloca o seu saber ao serviço de outros concelhos, deixasse uma reserva para ser útil no que fosse necessário ao concelho que o viu nascer.
segunda-feira, outubro 26, 2009
CAIM, SARAMAGO E ABEL
Caim matou Abel. Nesta história bíblica que tem despertado dúvidas e estupefacções ao longo dos tempos Caim o assassino é relevante, Abel o morto-matado, passa ao lado. E agora neste cantinho de poetas de “rimas de pé quebrado” surge mal-disposto e cheio de azia com o que Saramago escreve e sobretudo com o que ele diz.
Tudo bem. Dou de barato que ele se excedeu. Que disse coisas de todo desnecessárias. Que o seu ateísmo confesso não precisa de constantes repetições e ignomínias dirigidas a um deus em que não acredita. Se deus não existe é irrelevante tentar ofende-lo ou apelidá-lo do que quer que seja. Escreva o seu Caim e ponto final parágrafo.
De resto a ser verdade que Deus existe, Saramago não o incomoda. Depois de tudo o que o Nobel disse e fez ao longo da sua vida, não vai acrescentar qualquer pena ao castigo Eterno que já o aguarda.
Estou convicto que O incomoda mais aquele Padre que é apanhado a traficar armas. Ou aquele outro que faz o sinal da Cruz naquela mulher que vai ser queimada na fogueira acusada de feitiçaria. Ou aquele Bispo que abençoa as tropas que vão para África combater pessoas cujo único crime é terem nascido noutra parte do planeta, com outra cor e outras crenças. É mais grave para Ele aquele homem que dizem ser Diácono e que serve aos fiéis a Hóstia Consagrada e é um usurário conhecido pelos seus favores com um preço pré-estabelecido.
O José Saramago pela sua idade (estará prestes a prestar contas dos seus alegados erros) e por ser alguém que nunca O tentou enganar ou trair (não se trai ou engana o que não existe), não será o maior dos problemas de Deus.
Dir-me-ão que é mais grave a falta de respeito do escritor para os que acreditam. Falso problema. Se bem me recordo o que determina a conduta das pessoas é Amar a Deus sobre todas as coisas e Amar o próximo como a nós mesmos. E se haverá coisa de que não podem acusar Saramago é de falta de Amor.
Curto Saramago, não simpatizo muito com Caim, Abel reúne as minhas simpatias por ser a vítima final.
Acho o livro espectacular. Trata-se de uma história de amor/ódio magistralmente contada e literariamente muito bem conseguida. Dirá mesmo que é mais fácil e entusiasmante ler este livro que o Antigo Testamento. E mais não digo.
Caim matou Abel. Nesta história bíblica que tem despertado dúvidas e estupefacções ao longo dos tempos Caim o assassino é relevante, Abel o morto-matado, passa ao lado. E agora neste cantinho de poetas de “rimas de pé quebrado” surge mal-disposto e cheio de azia com o que Saramago escreve e sobretudo com o que ele diz.
Tudo bem. Dou de barato que ele se excedeu. Que disse coisas de todo desnecessárias. Que o seu ateísmo confesso não precisa de constantes repetições e ignomínias dirigidas a um deus em que não acredita. Se deus não existe é irrelevante tentar ofende-lo ou apelidá-lo do que quer que seja. Escreva o seu Caim e ponto final parágrafo.
De resto a ser verdade que Deus existe, Saramago não o incomoda. Depois de tudo o que o Nobel disse e fez ao longo da sua vida, não vai acrescentar qualquer pena ao castigo Eterno que já o aguarda.
Estou convicto que O incomoda mais aquele Padre que é apanhado a traficar armas. Ou aquele outro que faz o sinal da Cruz naquela mulher que vai ser queimada na fogueira acusada de feitiçaria. Ou aquele Bispo que abençoa as tropas que vão para África combater pessoas cujo único crime é terem nascido noutra parte do planeta, com outra cor e outras crenças. É mais grave para Ele aquele homem que dizem ser Diácono e que serve aos fiéis a Hóstia Consagrada e é um usurário conhecido pelos seus favores com um preço pré-estabelecido.
O José Saramago pela sua idade (estará prestes a prestar contas dos seus alegados erros) e por ser alguém que nunca O tentou enganar ou trair (não se trai ou engana o que não existe), não será o maior dos problemas de Deus.
Dir-me-ão que é mais grave a falta de respeito do escritor para os que acreditam. Falso problema. Se bem me recordo o que determina a conduta das pessoas é Amar a Deus sobre todas as coisas e Amar o próximo como a nós mesmos. E se haverá coisa de que não podem acusar Saramago é de falta de Amor.
Curto Saramago, não simpatizo muito com Caim, Abel reúne as minhas simpatias por ser a vítima final.
Acho o livro espectacular. Trata-se de uma história de amor/ódio magistralmente contada e literariamente muito bem conseguida. Dirá mesmo que é mais fácil e entusiasmante ler este livro que o Antigo Testamento. E mais não digo.
sábado, outubro 24, 2009
MAU PERDER
O que se passou ontem na reunião de tomada de posse das Juntas de Freguesia de S. Pedro e Conceição, explica aos menos avisados as razões à derrota do PS e do PSD.
Determina a legislação que só o Presidente eleito possa apresentar as pessoas que formarão os elencos dos executivos.
O objectivo desta medida é o de impedir o que amiúde acontecia, de forças políticas que perdiam as eleições, juntarem os seus votos e as Juntas passarem a ter em maioria os partidos que perdiam, sendo a força política que ganhou reduzida a um membro (o presidente), impedindo assim que se manifestasse a vontade expressa nas urnas do povo.
Pois foi o que aconteceu aqui nestas Juntas. Os eleitos do PS e do PSD juntaram os seus votos recusando os propostos pela força política que ganhou, impedindo assim a constituição dos Executivos respectivos.
Obviamente que ao Presidente eleito só resta manter os nomes que considera serem coerentes com as suas propostas ganhadoras. As suas afinidades políticas e pessoais vão para aqueles que foram eleitos nas suas listas e não os que fazem parte de outras listas.
Se se mantiver esta atitude incompreensível de quem perdeu as eleições, só resta aguardar o tempo necessário para convocar novas eleições e deixar que o povo dessas Freguesias, compreendendo quem são as pessoas que se querem opor a que a sua vontade manifestada nas urnas se concretize, decida de uma vez por todas dar uma lição aos que perdem.
Sinto-me magoado. Pessoas que conheço e que tinha como pessoas de “bem” unem esforços não para resolver problemas, nem para apoiar a sua resolução, mas sim para criar dificuldades de que só a cidade de Peniche ficará a perder. Ou a atrasar o que podia ( e devia) já estar resolvido. Pessoas que se identificam publicamente com valores e princípios elevados, e que os apregoam, e que os pretendem fazer chegar a outros, comportam-se de forma maliciosa e manhosa, por razões pessoais pouco claras. O que as torna pessoas pouco aceitável.
Espero que uma lufada de bom senso faça tornar tudo mais razoável. Se isso não acontecer, devolvam ao povo a resolução do problema. Ninguém como as pessoas para utilizar o caixote de lixo.
O que se passou ontem na reunião de tomada de posse das Juntas de Freguesia de S. Pedro e Conceição, explica aos menos avisados as razões à derrota do PS e do PSD.


O objectivo desta medida é o de impedir o que amiúde acontecia, de forças políticas que perdiam as eleições, juntarem os seus votos e as Juntas passarem a ter em maioria os partidos que perdiam, sendo a força política que ganhou reduzida a um membro (o presidente), impedindo assim que se manifestasse a vontade expressa nas urnas do povo.
Pois foi o que aconteceu aqui nestas Juntas. Os eleitos do PS e do PSD juntaram os seus votos recusando os propostos pela força política que ganhou, impedindo assim a constituição dos Executivos respectivos.
Obviamente que ao Presidente eleito só resta manter os nomes que considera serem coerentes com as suas propostas ganhadoras. As suas afinidades políticas e pessoais vão para aqueles que foram eleitos nas suas listas e não os que fazem parte de outras listas.
Se se mantiver esta atitude incompreensível de quem perdeu as eleições, só resta aguardar o tempo necessário para convocar novas eleições e deixar que o povo dessas Freguesias, compreendendo quem são as pessoas que se querem opor a que a sua vontade manifestada nas urnas se concretize, decida de uma vez por todas dar uma lição aos que perdem.
Sinto-me magoado. Pessoas que conheço e que tinha como pessoas de “bem” unem esforços não para resolver problemas, nem para apoiar a sua resolução, mas sim para criar dificuldades de que só a cidade de Peniche ficará a perder. Ou a atrasar o que podia ( e devia) já estar resolvido. Pessoas que se identificam publicamente com valores e princípios elevados, e que os apregoam, e que os pretendem fazer chegar a outros, comportam-se de forma maliciosa e manhosa, por razões pessoais pouco claras. O que as torna pessoas pouco aceitável.
Espero que uma lufada de bom senso faça tornar tudo mais razoável. Se isso não acontecer, devolvam ao povo a resolução do problema. Ninguém como as pessoas para utilizar o caixote de lixo.
sexta-feira, outubro 23, 2009
UMA AVENTURA
A etapa que se vai iniciar na rota da minha amiga Isabel Alçada é das mais difíceis e dolorosas por que já passou. Vai ser a nova Ministra da Educação. Por aquilo que tenho ouvido a generalidade dos professores e dos agentes políticos, não está à espera que ela desempenhe a sua função com a mesma qualidade com que tem desempenhado a sua vida profissional até aqui. Estão à espera uns que ela lhes facilite a vida. Outros que ela condene e ponha de lado tudo aquilo em que acredita.
Faça ela o que fizer vai acabar condenada na fogueira pública. O Amor que sempre tem dado a jovens e adolescentes não lhe vai servir de nada. O que ela tem dado do fundo do seu coração à Pátria de todos nós que é a Língua Portuguesa, não lhe vai servir de escudo para a defender dos escroques da Política e das Escolas que pairam como abutres sobre todos os que têm valor e dão de si o melhor ao ensino.
Isabel Alçada já fez mais pela formação dos nossos jovens que uma grande parte dos professores que recebem ordenados para trabalhar no Ensino. Quanto àquilo que os políticos fizeram, estamos conversados. Mas nada disto a salvará de uma crucifixação se não suspender a avaliação dos professores.
Ainda hoje ouvi nas TVs o idiota do Presidente da Fenprof a dizer que a avaliação só deverá ser formativa. Como se ele não soubesse que isso não é avaliação nenhuma. É a obrigação de todos nós. A nossa actualização faz parte do nosso quotidiano. Para além disso os incompetentes devem ser afastados para não condenarem o futuro dos nossos filhos. Mas a vontade deste (a quem tenho dificuldade de designar como professor, pois nem ele se lembra há quantos anos que não trabalha numa escola com alunos), a vontade deste senhor dizia eu é a de chegar a Chefe Máximo da Intersindical, e para isso há que destruir ministros e ministérios.
À minha amiga Isabel Alçada desejo toda a coragem do mundo. Agora é que começa efectivamente a sua Aventura. Assim esta história acabe tão bem como todas as outras.

Faça ela o que fizer vai acabar condenada na fogueira pública. O Amor que sempre tem dado a jovens e adolescentes não lhe vai servir de nada. O que ela tem dado do fundo do seu coração à Pátria de todos nós que é a Língua Portuguesa, não lhe vai servir de escudo para a defender dos escroques da Política e das Escolas que pairam como abutres sobre todos os que têm valor e dão de si o melhor ao ensino.
Isabel Alçada já fez mais pela formação dos nossos jovens que uma grande parte dos professores que recebem ordenados para trabalhar no Ensino. Quanto àquilo que os políticos fizeram, estamos conversados. Mas nada disto a salvará de uma crucifixação se não suspender a avaliação dos professores.
Ainda hoje ouvi nas TVs o idiota do Presidente da Fenprof a dizer que a avaliação só deverá ser formativa. Como se ele não soubesse que isso não é avaliação nenhuma. É a obrigação de todos nós. A nossa actualização faz parte do nosso quotidiano. Para além disso os incompetentes devem ser afastados para não condenarem o futuro dos nossos filhos. Mas a vontade deste (a quem tenho dificuldade de designar como professor, pois nem ele se lembra há quantos anos que não trabalha numa escola com alunos), a vontade deste senhor dizia eu é a de chegar a Chefe Máximo da Intersindical, e para isso há que destruir ministros e ministérios.
À minha amiga Isabel Alçada desejo toda a coragem do mundo. Agora é que começa efectivamente a sua Aventura. Assim esta história acabe tão bem como todas as outras.
quarta-feira, outubro 21, 2009
CONTRIBUTOS
Depois do texto ontem publicado trago a lume um outro que um amigo me fez chegar:
Precisa-se de matéria prima para construir um País (Eduardo Prado Coelho - in Público)
Depois do texto ontem publicado trago a lume um outro que um amigo me fez chegar:
Precisa-se de matéria prima para construir um País (Eduardo Prado Coelho - in Público)

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada...Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,francamente, somos tolerantes com o fracasso.É a indústria da desculpa e da estupidez.Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.E você, o que pensa ?... MEDITE !
terça-feira, outubro 20, 2009
O QUE MERECE A PENA
És moço. O teu desejo inquieto sonha os destinos grandiosos. Chegaste à encruzilhada dos mil caminhos. E hesitas. É à tua incerteza que eu desejo falar. Com que direito? estou a ouvir que perguntas. Venho de percorrer muitos dos caminhos do mundo. Mas, através de hesitações e quedas, sempre a luz me bateu de frente sobre o rosto. Já me sacrifiquei pelos homens todos, pela beleza da vida. Posso falar. E falo-te tanto pelo pesar dos erros, como pela alegria das boas obras realizadas.
Sim, tu hesitas. Mas eu conheço o teu desejo. És um moço: queres ser um homem. Pois eu venho dizer-te que sejas um homem, mas um homem na plenitude, na grandeza, no esplendor heróico dessa palavra gloriosa. Sim, venho dizer-te que sejas um homem digno dos presentes que o Tempo depõe nas tuas mãos, pela realização de todos os teus deveres. Nasceste na mais bela e trágica hora da vida da humanidade. Rodeiam-te catástrofes, incêndios, ruínas, incertezas. Todavia, um vago coro de esperança se ergue do coração dos homens. De ti depende que essa esperança se volva em realidade e que outro canto mais ansioso e alevantado se reerga sobre a terra.
Eu sei que à tua beira se abrem os caminhos fáceis e sedutores. Se és ambicioso, podes ganhar glória, dinheiro ou poderio, com pequeno custo. Escritor, basta-te lisonjear o mau gosto do público e as suas piores inclinações. Político, enfileiras nos partidos e dobras-te às imposições das clientelas. Jornalista, serves as oligarquias do dinheiro e as paixões populares. Profissional, abres balcão e fazes da tua profissão apenas um negócio. És, enfim, um habilidoso animado pela cupidez: oprimes os fracos, abusas da ignorância, aproveitas as condescendências da moral comum, exploras a miséria, a estupidez ou os vícios humanos, e depressa chegarás aos faustos ilusórios que não alcançam os que trabalham com esforço rude e com desejo de justiça. Esses são, em verdade, os caminhos mais fáceis. À tua volta os teus falsos amigos, Quantas vezes os teus próprios pais e parentes impelem-te docemente e juncam de rosas a lisa estrada para que ela te apeteça mais. Pois eu digo-te: se te meteres por aí, degradas-te à condição repugnante de certos animais inferiores, que mudam a cor conforme o meio e parasitam para poder viver. Desonrarás em ti o que há de mais belo na humanidade, – a aspiração crescente de beleza e perfeição. O que distingue as sociedades superiores é exactamente o grau de cooperação e solidariedade entre os indivíduos. Quanto mais servires o egoísmo que dissocia e aumentares a hostilidade entre ti e o teu semelhante, mais enfraqueces e rebaixas a sociedade a que pertences.
Ao contrário, o homem superior, o mais forte, o mais belo é aquele que mais desinteressadamente serve a comunidade. E uma sociedade será tanto mais sólida e perfeita quanto maior o número dos espíritos que a servem com puro desinteresse.
Esses são os grandes valores humanos. E senão medita. Que valem para a glória da França e da Humanidade os seus guerreiros, os seus monarcas e potentados, se os compararmos com os nomes de Pasteur, Lavoisier ou Descartes? No cortejo do coroamento de Jaime I de Inglaterra, Shakespeare figurava entre os mais pobres, com o seu manto oferecido, de seis shillings. Hoje poucas pessoas conhecerão os nomes dum só dos faustosos dignitários que seguiam o rei, enquanto o génio de Shakespeare exalta cada vez mais o coração dos homens em todo o mundo. Os papas sucedem-se há séculos na tiara romana e nenhum deles teve sobre a humanidade a influência de S. Francisco de Assis, com o facto, na aparência tão simples, de falar ao sol, aos pobres, às aves e às feras, como a seres irmãos.
É que a evolução da humanidade faz-se no sentido de uma crescente aproximação moral e espiritual. A obra daqueles generosos criadores possui um poder de influência e irradiação incalculável. E a história esquecerá pouco a pouco o nome dos conquistadores e ambiciosos para se tornar a glorificação dos construtores e dos apóstolos.
Mas nem todos, dirás tu, podem aspirar a essas culminâncias da ciência, da filosofia, da arte ou da bondade. É certo. Também a eles não os guiou a esperança de glórias no futuro, mas apenas o desejo de harmonia perfeita entre o acto e a consciência. Para realizar essa harmonia não precisas de ser tão grande como eles. Basta-te que elejas a missão, conforme à tua força e virtudes próprias, para servir a comunidade e depois, por mais humilde que ela seja, a realizes em pleno esforço, sinceridade e aceitação.
Eis o que constitui em toda a parte um imperativo de pura humanidade. Mas considera agora quanto maiores são os teus deveres na terra onde nasceste. Tudo aqui solicita os teus braços, o teu cérebro ou o teu coração. Em lugar algum do mundo encontrarias deveres mais imperiosos, instantes e sagrados do que em Portugal. A terra está inculta e as suas fontes de energia correm ou jazem na mesma esterilidade dos tempos pré-históricos. O povo mourejador das fábricas e dos campos, por mais que se ouse proclamar o contrário, continua ignorante, mal alimentado, mal assistido, vivendo quase todo em escravidão e barbárie, se o compararmos aos trabalhadores da Inglaterra, da França ou da Alemanha. Faltam-nos em todas as actividades, mais que nenhuns outros, os capitais morais, isto é, o espírito de empreendimento e o desejo de progresso. Continuamos, salvo raras excepções, a vegetar em rotina e em ciência livresca. Os indivíduos, os grupos e as classes, divididos por baixas ambições, raro se erguem à compreensão activa das necessidades e interesses colectivos. E, de ódio em ódio, de miséria em miséria, aquele mesmo espírito de inquisição, que outrora, em nome da fé religiosa, exigia a limpeza da raça, acordou e ergue-se a cada passo de todos os lados, exigindo e procurando realizar a limpeza, em nome da fé política.
Eis o quadro sumário dos vícios e necessidades mais graves, que te solicitam com urgência. A tua responsabilidade cresce na proporção da inteligência, cultura ou poderio que tiveres. E, se verdadeiramente queres ser um homem, não abandones este posto, que as circunstâncias tornaram de tanta dor e perigo. Pois dos que fogem nas horas mais difíceis será licito pensar que prezam mais que o bem comum os seus interesses próprios. Aqui, na terra onde nasceste, exactamente porque são maiores os teus deveres, mais podes afirmar a tua viril humanidade. Quando um povo está ameaçado, como o teu, das piores catástrofes morais, os que partem, os que se isolam, até os que não vêm são como os desertores em horas de batalha.
Esta, a estrada que te aponto, eu o sei, é a mais áspera e difícil. Encontrarás pela frente, a tomar-te o caminho, os balofos, os palradores, os agitados, os pessimistas, os estéreis de toda a espécie, para quem o trabalho alheio é a pior das impertinências, e ainda uma parte da opinião pública que aplaude apenas aqueles que por sua vez a lisonjeiam. Saberás também que os teus piores inimigos serão sempre aqueles que falharem na carreira em que tu triunfes. E conta que eles, os fracos e os anódinos, nalguma coisa conseguem mostrar talento e esforço: em destilar sobre ti o fel do seu despeito.
Sim, tomar o bom caminho e seguir por ele é duro, mas só assim merecerás a glória de ser homem. Que eu te digo à maneira de Séneca, o grande estóico hispânico: sejam quais forem as circunstâncias da tua vida, aceita-as, tanto melhor quanto mais terríveis elas forem, e conduz-te de maneira que sempre possa dizer de ti que és um homem. É à tua vontade, e à tua coragem, ao teu poder de sacrifício, ao teu novo desejo e ansiedade que eu me dirijo. Não venho impor-te um credo. Não. Crê em ti. Constrói a sós contigo a obra do teu destino. És uma fonte de vida. E deves ser a única fonte da tua vida. Distende a tua vontade como um arco. Vai disparando ao alvo como a violência dum dardo, vibrando todo ao caminhar. E principalmente excede-me. Realiza sempre a excelência do que foi. Não ponho limitações ao teu desejo e à tua força. Colhe de todos os sadios frutos da Terra para tornares a vida doce. Mas, mais e melhor vai pela vida fora, erguendo ao alto nas mãos válidas o facho da tua beleza íntima, embora os fracos fiquem de olhos encadeados e a ti te abrases na pura labareda.
Este texto viu a luz do dia a 20/11//1921, no nº3 da “Seara Nova” e foi escrito por Jaime Cortezão (Médico, Escritor, Político, combatente contra a Ditadura do Estado Novo).
E não me apetece acrescentar mais nada.
És moço. O teu desejo inquieto sonha os destinos grandiosos. Chegaste à encruzilhada dos mil caminhos. E hesitas. É à tua incerteza que eu desejo falar. Com que direito? estou a ouvir que perguntas. Venho de percorrer muitos dos caminhos do mundo. Mas, através de hesitações e quedas, sempre a luz me bateu de frente sobre o rosto. Já me sacrifiquei pelos homens todos, pela beleza da vida. Posso falar. E falo-te tanto pelo pesar dos erros, como pela alegria das boas obras realizadas.
Sim, tu hesitas. Mas eu conheço o teu desejo. És um moço: queres ser um homem. Pois eu venho dizer-te que sejas um homem, mas um homem na plenitude, na grandeza, no esplendor heróico dessa palavra gloriosa. Sim, venho dizer-te que sejas um homem digno dos presentes que o Tempo depõe nas tuas mãos, pela realização de todos os teus deveres. Nasceste na mais bela e trágica hora da vida da humanidade. Rodeiam-te catástrofes, incêndios, ruínas, incertezas. Todavia, um vago coro de esperança se ergue do coração dos homens. De ti depende que essa esperança se volva em realidade e que outro canto mais ansioso e alevantado se reerga sobre a terra.
Eu sei que à tua beira se abrem os caminhos fáceis e sedutores. Se és ambicioso, podes ganhar glória, dinheiro ou poderio, com pequeno custo. Escritor, basta-te lisonjear o mau gosto do público e as suas piores inclinações. Político, enfileiras nos partidos e dobras-te às imposições das clientelas. Jornalista, serves as oligarquias do dinheiro e as paixões populares. Profissional, abres balcão e fazes da tua profissão apenas um negócio. És, enfim, um habilidoso animado pela cupidez: oprimes os fracos, abusas da ignorância, aproveitas as condescendências da moral comum, exploras a miséria, a estupidez ou os vícios humanos, e depressa chegarás aos faustos ilusórios que não alcançam os que trabalham com esforço rude e com desejo de justiça. Esses são, em verdade, os caminhos mais fáceis. À tua volta os teus falsos amigos, Quantas vezes os teus próprios pais e parentes impelem-te docemente e juncam de rosas a lisa estrada para que ela te apeteça mais. Pois eu digo-te: se te meteres por aí, degradas-te à condição repugnante de certos animais inferiores, que mudam a cor conforme o meio e parasitam para poder viver. Desonrarás em ti o que há de mais belo na humanidade, – a aspiração crescente de beleza e perfeição. O que distingue as sociedades superiores é exactamente o grau de cooperação e solidariedade entre os indivíduos. Quanto mais servires o egoísmo que dissocia e aumentares a hostilidade entre ti e o teu semelhante, mais enfraqueces e rebaixas a sociedade a que pertences.
Ao contrário, o homem superior, o mais forte, o mais belo é aquele que mais desinteressadamente serve a comunidade. E uma sociedade será tanto mais sólida e perfeita quanto maior o número dos espíritos que a servem com puro desinteresse.
Esses são os grandes valores humanos. E senão medita. Que valem para a glória da França e da Humanidade os seus guerreiros, os seus monarcas e potentados, se os compararmos com os nomes de Pasteur, Lavoisier ou Descartes? No cortejo do coroamento de Jaime I de Inglaterra, Shakespeare figurava entre os mais pobres, com o seu manto oferecido, de seis shillings. Hoje poucas pessoas conhecerão os nomes dum só dos faustosos dignitários que seguiam o rei, enquanto o génio de Shakespeare exalta cada vez mais o coração dos homens em todo o mundo. Os papas sucedem-se há séculos na tiara romana e nenhum deles teve sobre a humanidade a influência de S. Francisco de Assis, com o facto, na aparência tão simples, de falar ao sol, aos pobres, às aves e às feras, como a seres irmãos.
É que a evolução da humanidade faz-se no sentido de uma crescente aproximação moral e espiritual. A obra daqueles generosos criadores possui um poder de influência e irradiação incalculável. E a história esquecerá pouco a pouco o nome dos conquistadores e ambiciosos para se tornar a glorificação dos construtores e dos apóstolos.
Mas nem todos, dirás tu, podem aspirar a essas culminâncias da ciência, da filosofia, da arte ou da bondade. É certo. Também a eles não os guiou a esperança de glórias no futuro, mas apenas o desejo de harmonia perfeita entre o acto e a consciência. Para realizar essa harmonia não precisas de ser tão grande como eles. Basta-te que elejas a missão, conforme à tua força e virtudes próprias, para servir a comunidade e depois, por mais humilde que ela seja, a realizes em pleno esforço, sinceridade e aceitação.
Eis o que constitui em toda a parte um imperativo de pura humanidade. Mas considera agora quanto maiores são os teus deveres na terra onde nasceste. Tudo aqui solicita os teus braços, o teu cérebro ou o teu coração. Em lugar algum do mundo encontrarias deveres mais imperiosos, instantes e sagrados do que em Portugal. A terra está inculta e as suas fontes de energia correm ou jazem na mesma esterilidade dos tempos pré-históricos. O povo mourejador das fábricas e dos campos, por mais que se ouse proclamar o contrário, continua ignorante, mal alimentado, mal assistido, vivendo quase todo em escravidão e barbárie, se o compararmos aos trabalhadores da Inglaterra, da França ou da Alemanha. Faltam-nos em todas as actividades, mais que nenhuns outros, os capitais morais, isto é, o espírito de empreendimento e o desejo de progresso. Continuamos, salvo raras excepções, a vegetar em rotina e em ciência livresca. Os indivíduos, os grupos e as classes, divididos por baixas ambições, raro se erguem à compreensão activa das necessidades e interesses colectivos. E, de ódio em ódio, de miséria em miséria, aquele mesmo espírito de inquisição, que outrora, em nome da fé religiosa, exigia a limpeza da raça, acordou e ergue-se a cada passo de todos os lados, exigindo e procurando realizar a limpeza, em nome da fé política.
Eis o quadro sumário dos vícios e necessidades mais graves, que te solicitam com urgência. A tua responsabilidade cresce na proporção da inteligência, cultura ou poderio que tiveres. E, se verdadeiramente queres ser um homem, não abandones este posto, que as circunstâncias tornaram de tanta dor e perigo. Pois dos que fogem nas horas mais difíceis será licito pensar que prezam mais que o bem comum os seus interesses próprios. Aqui, na terra onde nasceste, exactamente porque são maiores os teus deveres, mais podes afirmar a tua viril humanidade. Quando um povo está ameaçado, como o teu, das piores catástrofes morais, os que partem, os que se isolam, até os que não vêm são como os desertores em horas de batalha.
Esta, a estrada que te aponto, eu o sei, é a mais áspera e difícil. Encontrarás pela frente, a tomar-te o caminho, os balofos, os palradores, os agitados, os pessimistas, os estéreis de toda a espécie, para quem o trabalho alheio é a pior das impertinências, e ainda uma parte da opinião pública que aplaude apenas aqueles que por sua vez a lisonjeiam. Saberás também que os teus piores inimigos serão sempre aqueles que falharem na carreira em que tu triunfes. E conta que eles, os fracos e os anódinos, nalguma coisa conseguem mostrar talento e esforço: em destilar sobre ti o fel do seu despeito.
Sim, tomar o bom caminho e seguir por ele é duro, mas só assim merecerás a glória de ser homem. Que eu te digo à maneira de Séneca, o grande estóico hispânico: sejam quais forem as circunstâncias da tua vida, aceita-as, tanto melhor quanto mais terríveis elas forem, e conduz-te de maneira que sempre possa dizer de ti que és um homem. É à tua vontade, e à tua coragem, ao teu poder de sacrifício, ao teu novo desejo e ansiedade que eu me dirijo. Não venho impor-te um credo. Não. Crê em ti. Constrói a sós contigo a obra do teu destino. És uma fonte de vida. E deves ser a única fonte da tua vida. Distende a tua vontade como um arco. Vai disparando ao alvo como a violência dum dardo, vibrando todo ao caminhar. E principalmente excede-me. Realiza sempre a excelência do que foi. Não ponho limitações ao teu desejo e à tua força. Colhe de todos os sadios frutos da Terra para tornares a vida doce. Mas, mais e melhor vai pela vida fora, erguendo ao alto nas mãos válidas o facho da tua beleza íntima, embora os fracos fiquem de olhos encadeados e a ti te abrases na pura labareda.
Este texto viu a luz do dia a 20/11//1921, no nº3 da “Seara Nova” e foi escrito por Jaime Cortezão (Médico, Escritor, Político, combatente contra a Ditadura do Estado Novo).
E não me apetece acrescentar mais nada.
segunda-feira, outubro 19, 2009
VERDADE, HONESTIDADE, SERIEDADE, COMPETÊNCIA
Estes os chavões com que o PPD/PSD se apresentou aos eleitores nas últimas eleições legislativas. Chavões que Pacheco Pereira idealizou como representativos do seu Partido, em oposição ao do PS de Sócrates.
Sábio o Povo Português, mandou-o a ele e à Senhora pentear macacos. E mais aos seus acólitos.
Passado menos de um mês, comprovou-se a visão dos eleitores. Quando o senhor João de Deus Pinheiro no dia em que deveria ocupar o seu lugar na Assembleia da República, renunciou ao seu mandato passada meia hora de tomar posse para ir jogar umas partidas de golfe na Quinta da Marinha.
Verdadeiro foi ele que mandou pastar quantos nele votaram.
Honesto também o foi, pois é mais importante jogar umas boas partidas que chatices na casa da república.
Sério também foi. Escolheu o que lhe dá mais prazer.
Competente também. Não precisou de muito tempo para resolver o assunto.
Isto é o PPD/PSD no seu melhor. A coçarem-se para dentro. Depois admiram-se por perderem eleições. E os miseráveis somos nós. Tenham dó.
Estes os chavões com que o PPD/PSD se apresentou aos eleitores nas últimas eleições legislativas. Chavões que Pacheco Pereira idealizou como representativos do seu Partido, em oposição ao do PS de Sócrates.
Sábio o Povo Português, mandou-o a ele e à Senhora pentear macacos. E mais aos seus acólitos.
Passado menos de um mês, comprovou-se a visão dos eleitores. Quando o senhor João de Deus Pinheiro no dia em que deveria ocupar o seu lugar na Assembleia da República, renunciou ao seu mandato passada meia hora de tomar posse para ir jogar umas partidas de golfe na Quinta da Marinha.
Verdadeiro foi ele que mandou pastar quantos nele votaram.
Honesto também o foi, pois é mais importante jogar umas boas partidas que chatices na casa da república.
Sério também foi. Escolheu o que lhe dá mais prazer.
Competente também. Não precisou de muito tempo para resolver o assunto.
Isto é o PPD/PSD no seu melhor. A coçarem-se para dentro. Depois admiram-se por perderem eleições. E os miseráveis somos nós. Tenham dó.
domingo, outubro 18, 2009
sábado, outubro 17, 2009
sexta-feira, outubro 16, 2009
FELICIDADES PARA TODOS NÓS
É o que desejo sinceramente no início deste novo ciclo Parlamentar. Pensando no que foi a campanha eleitoral e no que foi dito na noite em que se conheceram os resultados, não haverá muito a esperar. Mas como nós portugueses somos pródigos en nos surpreendermos e em surpreendermos os outros... vamos esperar que o que vai acontecer seja melhor do que os ingredientes que meteram na caldeirada.
Que Deus nos ajude!
É o que desejo sinceramente no início deste novo ciclo Parlamentar. Pensando no que foi a campanha eleitoral e no que foi dito na noite em que se conheceram os resultados, não haverá muito a esperar. Mas como nós portugueses somos pródigos en nos surpreendermos e em surpreendermos os outros... vamos esperar que o que vai acontecer seja melhor do que os ingredientes que meteram na caldeirada.
Que Deus nos ajude!
quinta-feira, outubro 15, 2009
CARTA ABERTA A UM AMIGO
Meu caro amigo:
Recordo os tempos em que passávamos horas esquecidas na Nau, a trabalhar no teu Plano Global de Formação e no teu PIT. Na altura discutíamos rumos e caminhos e traçávamos objectivos claros para lá chegar. Eu na altura com mais experiência que tu, e a orientar estágios em Torres Vedras, dizia-te muitas vezes: “- Não importa de onde partes, interessa é conheceres bem o caminho que tens de percorrer para atingires os teus objectivos”.
Até que um dia disseste-me que as tuas tarefas como professor estagiário estavam concluídas. Decidiste mudar de profissão. Desejei-te felicidades e a partir daí só muito ocasionalmente os nossos caminhos se cruzaram.
Também enquanto Penicheiros os nossos rumos só tinham em comum os passeios em que um e outro deambulávamos. Sabia que do ponto de vista sócio-político estávamos próximos, mas também isso não era motivo de aproximação entre nós.
No entanto continuámos amigos. Apesar das nossas vidas profissionais nos terem afastado.
A certa altura vejo aparecer o teu nome ligado a uma organização política que te propunha candidatares-te a um órgão autárquico da nossa terra. E aí comecei a pensar se terias sido alertado devidamente para o que se aproximava. Daqui, disse a certa altura que considerava não ser esta uma altura boa para uma candidatura com pretensões ser apresentada. No final do 1º mandato tudo aponta para que o presidente cessante se suceda a si próprio.
Por outro lado estavas a ser proposto numa fase já muito próxima do acto eleitoral. Não havia tempo para fazer passar a tua imagem junto da opinião pública. E o tempo que passaste fora por razões profissionais, ainda te tinha mais afastado dos cidadãos eleitores. Na altura considerei que quem fosse apresentado em oposição ao actual executivo, representava só um interregno para permitir que os partidos se apresentassem para candidatar o que têm de melhor daqui a 4 anos.
Neste momento seriam apresentadas candidaturas de recurso. Tu sabes que não estou a dizer isto para diminuir as tuas capacidades e valor. Quem está metido na política deve perceber a lógica dos partidos, pois se isso não acontecer corre o risco de servir de carne para canhão. E acredita que nesta matéria já fiz o mestrado.
Percebo que tenhas aceitado o desafio. Tens sentido competitivo e és um lutador. Mas podes crer que foste enganado. E eu sinto com pesar que tu que deste o que tens de melhor, embora tivesses lutado com armas desiguais. Não te disseram tudo. E o que faltou dizer-te foi o que te poderia ter feito vacilar.
Se te digo que sinto pesar é porque lamento profundamente que o teu nome tenha ficado ligado a este desaire. Quando tu és quem menos merece ter passado por isto. O, ou os responsáveis já sacudiram a água do capote. Esta carta tem pois o objectivo de colocar as coisas no lugar e tentar que na medida do possível não te sintas penalizado. Tu tens valor mas não tinhas os dados todos para avaliar a situação. E sem eles não podias ganhar. Repito meu amigo, tu não perdeste. Só não ganhaste.
Os que de facto perderam sabem isso.
Meu caro amigo:
Recordo os tempos em que passávamos horas esquecidas na Nau, a trabalhar no teu Plano Global de Formação e no teu PIT. Na altura discutíamos rumos e caminhos e traçávamos objectivos claros para lá chegar. Eu na altura com mais experiência que tu, e a orientar estágios em Torres Vedras, dizia-te muitas vezes: “- Não importa de onde partes, interessa é conheceres bem o caminho que tens de percorrer para atingires os teus objectivos”.
Até que um dia disseste-me que as tuas tarefas como professor estagiário estavam concluídas. Decidiste mudar de profissão. Desejei-te felicidades e a partir daí só muito ocasionalmente os nossos caminhos se cruzaram.
Também enquanto Penicheiros os nossos rumos só tinham em comum os passeios em que um e outro deambulávamos. Sabia que do ponto de vista sócio-político estávamos próximos, mas também isso não era motivo de aproximação entre nós.
No entanto continuámos amigos. Apesar das nossas vidas profissionais nos terem afastado.
A certa altura vejo aparecer o teu nome ligado a uma organização política que te propunha candidatares-te a um órgão autárquico da nossa terra. E aí comecei a pensar se terias sido alertado devidamente para o que se aproximava. Daqui, disse a certa altura que considerava não ser esta uma altura boa para uma candidatura com pretensões ser apresentada. No final do 1º mandato tudo aponta para que o presidente cessante se suceda a si próprio.
Por outro lado estavas a ser proposto numa fase já muito próxima do acto eleitoral. Não havia tempo para fazer passar a tua imagem junto da opinião pública. E o tempo que passaste fora por razões profissionais, ainda te tinha mais afastado dos cidadãos eleitores. Na altura considerei que quem fosse apresentado em oposição ao actual executivo, representava só um interregno para permitir que os partidos se apresentassem para candidatar o que têm de melhor daqui a 4 anos.
Neste momento seriam apresentadas candidaturas de recurso. Tu sabes que não estou a dizer isto para diminuir as tuas capacidades e valor. Quem está metido na política deve perceber a lógica dos partidos, pois se isso não acontecer corre o risco de servir de carne para canhão. E acredita que nesta matéria já fiz o mestrado.
Percebo que tenhas aceitado o desafio. Tens sentido competitivo e és um lutador. Mas podes crer que foste enganado. E eu sinto com pesar que tu que deste o que tens de melhor, embora tivesses lutado com armas desiguais. Não te disseram tudo. E o que faltou dizer-te foi o que te poderia ter feito vacilar.
Se te digo que sinto pesar é porque lamento profundamente que o teu nome tenha ficado ligado a este desaire. Quando tu és quem menos merece ter passado por isto. O, ou os responsáveis já sacudiram a água do capote. Esta carta tem pois o objectivo de colocar as coisas no lugar e tentar que na medida do possível não te sintas penalizado. Tu tens valor mas não tinhas os dados todos para avaliar a situação. E sem eles não podias ganhar. Repito meu amigo, tu não perdeste. Só não ganhaste.
Os que de facto perderam sabem isso.
quarta-feira, outubro 14, 2009
RANKING DAS ESCOLAS
Independentemente do valor que cada um possa atribuir a este tipo de classificação, gostamos sempre de saber onde nos posicionamos na altura de avaliarmos o que fazemos e o que outros fazem.
É verdade que a valoração de uma Escola tem a ver com muitos outros factores. E que normalmente não é de forma imediata que podemos saber de o trabalho que está a ser desenvolvido está a ter os efeitos desejados ou não. O que foi feito em relação a uma geração normalmente só é avaliável na geração seguinte.
Mas podemos saber como se criam condições para fomentar o aparecimento de pessoas civicamente integradas na sociedade e capazes de terem as respostas necessárias para os desafios que a sociedade de hoje comporta
Interrogado sobre as condições que pais e encarregados de educação devem procurar numa escola para os seus filhos, Roberto Carneiro, um dos grandes técnicos deste país nesta matéria, respondeu assim ao jornal i:
1. O projecto educativo da escola;
2. A liderança do estabelecimento de ensino;
3. O ambiente escolar (clima humano, qualidade da comunidade escolar, acolhimento, actividades extracurriculares, etc)
4. As condições de segurança (internas e externas, na periferia da escola)
5. A qualidade – competência e disponibilidade de tempo para os alunos – do corpo docente;
6. A localização da escola;
Posto isto e para não hipervalorizar os resultados que a seguir se indicam, vejamos o posicionamento das escolas de Peniche no Ranking Nacional:
ESCOLAS BÁSICAS (1304 avaliadas)
428 – EB do 2º e 3º Ciclos de Atouguia da Baleia
782 – EB do 2º e 3º Ciclos de D. Luís de Ataíde
829 – Escola Básica Integrada de Peniche
ENSINO SECUNDÁRIO (606 escolas avaliadas)
262 – Escola Secundária de Peniche
Independentemente do valor que cada um possa atribuir a este tipo de classificação, gostamos sempre de saber onde nos posicionamos na altura de avaliarmos o que fazemos e o que outros fazem.
É verdade que a valoração de uma Escola tem a ver com muitos outros factores. E que normalmente não é de forma imediata que podemos saber de o trabalho que está a ser desenvolvido está a ter os efeitos desejados ou não. O que foi feito em relação a uma geração normalmente só é avaliável na geração seguinte.
Mas podemos saber como se criam condições para fomentar o aparecimento de pessoas civicamente integradas na sociedade e capazes de terem as respostas necessárias para os desafios que a sociedade de hoje comporta
Interrogado sobre as condições que pais e encarregados de educação devem procurar numa escola para os seus filhos, Roberto Carneiro, um dos grandes técnicos deste país nesta matéria, respondeu assim ao jornal i:
1. O projecto educativo da escola;
2. A liderança do estabelecimento de ensino;
3. O ambiente escolar (clima humano, qualidade da comunidade escolar, acolhimento, actividades extracurriculares, etc)
4. As condições de segurança (internas e externas, na periferia da escola)
5. A qualidade – competência e disponibilidade de tempo para os alunos – do corpo docente;
6. A localização da escola;
Posto isto e para não hipervalorizar os resultados que a seguir se indicam, vejamos o posicionamento das escolas de Peniche no Ranking Nacional:
ESCOLAS BÁSICAS (1304 avaliadas)
428 – EB do 2º e 3º Ciclos de Atouguia da Baleia
782 – EB do 2º e 3º Ciclos de D. Luís de Ataíde
829 – Escola Básica Integrada de Peniche
ENSINO SECUNDÁRIO (606 escolas avaliadas)
262 – Escola Secundária de Peniche
terça-feira, outubro 13, 2009
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS EM PENICHE-2009
OS AVISOS NÃO OUVIDOS
Quem se der ao trabalho de ler os resultados das eleições autárquicas nos últimos 12 anos, retirará ilações muito claras das razões políticas do voto dos eleitores do Concelho de Peniche. Não é preciso ser uma mente brilhante. Deixo-vos esses resultados e as minhas reflexões.
--------------------1997---- 2001---- 2005---- 2009
PS---------------- 4975----4498----- 3548---- 2665
PCP/CDU ---------2566--- 3349----- 4727---- 5887
PPD/PSD----------3892--- 2865----- 3362----3771
Abstenção--------46,90%-- 49,15%-- 45,82%-- 46,56%
Comecemos pelo óbvio. A abstenção está consolidada no intervalo dos 45,00% e dos 50,00%, sendo superior na cidade relativamente à zona rural em aproximadamente 7 pontos.
Outra análise igualmente óbvia é a de que os eleitores do Concelho estão situados entre a esquerda e o centro esquerda representando mais de 2/3 dos votantes.
O PS faz transitar os seus eleitores para o PCP. Perde eleitores desde que assume a presidência em 1997 que vão sendo conquistados pela CDU. Quase na mesma proporção. Sendo o número dos actuais eleitores do PS praticamente igual aos que votavam no PCP em 1997. Curiosamente os algarismos até são os mesmos (2566/2665).
O PSD entre avanços e recuos já recuperou praticamente o mesmo número de eleitores que tinha em 1997.
Do que se pode verificar em números, sendo por isso indesmentível, podemos extrapolar para a análise política. Poderão dizer que não tenho razão nos argumentos que passo a esgrimir. Mas a certeza que tenho é a de que quer no PS, quer no PSD não há quem esteja preocupado em pensar porque razão as coisas acontecem assim e não de outra forma. Se calhar quem pode ajudar a pensar está mais preocupado em projectos pessoais e menos em projectos que envolvam todos. E quem os rodeia estará mais preocupado em servir-se e menos no interesse comum.
O PCP vai ganhando eleitores à medida que se abre à sociedade civil mas sempre com um carisma de esquerda e de atenção pelos interesses mais imediatos das populações. Os votantes reconhecem-se no sentido lúdico das propostas, na consolidação do nome de Peniche como imagem de “marca” nos média. O executivo abre-se às populações e é formado por gente comum que reconhecemos no dia a dia. Este o truque que esteve sempre à vista, para quem quis ver.
O PS afastou-se das pessoas. Começou a preocupar-se com projectos que nasciam no interior de gabinetes e sem que os seus principais beneficiários fossem ouvidos. Fechou-se em si mesmo. Esqueceu-se de quem os elegeu e foi criando um vazio à sua volta. Só os que aplaudiam importavam. As críticas passaram a ser encaradas como ataques pessoais pelo que se foram afastando todos os que pensassem de maneira diferente. Até que chegou ao ponto máximo da degradação como partido, reduzindo a sua participação no executivo camarário a um único vereador. Os responsáveis por isto já estão longe. Construíram o seu mundo próprio no qual se sentem seguros. E o PS, que é um Partido fundamental para o desenvolvimento de Peniche está cheio de bolor e a desaparecer.
O PSD tem um problema particularmente difícil de resolver. Também tem a ver com pessoas, mas tem ainda mais a ver com o seu posicionamento ideológico na sociedade. Como partido social-democrata que é, deveria orientar a sua posição para uma aproximação ao eleitorado sem novo-riquismo nem pretensiosismos. Deveria pensar seriamente nas razões que levaram a uma votação abrangente no seu candidato Luís de Almeida e na manutenção do seu presidente João Augusto durante 3 mandatos. Não foi assentando arraiais nos destroços dos outros. Foi no cordão de humanismo e de solidariedade institucional que soube tecer junto do eleitorado. Se o eleitorado é do centro-esquerda há que dar-lhe esse “arzinho” para os conquistar. Há que renovar criativamente e não na base de quem se mostra mais xenófobo ou “caceteiro”. Esse é o discurso que não passa em Peniche. Gastem o dinheiro que gastarem. Para além de que é na cidade que as eleições são ganhas, desde que se lhe juntem uns “pozinhos” de uma outra qualquer freguesia rural.
E para o PSD e para o PS fica uma última recomendação. Não se esqueçam de que não é por andarem 4 anos agora a fazer barulho e a espingardar na praça pública que ganharão as próximas eleições. Importante é os eleitores conhecerem os candidatos que propõem e reconhecerem-nos como pessoas com quem podem contar. Seja lá isso o que for.
OS AVISOS NÃO OUVIDOS
Quem se der ao trabalho de ler os resultados das eleições autárquicas nos últimos 12 anos, retirará ilações muito claras das razões políticas do voto dos eleitores do Concelho de Peniche. Não é preciso ser uma mente brilhante. Deixo-vos esses resultados e as minhas reflexões.
--------------------1997---- 2001---- 2005---- 2009
PS---------------- 4975----4498----- 3548---- 2665
PCP/CDU ---------2566--- 3349----- 4727---- 5887
PPD/PSD----------3892--- 2865----- 3362----3771
Abstenção--------46,90%-- 49,15%-- 45,82%-- 46,56%
Comecemos pelo óbvio. A abstenção está consolidada no intervalo dos 45,00% e dos 50,00%, sendo superior na cidade relativamente à zona rural em aproximadamente 7 pontos.
Outra análise igualmente óbvia é a de que os eleitores do Concelho estão situados entre a esquerda e o centro esquerda representando mais de 2/3 dos votantes.
O PS faz transitar os seus eleitores para o PCP. Perde eleitores desde que assume a presidência em 1997 que vão sendo conquistados pela CDU. Quase na mesma proporção. Sendo o número dos actuais eleitores do PS praticamente igual aos que votavam no PCP em 1997. Curiosamente os algarismos até são os mesmos (2566/2665).
O PSD entre avanços e recuos já recuperou praticamente o mesmo número de eleitores que tinha em 1997.
Do que se pode verificar em números, sendo por isso indesmentível, podemos extrapolar para a análise política. Poderão dizer que não tenho razão nos argumentos que passo a esgrimir. Mas a certeza que tenho é a de que quer no PS, quer no PSD não há quem esteja preocupado em pensar porque razão as coisas acontecem assim e não de outra forma. Se calhar quem pode ajudar a pensar está mais preocupado em projectos pessoais e menos em projectos que envolvam todos. E quem os rodeia estará mais preocupado em servir-se e menos no interesse comum.
O PCP vai ganhando eleitores à medida que se abre à sociedade civil mas sempre com um carisma de esquerda e de atenção pelos interesses mais imediatos das populações. Os votantes reconhecem-se no sentido lúdico das propostas, na consolidação do nome de Peniche como imagem de “marca” nos média. O executivo abre-se às populações e é formado por gente comum que reconhecemos no dia a dia. Este o truque que esteve sempre à vista, para quem quis ver.
O PS afastou-se das pessoas. Começou a preocupar-se com projectos que nasciam no interior de gabinetes e sem que os seus principais beneficiários fossem ouvidos. Fechou-se em si mesmo. Esqueceu-se de quem os elegeu e foi criando um vazio à sua volta. Só os que aplaudiam importavam. As críticas passaram a ser encaradas como ataques pessoais pelo que se foram afastando todos os que pensassem de maneira diferente. Até que chegou ao ponto máximo da degradação como partido, reduzindo a sua participação no executivo camarário a um único vereador. Os responsáveis por isto já estão longe. Construíram o seu mundo próprio no qual se sentem seguros. E o PS, que é um Partido fundamental para o desenvolvimento de Peniche está cheio de bolor e a desaparecer.
O PSD tem um problema particularmente difícil de resolver. Também tem a ver com pessoas, mas tem ainda mais a ver com o seu posicionamento ideológico na sociedade. Como partido social-democrata que é, deveria orientar a sua posição para uma aproximação ao eleitorado sem novo-riquismo nem pretensiosismos. Deveria pensar seriamente nas razões que levaram a uma votação abrangente no seu candidato Luís de Almeida e na manutenção do seu presidente João Augusto durante 3 mandatos. Não foi assentando arraiais nos destroços dos outros. Foi no cordão de humanismo e de solidariedade institucional que soube tecer junto do eleitorado. Se o eleitorado é do centro-esquerda há que dar-lhe esse “arzinho” para os conquistar. Há que renovar criativamente e não na base de quem se mostra mais xenófobo ou “caceteiro”. Esse é o discurso que não passa em Peniche. Gastem o dinheiro que gastarem. Para além de que é na cidade que as eleições são ganhas, desde que se lhe juntem uns “pozinhos” de uma outra qualquer freguesia rural.
E para o PSD e para o PS fica uma última recomendação. Não se esqueçam de que não é por andarem 4 anos agora a fazer barulho e a espingardar na praça pública que ganharão as próximas eleições. Importante é os eleitores conhecerem os candidatos que propõem e reconhecerem-nos como pessoas com quem podem contar. Seja lá isso o que for.
segunda-feira, outubro 12, 2009
ELEITOS LOCAIS – 2009
Câmara Municipal de Peniche (7)
PCP/CDU (4) – António José Correia
- Jorge Amador
- Clara Abrantes
- Jorge Abrantes
PPD/PSD (2) - Luís Ganhão
- Francisco Salvador
PS (1) - Carlos Amaral
Assembleia Municipal (27)
PCP/CDU (13)- Rogério Cação
- Pedro Varão
- Maria Costa
- José António Amador
- Carlos Almeida
- Mariana Rocha
- Sérgio Leandro
- José Franco Antunes
- Arminda Glória Braz
- Henrique Bertino (Pres. Junta Ajuda)
- Floriano Sabino (Pres. Junta S. Pedro)
- Raul Santos (Pres. Junta Conceição)
- António Filipe Vitória (Pres. Junta Serra)
PPD/PSD (8) - Carlos Santana
- Vítor Marques
- Cristina Leitão
- José Leitão
- Ademar Marques
- Ana Rodrigues
- Paulo Balau
- António Salvador (Pres. Junta Atouguia)
PS (6) - Américo Gonçalves
- Anabela Dias
- Tiago Gonçalves
- João Gomes
- Natália Rocha
- Silvino Doirado João (Pres. Junta Ferrel)
Assembleia de Freguesia da Ajuda
Presidente Eleito – Henrique Bertino (PCP/CDU)
PCP/CDU (9)
PPD/PSD (2)
PS (2)
Assembleia de Freguesia da Conceição
Presidente Eleito – Raul Santos
PCP/CDU (4)
PS (3)
PPD/PSD (2)
Assembleia de Freguesia de S. Pedro
Presidente Eleito – Floriano Sabino
PCP/CDU (4)
PPD/PSD (3)
PS (2)
Assembleia de Freguesia da Atouguia da Baleia
Presidente Eleito – António Salvador
PPD/PSD (8)
PCP/CDU (3)
PS (2)
Assembleia de Freguesia de Ferrel
Presidente Eleito – Silvino Doirado João
PS (5)
PCP/CDU (2)
PPD/PSD (2)
Assembleia de Freguesia da Serra d' El-Rei
Presidente Eleito - António Filipe Vitória
PCP/CDU (5)
PS (3)
PPD/PSD (1)
Câmara Municipal de Peniche (7)
PCP/CDU (4) – António José Correia
- Jorge Amador
- Clara Abrantes
- Jorge Abrantes
PPD/PSD (2) - Luís Ganhão
- Francisco Salvador
PS (1) - Carlos Amaral
Assembleia Municipal (27)
PCP/CDU (13)- Rogério Cação
- Pedro Varão
- Maria Costa
- José António Amador
- Carlos Almeida
- Mariana Rocha
- Sérgio Leandro
- José Franco Antunes
- Arminda Glória Braz
- Henrique Bertino (Pres. Junta Ajuda)
- Floriano Sabino (Pres. Junta S. Pedro)
- Raul Santos (Pres. Junta Conceição)
- António Filipe Vitória (Pres. Junta Serra)
PPD/PSD (8) - Carlos Santana
- Vítor Marques
- Cristina Leitão
- José Leitão
- Ademar Marques
- Ana Rodrigues
- Paulo Balau
- António Salvador (Pres. Junta Atouguia)
PS (6) - Américo Gonçalves
- Anabela Dias
- Tiago Gonçalves
- João Gomes
- Natália Rocha
- Silvino Doirado João (Pres. Junta Ferrel)
Assembleia de Freguesia da Ajuda
Presidente Eleito – Henrique Bertino (PCP/CDU)
PCP/CDU (9)
PPD/PSD (2)
PS (2)
Assembleia de Freguesia da Conceição
Presidente Eleito – Raul Santos
PCP/CDU (4)
PS (3)
PPD/PSD (2)
Assembleia de Freguesia de S. Pedro
Presidente Eleito – Floriano Sabino
PCP/CDU (4)
PPD/PSD (3)
PS (2)
Assembleia de Freguesia da Atouguia da Baleia
Presidente Eleito – António Salvador
PPD/PSD (8)
PCP/CDU (3)
PS (2)
Assembleia de Freguesia de Ferrel
Presidente Eleito – Silvino Doirado João
PS (5)
PCP/CDU (2)
PPD/PSD (2)
Assembleia de Freguesia da Serra d' El-Rei
Presidente Eleito - António Filipe Vitória
PCP/CDU (5)
PS (3)
PPD/PSD (1)
domingo, outubro 11, 2009
O PCP/CDU GANHA A CÂMARA DE PENICHE COM MAIORIA ABSOLUTA
- O PPD/PSD passa a 2ª força política em Peniche (com 2 vereadores) recuperando uma parte do seu eleitorado que vinha a perder desde 1997;
- O PS passa a 3ª força política (com um único vereador), perdendo metade dos seus eleitores desde que em 1997 elegeu o Presidente de Câmara;
- Curiosamente o PS perde na Cidade a maioria dos seus apoios, não lhe restando neste momento aqui nenhuma Freguesia, regressando assim aos tempos da "velha" senhora;
Peniche entra numa nova fase com este mandato, não restando nenhuma desculpa ao PCP para levar a cabo as iniciativas que considere necessárias para tornar Peniche um Concelho onde apeteça viver. Mais poder significa mais responsabilidades.
Pelo meu lado apresento votos de muitas felicidades ao novo executivo para as tarefas ciclópicas que se avizinham, num tempo tão díficil e com tantos escolhos pelo caminho.
A Assembleia Municipal deve de forma construtiva ser um órgão que analise, recomende e proponha correcções aos aspectos que o executivo empreenda e que eventualmente sejam menos correctos.
Exige-se de todos os eleitos dignidade no desempenho das suas funções e que seja o Concelho de Peniche o seu objectivo fundamental. Para o servirem e não para dele se servirem.
- O PPD/PSD passa a 2ª força política em Peniche (com 2 vereadores) recuperando uma parte do seu eleitorado que vinha a perder desde 1997;
- O PS passa a 3ª força política (com um único vereador), perdendo metade dos seus eleitores desde que em 1997 elegeu o Presidente de Câmara;
- Curiosamente o PS perde na Cidade a maioria dos seus apoios, não lhe restando neste momento aqui nenhuma Freguesia, regressando assim aos tempos da "velha" senhora;
Peniche entra numa nova fase com este mandato, não restando nenhuma desculpa ao PCP para levar a cabo as iniciativas que considere necessárias para tornar Peniche um Concelho onde apeteça viver. Mais poder significa mais responsabilidades.
Pelo meu lado apresento votos de muitas felicidades ao novo executivo para as tarefas ciclópicas que se avizinham, num tempo tão díficil e com tantos escolhos pelo caminho.
A Assembleia Municipal deve de forma construtiva ser um órgão que analise, recomende e proponha correcções aos aspectos que o executivo empreenda e que eventualmente sejam menos correctos.
Exige-se de todos os eleitos dignidade no desempenho das suas funções e que seja o Concelho de Peniche o seu objectivo fundamental. Para o servirem e não para dele se servirem.
sábado, outubro 10, 2009
PRÉMIO NOBEL DA PAZ
Dizem que hoje é dia de reflexão para as eleições autárquicas que amanhã irão decorrer em todo este rectângulo e asuas adjacências.
Falar em Barack Obama e do Prémio Nobel que lhe acaba de ser atribuido é uma redundância. Já tudo foi dito. Mas ficaria mal comigo próprio se não me associasse a esta onda de carinho e de esperança que varre o mundo perante este homem singular.
E é aqui que estou a violar o período de reflexão. Ao falar deste afro-americano que chegou a Presidente dos Estados Unidos da América estou a reforçar a ideia do que deve ser um político. E permite estabelecer comparações com o que nos rodeia a nível local, regional e nacional.
Os xenófabos encapotados ou não estão a estas horas a envenenar-se na sua prória raiva. Afinal um preto, como um brasileiro ou um cigano pode ser um Homem de Paz e exemplar para o Mundo. E é então que os imbecis não percebem porque é que lhe foi atribuído o Nobel da Paz. A ele que despertou universalmente tanta concórdia e um tão grande despertar da consciência colectiva que deve estar sempre presente nas atitudes da Humanidade.
É fácil ser ameaçador quando se dispõe de um tal arsenal bélico como aquele que os EUA dispôem. Dificil é ser um arauto da Paz.
E pronto já que violei o período de reflexão publico também um desenho publicado no jornal espanhol "El País" e feito pelo humorista desse jornal. Penso que é de uma oportunidade e simplicidade extraordinárias, mas que reúne todo o simbolismo deste Nobel da Paz.

sexta-feira, outubro 09, 2009
OS DADOS ESTÃO LANÇADOS
(Jean-Paul Sartre)
Chegámos ao fim de uma campanha eleitoral autárquica que decorreu sem honra nem glória. Nem tudo vale para lançar as mãos ao poder, como nem tudo vale para a ele se agarrar.
Há muito tempo que as atitudes dos cidadãos no próximo domingo, se começaram a cimentar. Muitas vezes por pequenas-grandes (pessoais) razões. Outras vezes por impactos que surpreendem e mobilizam. Outras ainda por raiva. Ou por convicção.
Global e pessoalmente penso que nas actuais condições locais, regionais e nacionais, o mandato que agora termina foi positivo.
Esfusiante qb. Muitas vezes para além daquilo que o bom gosto determinaria. Mas não comprometeu.
Foi um mandato em que se consolidaram aspectos positivos, nomeadamente no domínio da Educação. A Cultura e o Lazer foram apostas ganhas. Os Desportos Náuticos ganharam a importância que sempre deveriam ter merecido numa terra dominada pelo mar.
De Peniche hoje fala-se a nível nacional e internacional pelas melhores razões e isso deve-se ao actual executivo.
Tem muitas coisas de que não gosto. É verdade. Mas não penso que essas comprometam o futuro do nosso desenvolvimento.
Por todas estas razões e pela minha mulher e pela minha filha vou votar no PCP/CDU.
Daqui a 4 anos se estiver vivo, tornarei a pensar no assunto. Até lá façam por merecer o meu voto.
(Jean-Paul Sartre)
Chegámos ao fim de uma campanha eleitoral autárquica que decorreu sem honra nem glória. Nem tudo vale para lançar as mãos ao poder, como nem tudo vale para a ele se agarrar.
Há muito tempo que as atitudes dos cidadãos no próximo domingo, se começaram a cimentar. Muitas vezes por pequenas-grandes (pessoais) razões. Outras vezes por impactos que surpreendem e mobilizam. Outras ainda por raiva. Ou por convicção.
Global e pessoalmente penso que nas actuais condições locais, regionais e nacionais, o mandato que agora termina foi positivo.
Esfusiante qb. Muitas vezes para além daquilo que o bom gosto determinaria. Mas não comprometeu.
Foi um mandato em que se consolidaram aspectos positivos, nomeadamente no domínio da Educação. A Cultura e o Lazer foram apostas ganhas. Os Desportos Náuticos ganharam a importância que sempre deveriam ter merecido numa terra dominada pelo mar.
De Peniche hoje fala-se a nível nacional e internacional pelas melhores razões e isso deve-se ao actual executivo.
Tem muitas coisas de que não gosto. É verdade. Mas não penso que essas comprometam o futuro do nosso desenvolvimento.
Por todas estas razões e pela minha mulher e pela minha filha vou votar no PCP/CDU.
Daqui a 4 anos se estiver vivo, tornarei a pensar no assunto. Até lá façam por merecer o meu voto.
quinta-feira, outubro 08, 2009
POR UMA QUESTÃO DE DECÊNCIA
Esta afirmação de Manuel Alegre no apoio a um candidato autárquico e logo aproveitado pelo Grande Intrujão (Francisco Louça), entrou-me no goto. O que o poeta afirmou pode aplicar-se em inúmeras terreolas por esse país fora.
E aqui no Concelho de Peniche também.
Desde logo quem se afirma ser pela Verdade e mente com quantos dentes tem (mais os que comprou).
As escolas só na última década sofreram obras de reabilitação dignas de registo. As preocupações em termos recreativos e de lazer iam para as corridas de cavalos (temos profundas tradições nesse domínio Ah! Ah! Ah!), exposições de cães (das quais não sou inocente de todo) e festas de glorificação dos Heróis do Big Brother.
O PDM para o bem e para o mal é responsabilidade exclusiva de quem agora clama contra ele.
Os maiores atentados urbanísticos e contra o Património (nomeadamente no Largo do Santuário de Nª Srª dos Remédios que agora até serve de bandeira aos que o ajudaram a destruir), na Consolação, em S. Bernardino, etc. cometeram-se pelas forças politicas que agora viram a cara e aparecem a assobiar para o lado, quais virgens inocentes.
Estou aqui onde moro (no meu Blog) a dar a cara nestas autárquicas, repondo aspectos esquecidos, ou confrontando alguns com as responsabilidades a que parecem estar alheios. Por uma questão de decência.
Esta afirmação de Manuel Alegre no apoio a um candidato autárquico e logo aproveitado pelo Grande Intrujão (Francisco Louça), entrou-me no goto. O que o poeta afirmou pode aplicar-se em inúmeras terreolas por esse país fora.
E aqui no Concelho de Peniche também.
Desde logo quem se afirma ser pela Verdade e mente com quantos dentes tem (mais os que comprou).
As escolas só na última década sofreram obras de reabilitação dignas de registo. As preocupações em termos recreativos e de lazer iam para as corridas de cavalos (temos profundas tradições nesse domínio Ah! Ah! Ah!), exposições de cães (das quais não sou inocente de todo) e festas de glorificação dos Heróis do Big Brother.
O PDM para o bem e para o mal é responsabilidade exclusiva de quem agora clama contra ele.
Os maiores atentados urbanísticos e contra o Património (nomeadamente no Largo do Santuário de Nª Srª dos Remédios que agora até serve de bandeira aos que o ajudaram a destruir), na Consolação, em S. Bernardino, etc. cometeram-se pelas forças politicas que agora viram a cara e aparecem a assobiar para o lado, quais virgens inocentes.
Estou aqui onde moro (no meu Blog) a dar a cara nestas autárquicas, repondo aspectos esquecidos, ou confrontando alguns com as responsabilidades a que parecem estar alheios. Por uma questão de decência.
quarta-feira, outubro 07, 2009
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS (2009) EM PENICHE
AS LISTAS DE CANDIDATOS À CÂMARA
Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és. O velho adágio continua a valer mais que mil palavras. A gente olha para as listas para nos podermos identificar com quem delas faz parte. Ou para credibilizarmos o nosso voto com a prática pessoal dos candidatos.
Pelo que conhecemos deles, da sua capacidade de gestão, de criatividade, de interesse e participação na causa pública.
Gostamos de votar em quem reconhecemos capacidades diversas para o desempenho dos cargos a que se candidatam. Infelizmente a lógica dos partidos não é essa.
Só assim se justifica que seja candidato à Câmara uma pessoa que depende para o seu ganha-pão diário de outra cor política, numa câmara vizinha. Quem vai ele representar se for eleito? Os interesses de quem lha dá o pão a ganhar ou os da Câmara onde desempenha funções de vereador?
Ou que seja candidato a um órgão autárquico alguém que ameaça os seus clientes, que na maioria dos casos até serão representados por esse candidato.
Ou que seja candidato alguém que é um publicamente reconhecido por viver do esforço dos outros, com um registo criminal com algumas histórias para contar e que se dedica em noites de copos a destruir a propaganda das forças políticas que lhe são adversas.
Mas até nisto da apreciação dos candidatos iniciámos uma nova era. Agora parece que entrou na moda só mostrar os nomes de 5 (ou 3) dos candidatos aos 7 lugares em aberto na Câmara Municipal. Só consegui até agora conhecer os 7 nomes dos candidatos em duas forças políticas. O PS e a CDU.
Por tudo isto penso que é importante ver e conhecer em quem votamos, mais do que o emblema em que se abrigam. Embora isso não seja de todo irrelevante.
AS LISTAS DE CANDIDATOS À CÂMARA
Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és. O velho adágio continua a valer mais que mil palavras. A gente olha para as listas para nos podermos identificar com quem delas faz parte. Ou para credibilizarmos o nosso voto com a prática pessoal dos candidatos.
Pelo que conhecemos deles, da sua capacidade de gestão, de criatividade, de interesse e participação na causa pública.
Gostamos de votar em quem reconhecemos capacidades diversas para o desempenho dos cargos a que se candidatam. Infelizmente a lógica dos partidos não é essa.
Só assim se justifica que seja candidato à Câmara uma pessoa que depende para o seu ganha-pão diário de outra cor política, numa câmara vizinha. Quem vai ele representar se for eleito? Os interesses de quem lha dá o pão a ganhar ou os da Câmara onde desempenha funções de vereador?

Ou que seja candidato alguém que é um publicamente reconhecido por viver do esforço dos outros, com um registo criminal com algumas histórias para contar e que se dedica em noites de copos a destruir a propaganda das forças políticas que lhe são adversas.
Mas até nisto da apreciação dos candidatos iniciámos uma nova era. Agora parece que entrou na moda só mostrar os nomes de 5 (ou 3) dos candidatos aos 7 lugares em aberto na Câmara Municipal. Só consegui até agora conhecer os 7 nomes dos candidatos em duas forças políticas. O PS e a CDU.
Por tudo isto penso que é importante ver e conhecer em quem votamos, mais do que o emblema em que se abrigam. Embora isso não seja de todo irrelevante.
terça-feira, outubro 06, 2009
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS (2009) EM PENICHE
E aqui estamos nós em plena efervescência. O cidadão comum é confrontado pelos diferentes partidos políticos, mais pelos ruídos que produzem do que pelas diferentes estratégias de actuação segundo os seus pontos de vista. E é aqui que as águas começam a separar-se.
Existem 3 tipos de perspectivas:
1ª – A da CDU, PSD e PS que com um programa de intenções nos apontam para as virtudes das suas propostas;
2ª – A do dito BE que nos remete para um programa pré-elaborado e que serve para todos os concelhos.
3ª – A do CDS que prefere não apresentar programa nenhum.
Os que não se comprometem com nada, não podem falhar. Mas percebe-se que a importância que dão ao Concelho de Peniche é directamente proporcional ao seu conhecimento sobre o que é importante aqui desenvolver e apoiar.
Os que falam de generalidades irão acertar em algumas coisas e falhar noutras tantas. Nada que não seja facilmente esquecido passados 4 anos. Permitem estes ainda por serem inócuos não suscitarem mais azias que aquelas que os quadros mal pintados provocam.
Os que muito dizem nem por isso são mais credíveis. Nomeadamente aqueles que já passaram por executivos anteriores e que tiveram tempo para fazer (e não o fizeram) o que agora prometem. Os que apoiam e constituem o actual executivo aparecem agora a comprometer-se com um programa completamente seu. Não herdado.
Por estes dias, este e outros temas sobre as eleições autárquicas irão ser o objecto fundamental deste Blog. Espero assim contribuir para um pensamento mais claro sobre o que está em causa para Peniche.
E aqui estamos nós em plena efervescência. O cidadão comum é confrontado pelos diferentes partidos políticos, mais pelos ruídos que produzem do que pelas diferentes estratégias de actuação segundo os seus pontos de vista. E é aqui que as águas começam a separar-se.
Existem 3 tipos de perspectivas:
1ª – A da CDU, PSD e PS que com um programa de intenções nos apontam para as virtudes das suas propostas;
2ª – A do dito BE que nos remete para um programa pré-elaborado e que serve para todos os concelhos.
3ª – A do CDS que prefere não apresentar programa nenhum.
Os que não se comprometem com nada, não podem falhar. Mas percebe-se que a importância que dão ao Concelho de Peniche é directamente proporcional ao seu conhecimento sobre o que é importante aqui desenvolver e apoiar.
Os que falam de generalidades irão acertar em algumas coisas e falhar noutras tantas. Nada que não seja facilmente esquecido passados 4 anos. Permitem estes ainda por serem inócuos não suscitarem mais azias que aquelas que os quadros mal pintados provocam.
Por estes dias, este e outros temas sobre as eleições autárquicas irão ser o objecto fundamental deste Blog. Espero assim contribuir para um pensamento mais claro sobre o que está em causa para Peniche.
segunda-feira, outubro 05, 2009
5 DE OUTUBRO DE 1910
A festa faz-se nas ruas por força das Eleições Autárquicas. Mas também foi por isso que foi implantada a República. E sem querer os partidos honram a república no que ela tem de melhor.
Lamentavelmente parecemos envergonhados por celebrarmos o 5 de Outubro. Esquecemo-nos de que o 25 de Abril e os ideais de Liberdade tal como os concebemos não seriam possíveis sem o ideário republicano. Não podemos honrar o presente se não formos dignos do passado. Por mim espero que Peniche honre o Centenário da República como ela merece. A bem de todos.
5 DE OUTUBRO DE 1914
Nasce o meu pai. Recordo-o aqui e agora. E não sou candidato a nada a não ser a sentir-me honrado por ser seu filho.
A festa faz-se nas ruas por força das Eleições Autárquicas. Mas também foi por isso que foi implantada a República. E sem querer os partidos honram a república no que ela tem de melhor.
Lamentavelmente parecemos envergonhados por celebrarmos o 5 de Outubro. Esquecemo-nos de que o 25 de Abril e os ideais de Liberdade tal como os concebemos não seriam possíveis sem o ideário republicano. Não podemos honrar o presente se não formos dignos do passado. Por mim espero que Peniche honre o Centenário da República como ela merece. A bem de todos.
5 DE OUTUBRO DE 1914
Nasce o meu pai. Recordo-o aqui e agora. E não sou candidato a nada a não ser a sentir-me honrado por ser seu filho.
domingo, outubro 04, 2009
sábado, outubro 03, 2009
ÚTIL PARA O "CURRICULUM"
Eis senão quando esta palavra entrou no léxico comum. Nas pastelarias, no barbeiro, na praça, nos supermecados, toda a gente fala do seu "curriculum" ou do "curriculum" dos outros, como se sempre tivessem trabalhado em Recursos Humanos e Gestão de pessoal.
No intuito de ajudar jovens e adultos desempregados a enriquecerem o seu dito-cujo curriculum, aqui envio uma proposta de um Novo curso de Formação, cujo acesso é possivel através do Centro de Emprego mais próximo de sua casa.
Novo Curso de Formação para Homens
OBJECTIVO PEDAGÓGICO:
Permite aos homens desenvolver a parte do corpo da qual ignoram a existência ( o cérebro ).
SÃO 4 MÓDULOS:
Módulo 1: Introdução (obrigatório)
1. Aprender a viver sem a mãe (2000 horas)
2. A minha mulher não é a minha mãe (350 horas)
3. Entender que não classificar-se para o Mundial não é a MORTE (500 horas)
Módulo 2: Vida a dois
1. Ser pai e não ter ciúmes do filho (50 horas)
2. Deixar de dizer asneiras quando a mulher recebe as suas amigas (500 horas)
3. Superar a síndrome de 'o controlo da TV é meu' (550 horas)
4. Não urinar fora da sanita (1000 horas - c/ exercícios práticos)
5. Entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário (800 horas)
6. Como chegar ao cesto de roupa suja (500 horas)
7. Como sobreviver a uma constipação sem agonizar (450 horas)
Módulo 3: Tempo livre
1. Passar uma camisa em menos de duas horas (c/ exercícios práticos)
2. Beber cerveja sem arrotar, quando se está à mesa (c/ exercícios práticos)
Módulo 4: Curso de cozinha
1. Nível 1 (principiantes - os eletrodomésticos) ON/OFF = LIGA/DESLIGA
2. Nível 2 (avançado) Primeira sopa instantânea sem queimar a panela
3. Exercícios práticos - ferver a água antes de colocar a massa
CURSOS COMPLEMENTARES:POR RAZÕES DE DIFICULDADE, COMPLEXIDADE E ENTENDIMENTO DOS TEMAS, OS CURSOS TERÃO NO MÁXIMO 3 ALUNOS.
1. A eletricidade e eu: vantagens económicas de contar com um técnico competente para fazer reparos;
2. Cozinhar e limpar a cozinha não provoca impotência nem homossexualidade (c/ práticas em laboratório);
3. Porque não é crime presentear com flores, embora já tenha se casado com ela;
4. O rolo de papel higiénico: Ele nasce ao lado da sanita? (biólogos e físicos falarão sobre o tema da geração expontânea)
5. Como baixar a tampa da sanita - passo a passo (teleconferência);
6. Porque não é necessário agitar os lençóis depois de emitir gases intestinais (c/ exercícios de reflexão em dupla);
7. Os homens que conduzem, podem SIM, pedir informação sem se perderem ou correr o risco de parecerem impotentes (c/ testemunhos);
8. O detergente: doses, consumo e aplicação (c/ práticas para evitar acabar com a casa);
9. A lavadora de roupas: esse grande mistério!!
10. Diferenças fundamentais entre o cesto de roupa suja e o chão (exercícios c/ musicoterapia);
11. A chávena de café: ela levita da mesa até ao lava-loiça?
12. Analisar devidamente as causas anatómicas, fisiológicas e/ou psicológicas que não permitem secar o banheiro depois do banho.
Eis senão quando esta palavra entrou no léxico comum. Nas pastelarias, no barbeiro, na praça, nos supermecados, toda a gente fala do seu "curriculum" ou do "curriculum" dos outros, como se sempre tivessem trabalhado em Recursos Humanos e Gestão de pessoal.
No intuito de ajudar jovens e adultos desempregados a enriquecerem o seu dito-cujo curriculum, aqui envio uma proposta de um Novo curso de Formação, cujo acesso é possivel através do Centro de Emprego mais próximo de sua casa.
Novo Curso de Formação para Homens
OBJECTIVO PEDAGÓGICO:
Permite aos homens desenvolver a parte do corpo da qual ignoram a existência ( o cérebro ).
SÃO 4 MÓDULOS:
Módulo 1: Introdução (obrigatório)
1. Aprender a viver sem a mãe (2000 horas)
2. A minha mulher não é a minha mãe (350 horas)
3. Entender que não classificar-se para o Mundial não é a MORTE (500 horas)
Módulo 2: Vida a dois
1. Ser pai e não ter ciúmes do filho (50 horas)
2. Deixar de dizer asneiras quando a mulher recebe as suas amigas (500 horas)
3. Superar a síndrome de 'o controlo da TV é meu' (550 horas)
4. Não urinar fora da sanita (1000 horas - c/ exercícios práticos)
5. Entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário (800 horas)
6. Como chegar ao cesto de roupa suja (500 horas)
7. Como sobreviver a uma constipação sem agonizar (450 horas)
Módulo 3: Tempo livre
1. Passar uma camisa em menos de duas horas (c/ exercícios práticos)
2. Beber cerveja sem arrotar, quando se está à mesa (c/ exercícios práticos)
Módulo 4: Curso de cozinha
1. Nível 1 (principiantes - os eletrodomésticos) ON/OFF = LIGA/DESLIGA
2. Nível 2 (avançado) Primeira sopa instantânea sem queimar a panela
3. Exercícios práticos - ferver a água antes de colocar a massa
CURSOS COMPLEMENTARES:POR RAZÕES DE DIFICULDADE, COMPLEXIDADE E ENTENDIMENTO DOS TEMAS, OS CURSOS TERÃO NO MÁXIMO 3 ALUNOS.
1. A eletricidade e eu: vantagens económicas de contar com um técnico competente para fazer reparos;
2. Cozinhar e limpar a cozinha não provoca impotência nem homossexualidade (c/ práticas em laboratório);
3. Porque não é crime presentear com flores, embora já tenha se casado com ela;
4. O rolo de papel higiénico: Ele nasce ao lado da sanita? (biólogos e físicos falarão sobre o tema da geração expontânea)
5. Como baixar a tampa da sanita - passo a passo (teleconferência);
6. Porque não é necessário agitar os lençóis depois de emitir gases intestinais (c/ exercícios de reflexão em dupla);
7. Os homens que conduzem, podem SIM, pedir informação sem se perderem ou correr o risco de parecerem impotentes (c/ testemunhos);
8. O detergente: doses, consumo e aplicação (c/ práticas para evitar acabar com a casa);
9. A lavadora de roupas: esse grande mistério!!
10. Diferenças fundamentais entre o cesto de roupa suja e o chão (exercícios c/ musicoterapia);
11. A chávena de café: ela levita da mesa até ao lava-loiça?
12. Analisar devidamente as causas anatómicas, fisiológicas e/ou psicológicas que não permitem secar o banheiro depois do banho.
sexta-feira, outubro 02, 2009
HONRAR O QUE NOS É LEGADO
Os hipócritas atiram atoardas para o ar convictos de que os ouvem. E de momento isso até é verdade. Mas com a mesma velocidade com que tentam apagar a nobreza do que nos é legado, assim eles próprios são esquecidos.
Vem isto a propósito do falecimento da Professora Amélia Lacerda. Que durante décadas trabalhou na Escola Industrial e Comercial de Peniche e depois na Escola Secundária. Professora de História, natural de Peniche, trabalhou com sucessivas gerações de filhos desta terra.
Confrangedora a última homenagem que lhe foi prestada. A Escola Secundária não o fez como era seu dever. Porque não quis. Porque não compreendeu o sentido da valoração de um tempo sem o qual, os dias de hoje não eram possíveis.
Falam-me de que os jovens não lutam por valores, nem pelo seu património intelectual. Mas somos nós quem os tem que mobilizar para esses ideais. Ou então só o que é imediato se torna possível.
Se as Escolas não reconhecem valores a defender quem poderá transmiti-los aos jovens? A frieza com que é encarado o desaparecimento dos Mestres, empobrece o futuro. Mais preocupados com o que é superficial, não temos a certeza do que nos espera e não lutamos para que as memórias se revivam na honra que prestamos aos que nos deixam.
Os hipócritas atiram atoardas para o ar convictos de que os ouvem. E de momento isso até é verdade. Mas com a mesma velocidade com que tentam apagar a nobreza do que nos é legado, assim eles próprios são esquecidos.
Vem isto a propósito do falecimento da Professora Amélia Lacerda. Que durante décadas trabalhou na Escola Industrial e Comercial de Peniche e depois na Escola Secundária. Professora de História, natural de Peniche, trabalhou com sucessivas gerações de filhos desta terra.
Confrangedora a última homenagem que lhe foi prestada. A Escola Secundária não o fez como era seu dever. Porque não quis. Porque não compreendeu o sentido da valoração de um tempo sem o qual, os dias de hoje não eram possíveis.
Falam-me de que os jovens não lutam por valores, nem pelo seu património intelectual. Mas somos nós quem os tem que mobilizar para esses ideais. Ou então só o que é imediato se torna possível.
Se as Escolas não reconhecem valores a defender quem poderá transmiti-los aos jovens? A frieza com que é encarado o desaparecimento dos Mestres, empobrece o futuro. Mais preocupados com o que é superficial, não temos a certeza do que nos espera e não lutamos para que as memórias se revivam na honra que prestamos aos que nos deixam.
quinta-feira, outubro 01, 2009
ENTRANHA-SE E ESTRANHA-SE
Na noite eleitoral surpreendentemente, o “dono” do Bloco de Esquerda, agradeceu em particular aos professores o que consideraram ser a sua vitória eleitoral. Estas coisas não acontecem por acaso. Aquele agrupamento de marxistas-leninistas e de filhos-de-família-sem-nada-que-fazer, capitalizou os ódios daquela classe sem classe contra o Governo para crescer eleitoralmente.
É aqui que me recordo do defunto PRD do General Eanes e fazendo futurologia, adivinho um fim semelhante para esta nova excrescência da Democracia.
Coincidindo com o pré-anúncio dos resultados eleitorais, vêm os professores exigir a suspensão imediata da sua avaliação, assim se desmascarando e destapando definitivamente as razões do auto denominado Bloco de Esquerda.
Já aqui o dissemos quem não tem nunca dúvidas em como avaliar os outros, não suporta ser avaliado. Quem tem dado ao país tanto aluno disfuncional e sem capacidade de análise e crítica, não suporta que avaliem o seu trabalho. Quem matou o Amor à Mater língua, refugia-se em eufemismos para que não o possam observar nos seus desempenhos técnico-pedagógicos.
“Não peças a quem pediu e não sirvas a quem serviu” é um ditado que por analogia serve para poder ler sobre aqueles que mais contestam as alterações do modus-operandi no sistema educativo portugês. São os que entraram na faculdade com mais baixas notas, são os que foram as Escolas Superiores de Educação porque falharam nas suas primeiras 4 ou 5 escolhas, são os que sairam da faculdade com notas mais baixas. Rodeiam-se então de uma pseudo exigência em relação aos outros (os alunos) e de um facilitismo confrangedor em relação a si próprios.
Quando os pais e encarregados de educação perceberem que estão a ser utilizados nesta luta sem sentido até medo tenho do que se irá passar.
Na noite eleitoral surpreendentemente, o “dono” do Bloco de Esquerda, agradeceu em particular aos professores o que consideraram ser a sua vitória eleitoral. Estas coisas não acontecem por acaso. Aquele agrupamento de marxistas-leninistas e de filhos-de-família-sem-nada-que-fazer, capitalizou os ódios daquela classe sem classe contra o Governo para crescer eleitoralmente.
É aqui que me recordo do defunto PRD do General Eanes e fazendo futurologia, adivinho um fim semelhante para esta nova excrescência da Democracia.
Coincidindo com o pré-anúncio dos resultados eleitorais, vêm os professores exigir a suspensão imediata da sua avaliação, assim se desmascarando e destapando definitivamente as razões do auto denominado Bloco de Esquerda.
Já aqui o dissemos quem não tem nunca dúvidas em como avaliar os outros, não suporta ser avaliado. Quem tem dado ao país tanto aluno disfuncional e sem capacidade de análise e crítica, não suporta que avaliem o seu trabalho. Quem matou o Amor à Mater língua, refugia-se em eufemismos para que não o possam observar nos seus desempenhos técnico-pedagógicos.
“Não peças a quem pediu e não sirvas a quem serviu” é um ditado que por analogia serve para poder ler sobre aqueles que mais contestam as alterações do modus-operandi no sistema educativo portugês. São os que entraram na faculdade com mais baixas notas, são os que foram as Escolas Superiores de Educação porque falharam nas suas primeiras 4 ou 5 escolhas, são os que sairam da faculdade com notas mais baixas. Rodeiam-se então de uma pseudo exigência em relação aos outros (os alunos) e de um facilitismo confrangedor em relação a si próprios.
Quando os pais e encarregados de educação perceberem que estão a ser utilizados nesta luta sem sentido até medo tenho do que se irá passar.
quarta-feira, setembro 30, 2009
E EIS SENÃO QUANDO…
O Prof. Aníbal Cavaco Silva, que neste momento exerce as funções de Presidente da República, decide falar. Prefiro-lhe os tabus. O Prof. não está habituado a ser avaliado, (na sua maioria não estão) e decide vir a terreiro tentar dar catanada no Partido que os Portugueses escolheram para Governar o País e não satisfeito com isso, conseguiu o que era extremamente difícil; confundir ainda mais as pessoas com o que se passou em Belém.
Não me interessa que o Prof. Cavaco não esqueça a sua família política. Mas tentar depois tapar o sol com uma peneira fica-lhe mal.
Não me interessa que o Prof. Cavaco não perceba nada de informática, ao ponto de desconhecer que todos os PCs são vulneráveis coisa que um puto do 4º ano de escolaridade, está farto de saber.
Não me interessa que o Prof. Cavaco apoie os seus amigos de longa data. Só lhe fica bem.
Não me interessa que o Prof. Cavaco se sinta mais à vontade quando está a conversar com Manuela Ferreira Leite do que com José Sócrates. Até pode contar anedotas a uma e nunca mostrar os dentes a outro.
Mas já me incomodam os seus tiques hirtos e os seus esgares, ou a sua azia política quando o Prof. Cavaco se torna Presidente da República. Tem um dever de isenção que não lhe basta anunciá-lo. É preciso praticá-lo de forma óbvia.
Se o Presidente da República não gosta de luta político-partidária, que não se envolva nela.
Se o Presidente da República está insatisfeito com os serviços de comunicações de que dispõe, até pode voltar aos pombos-correios, mas trate ele disso e não envolva mais ninguém nas suas desconfianças.
Que fale quando tiver certezas. Para confundir já temos politiqueiros de meia-tijela que cheguem. Não votei no Prof. Aníbal Cavaco Silva para Presidente da República. Sinto-me feliz por não o ter feito. Outros que votaram começam a arrepender-se, percebidas que começam a tornar-se as suas fraquezas para o desempenho de tal cargo.
Gostaria de dizer a terminar o que ele disse de Mário Soares: - Que o resto do mandato passe rapidamente e que o consiga terminar com dignidade.
O Prof. Aníbal Cavaco Silva, que neste momento exerce as funções de Presidente da República, decide falar. Prefiro-lhe os tabus. O Prof. não está habituado a ser avaliado, (na sua maioria não estão) e decide vir a terreiro tentar dar catanada no Partido que os Portugueses escolheram para Governar o País e não satisfeito com isso, conseguiu o que era extremamente difícil; confundir ainda mais as pessoas com o que se passou em Belém.
Não me interessa que o Prof. Cavaco não esqueça a sua família política. Mas tentar depois tapar o sol com uma peneira fica-lhe mal.
Não me interessa que o Prof. Cavaco não perceba nada de informática, ao ponto de desconhecer que todos os PCs são vulneráveis coisa que um puto do 4º ano de escolaridade, está farto de saber.
Não me interessa que o Prof. Cavaco apoie os seus amigos de longa data. Só lhe fica bem.
Não me interessa que o Prof. Cavaco se sinta mais à vontade quando está a conversar com Manuela Ferreira Leite do que com José Sócrates. Até pode contar anedotas a uma e nunca mostrar os dentes a outro.
Mas já me incomodam os seus tiques hirtos e os seus esgares, ou a sua azia política quando o Prof. Cavaco se torna Presidente da República. Tem um dever de isenção que não lhe basta anunciá-lo. É preciso praticá-lo de forma óbvia.
Se o Presidente da República não gosta de luta político-partidária, que não se envolva nela.
Se o Presidente da República está insatisfeito com os serviços de comunicações de que dispõe, até pode voltar aos pombos-correios, mas trate ele disso e não envolva mais ninguém nas suas desconfianças.
Que fale quando tiver certezas. Para confundir já temos politiqueiros de meia-tijela que cheguem. Não votei no Prof. Aníbal Cavaco Silva para Presidente da República. Sinto-me feliz por não o ter feito. Outros que votaram começam a arrepender-se, percebidas que começam a tornar-se as suas fraquezas para o desempenho de tal cargo.
Gostaria de dizer a terminar o que ele disse de Mário Soares: - Que o resto do mandato passe rapidamente e que o consiga terminar com dignidade.
terça-feira, setembro 29, 2009
PORTUGAL DOS PEQUENINOS
Começa hoje a luta dos pequeninos que teimam em copiar os tiques dos grandes. Mais uma vez vou ter que engolir nas TVs doses massivas da Câmara de Lisboa (trampolim para 1ºs Ministros ou Presidentes da República) e da Câmara do Porto. Para não se tornarem completamente impossíveis de aturar, lá aparece uma outra capital de Distrito como se isso tivesse alguma importância para quem vive na “santa terrinha”.
Os amadores (?) vão testar as suas capacidades de se tornarem profissionais. Quem sabe um dia, poderão ser 5ºs numa qualquer lista de candidatos a deputados.
Vão ler-se comunicados a dizer mal dos que estão. Vão ler-se noutros que ou eles ou o dilúvio. Tudo o que mexe vai ser alvo.
Até que daqui a 15 dias vão de novo contar-se espingardas. Quem ganhou, quem perdeu. Passados outros 15 dias já ninguém se recordará do que foi prometido ou dito. E o Portugal profundo vai tornar-se igual ao Portugal à flor da pele. Mau, vadio, hipócrita e corrupto.
E assim se passam os dias.
Começa hoje a luta dos pequeninos que teimam em copiar os tiques dos grandes. Mais uma vez vou ter que engolir nas TVs doses massivas da Câmara de Lisboa (trampolim para 1ºs Ministros ou Presidentes da República) e da Câmara do Porto. Para não se tornarem completamente impossíveis de aturar, lá aparece uma outra capital de Distrito como se isso tivesse alguma importância para quem vive na “santa terrinha”.
Os amadores (?) vão testar as suas capacidades de se tornarem profissionais. Quem sabe um dia, poderão ser 5ºs numa qualquer lista de candidatos a deputados.
Vão ler-se comunicados a dizer mal dos que estão. Vão ler-se noutros que ou eles ou o dilúvio. Tudo o que mexe vai ser alvo.
Até que daqui a 15 dias vão de novo contar-se espingardas. Quem ganhou, quem perdeu. Passados outros 15 dias já ninguém se recordará do que foi prometido ou dito. E o Portugal profundo vai tornar-se igual ao Portugal à flor da pele. Mau, vadio, hipócrita e corrupto.
E assim se passam os dias.
segunda-feira, setembro 28, 2009
DEMOCRACIA DIXIT
Ganharam todos menos o PS, que perdeu o que lhe era mais caro: “O quero, posso e mando”.
Perderam todos (os portugueses) menos os que nunca ganham. Esses empataram.
O País (Portugal) vai-se adiando até ao estertor final.
O meu partido (BRANCOS) duplicou no Concelho, no Distrito e no País. Perdi mais uma vez.
Ganharam todos menos o PS, que perdeu o que lhe era mais caro: “O quero, posso e mando”.
Perderam todos (os portugueses) menos os que nunca ganham. Esses empataram.
O País (Portugal) vai-se adiando até ao estertor final.
O meu partido (BRANCOS) duplicou no Concelho, no Distrito e no País. Perdi mais uma vez.
domingo, setembro 27, 2009
DIA DE FESTA DA PARTICIPAÇÃO CÍVICA DOS CIDADÃOS
De um forma ou de outra todos podem e devem participar em nome da felicidade que querem ajudar a construir para si e para os seus. Com alegria ou com revolta, com convicção ou de forma indecisa, a favor ou contra, é importante para cada um estar presente.
Associo-me dando-vos este sinal de humor que de vez em quando a Administração Pública nos proporciona.

sábado, setembro 26, 2009
ESTOU EM REFLEXÃO
A gente reflecte não porque um decreto-lei assim o determina, mas porque temos cabeça para pensar.
E vou querer partilhar as minhas reflexões com aqueles (poucos) que me lerem.
O que é que aconteceu de tão importante que me leva a escrever isto e a partilhá-lo convosco? Três acontecimentos que invadiram a minha casa e que passo a relatar-vos.
- Quando hoje abri o meu correio encontrei uma newsletter do Expresso com o Título “Sócrates é o pior primeiro-ministro desde 1985”. Se estes gajos podem invadir o meu sossego para fazer campanha eleitoral no dia de reflexão, eu posso falar sobre isso.
- Ontem ao ver os “Gato Fedorento” ouvi o Ricardo Araújo Pereira perguntar ao candidato Do MRPP-PCTP como compatibilizava os factos de sendo a face visível desse partido, representar como advogado os interesses do reconhecido dirigente da Direita Portuguesa, Paulo Portas. Quanto a isto nem sequer sou capaz de reflectir.
- A terceira ocorrência também se deu ontem. Quando fui à caixa de correio encontrei um folheto de apelo ao voto do candidato de Peniche do PSD. Interroguei-me sobre a razão pela qual o candidato de Peniche do PS não terá feito o mesmo. É legitimo pensar que eu sendo de Peniche e sendo um putativo Deputado no Parlamento, desejo apresentar-me aos meus concidadãos, na esperança de que o meu Partido veja crescer na minha terra a sua votação. Mas se eu passo de fininho a assobiar para o lado é porque se calhar não vou ser um valor acrescentado. Se calhar se pensarem em mim até a cruz se escapa para outro quadradinho.
Aqui estou reflectindo. Em nada. Nas minhas razões. E nas razões da galinha. Branco é…Galinha o pôs... e eu também!
A gente reflecte não porque um decreto-lei assim o determina, mas porque temos cabeça para pensar.
E vou querer partilhar as minhas reflexões com aqueles (poucos) que me lerem.
O que é que aconteceu de tão importante que me leva a escrever isto e a partilhá-lo convosco? Três acontecimentos que invadiram a minha casa e que passo a relatar-vos.
- Quando hoje abri o meu correio encontrei uma newsletter do Expresso com o Título “Sócrates é o pior primeiro-ministro desde 1985”. Se estes gajos podem invadir o meu sossego para fazer campanha eleitoral no dia de reflexão, eu posso falar sobre isso.
- Ontem ao ver os “Gato Fedorento” ouvi o Ricardo Araújo Pereira perguntar ao candidato Do MRPP-PCTP como compatibilizava os factos de sendo a face visível desse partido, representar como advogado os interesses do reconhecido dirigente da Direita Portuguesa, Paulo Portas. Quanto a isto nem sequer sou capaz de reflectir.
- A terceira ocorrência também se deu ontem. Quando fui à caixa de correio encontrei um folheto de apelo ao voto do candidato de Peniche do PSD. Interroguei-me sobre a razão pela qual o candidato de Peniche do PS não terá feito o mesmo. É legitimo pensar que eu sendo de Peniche e sendo um putativo Deputado no Parlamento, desejo apresentar-me aos meus concidadãos, na esperança de que o meu Partido veja crescer na minha terra a sua votação. Mas se eu passo de fininho a assobiar para o lado é porque se calhar não vou ser um valor acrescentado. Se calhar se pensarem em mim até a cruz se escapa para outro quadradinho.
Aqui estou reflectindo. Em nada. Nas minhas razões. E nas razões da galinha. Branco é…Galinha o pôs... e eu também!
sexta-feira, setembro 25, 2009
EXERCER O DIREITO DE VOTAR
Não é fácil. Tudo nos empurra para ficarmos em casa e abdicarmos de participar na Grande Farsa montada pelos Partidos Políticos (todos eles sem excepção).
As promessas incumpridas, os compadrios, a corrupação, o faz-como-eu-digo-mas-não-faças-o-que-eu-faço. A distribuição das mais valias criadas no país, oferecendo milhões ali e tostões aqui.
Mas a gente somos sensíveis ao argumento dos que pensam que se Sócrates se comportou de forma tão anti-humanista e democrática com a maioria das pessoas, há que impedi-lo de se sentar outra vez em S. Bento.
Ou assustamo-nos quando olhamos para a cara daquela mulher e percebemos o que representam os que a rodeiam e decidimos que mais vale um Sócrates na mão que a dita cuja no Governo.
Ou deixamo-nos convencer pelo discurso alarmista da falta de segurança e sentimos que um estado policial tem de ser impedido a todo o custo, nem que para isso me tenha de aliar ao Bloco de Cimento.
Ou ficamos assustados porque temos memória, e recordamos as UDPs, ao FEC-MLs, os MÊS, as LUARs e quejandos que esconderam atrás de uma sigla inócua para poderem chegar à distribuição das migalhas do poder, e então antes queremos os betinhos de cascais e os papás da Opus-Dei.
Ou vamos sentir o carinho pelo avozinho que distribui de forma natural simpatia e impropérios contra quem nos torna cada vez mais pobres e lá vamos, porque ele não ganha mas sempre é um novo fôlego com que o animamos.
Mas nenhuma destas razões é razão para votar. Ou antes. É a pior das razões para votar. Eu exerço o direito de voto porque acredito que numa democracia participada e participativa, o que eu digo é importante. Claro que não acreditando nos executores como lhes posso atribuir a minha confiança?
Estes dias que passaram reforçaram a minha vontade do início desta campanha eleitoral. A que acrescentei mais uma definitiva decisão. Nas próximas presidenciais.
Assim sendo, declaro que mantenho o meu VOTO BRANCO.
Por todas as razões que ficam expressas e por todas as outras que ficam por dizer.
EXERÇO O MEU DIREITO DE VOTAR BRANCO
Não é fácil. Tudo nos empurra para ficarmos em casa e abdicarmos de participar na Grande Farsa montada pelos Partidos Políticos (todos eles sem excepção).
As promessas incumpridas, os compadrios, a corrupação, o faz-como-eu-digo-mas-não-faças-o-que-eu-faço. A distribuição das mais valias criadas no país, oferecendo milhões ali e tostões aqui.
Mas a gente somos sensíveis ao argumento dos que pensam que se Sócrates se comportou de forma tão anti-humanista e democrática com a maioria das pessoas, há que impedi-lo de se sentar outra vez em S. Bento.
Ou assustamo-nos quando olhamos para a cara daquela mulher e percebemos o que representam os que a rodeiam e decidimos que mais vale um Sócrates na mão que a dita cuja no Governo.
Ou deixamo-nos convencer pelo discurso alarmista da falta de segurança e sentimos que um estado policial tem de ser impedido a todo o custo, nem que para isso me tenha de aliar ao Bloco de Cimento.
Ou ficamos assustados porque temos memória, e recordamos as UDPs, ao FEC-MLs, os MÊS, as LUARs e quejandos que esconderam atrás de uma sigla inócua para poderem chegar à distribuição das migalhas do poder, e então antes queremos os betinhos de cascais e os papás da Opus-Dei.
Ou vamos sentir o carinho pelo avozinho que distribui de forma natural simpatia e impropérios contra quem nos torna cada vez mais pobres e lá vamos, porque ele não ganha mas sempre é um novo fôlego com que o animamos.
Mas nenhuma destas razões é razão para votar. Ou antes. É a pior das razões para votar. Eu exerço o direito de voto porque acredito que numa democracia participada e participativa, o que eu digo é importante. Claro que não acreditando nos executores como lhes posso atribuir a minha confiança?
Estes dias que passaram reforçaram a minha vontade do início desta campanha eleitoral. A que acrescentei mais uma definitiva decisão. Nas próximas presidenciais.
Assim sendo, declaro que mantenho o meu VOTO BRANCO.
Por todas as razões que ficam expressas e por todas as outras que ficam por dizer.
EXERÇO O MEU DIREITO DE VOTAR BRANCO
quinta-feira, setembro 24, 2009
OS IDIOTAS
Não fui buscar o título desta crónica de hoje ao romance de Dostoiévski. Já não há príncipes nas histórias dos dias de hoje. E os de coração puro foram desaparecendo na voragem dos tempos.
Os idiotas de que hoje falo são os que o Dicionário da “Texto Editora” referencia como, homem de espírito curto; ignorante; falto de inteligência; parvo; estúpido; ignorante; imbecil.
Quando lhes faltam os argumentos pões mãos e pés no chão e comportam-se asininamente.
São os seus próprios argumentos quem os denunciam. Não falam para os outros. Falam para se ouvirem uns aos outros. De si mostram que existem através de comunicados, notas de imprensa, afirmações de fidelidade aos líderes. A “populaça” só lhes serve como escadote para atingirem o topo da hierarquia. À custa do deserto de ideias que estendem por onde passam. O bem comum é para os idiotas uma figura de retórica.
Sentam-se na cadeira de poder do papá, aguardando o seu direito de sangue para lhes ocuparem o lugar.
Referem-se aos que ocupam os lugares que consideram seus por direito divino, como pústulas execráveis. Adoram falar em oportunismos e em utilizações indevidas da coisa pública, como se não tivessem telhados de vidro.
Os idiotas são manipulados pelos seus em primeiro lugar. Depois pelos que sabem que oferecendo-lhes prebendas eles tornam-se maleáveis e dóceis. Nalguns casos são esmo os familiares que aspirando a outros altares, os indusriam para lhes darem os lugares em herança.
Os idiotas quando atingem o poder servem-se de tudo e de todos como entidades parasitárias. Nada os impede na sua voragem. No seu caminho não poupam familiares, amigos e correligionários.
Tudo destroem para atingir o seu fim. Cuidado com os idiotas. Estamos em tempo de eleições. É o tempo em que eles medram. E em que surgem à luz do dia.
Não fui buscar o título desta crónica de hoje ao romance de Dostoiévski. Já não há príncipes nas histórias dos dias de hoje. E os de coração puro foram desaparecendo na voragem dos tempos.
Os idiotas de que hoje falo são os que o Dicionário da “Texto Editora” referencia como, homem de espírito curto; ignorante; falto de inteligência; parvo; estúpido; ignorante; imbecil.
Quando lhes faltam os argumentos pões mãos e pés no chão e comportam-se asininamente.
São os seus próprios argumentos quem os denunciam. Não falam para os outros. Falam para se ouvirem uns aos outros. De si mostram que existem através de comunicados, notas de imprensa, afirmações de fidelidade aos líderes. A “populaça” só lhes serve como escadote para atingirem o topo da hierarquia. À custa do deserto de ideias que estendem por onde passam. O bem comum é para os idiotas uma figura de retórica.
Sentam-se na cadeira de poder do papá, aguardando o seu direito de sangue para lhes ocuparem o lugar.
Referem-se aos que ocupam os lugares que consideram seus por direito divino, como pústulas execráveis. Adoram falar em oportunismos e em utilizações indevidas da coisa pública, como se não tivessem telhados de vidro.
Os idiotas são manipulados pelos seus em primeiro lugar. Depois pelos que sabem que oferecendo-lhes prebendas eles tornam-se maleáveis e dóceis. Nalguns casos são esmo os familiares que aspirando a outros altares, os indusriam para lhes darem os lugares em herança.
Os idiotas quando atingem o poder servem-se de tudo e de todos como entidades parasitárias. Nada os impede na sua voragem. No seu caminho não poupam familiares, amigos e correligionários.
Tudo destroem para atingir o seu fim. Cuidado com os idiotas. Estamos em tempo de eleições. É o tempo em que eles medram. E em que surgem à luz do dia.
terça-feira, setembro 22, 2009
O CAVACO/O PÚBLICO/A VERDADE – Parte II
Passadas horas sobre a postagem que ontem fizemos, o Sr. António demite o seu mandado junto do jornal Público, firmando assim a sua assinatura sobre a Verdade que afinal não era.
Moral da História:
1. O Sr. António pretendeu interferir na campanha eleitoral denegrindo a imagem do Partido socialista.
2. O Sr. António serviu-se para isso de um Jornal (O Público) que por isso mesmo desmascarou-se, deixando de ser por essa razão um jornal de referência.
3. O Director do Público é um dos mandados do Sr. António
4. O PSD deu um tiro no pé.
Passadas horas sobre a postagem que ontem fizemos, o Sr. António demite o seu mandado junto do jornal Público, firmando assim a sua assinatura sobre a Verdade que afinal não era.
Moral da História:
1. O Sr. António pretendeu interferir na campanha eleitoral denegrindo a imagem do Partido socialista.
2. O Sr. António serviu-se para isso de um Jornal (O Público) que por isso mesmo desmascarou-se, deixando de ser por essa razão um jornal de referência.
3. O Director do Público é um dos mandados do Sr. António
4. O PSD deu um tiro no pé.
segunda-feira, setembro 21, 2009
O CAVACO/O PÚBLICO/A VERDADE
Começamos a perceber melhor os contornos de uma campanha insidiosa, inteligente e encapotada que o Público tem vindo a desenvolver desde os tempos do negócio falhado, da compra da PT pela SONAE.
Tudo isto compreendemos.
Já temos dificuldade em perceber o papel a que se presta o Director do Público, Jornalista de Profissão. Bem andou o Provedor desse Jornal, ao denunciar de forma clara essa campanha e o seu principal instigador, precisamente o referido Director.
Mas mais do que isto, sentimo-nos profundamente chocados com a conivência do Sr. António Cavaco neste imbróglio. Ou é verdade que ele instrumentalizou o Público para atingir o Governo legítimo do País que representa, ou então anda mal por não tomar uma atitude de repúdio pela incorrecta interpretação que o seu Assessor terá feito das suas preocupações.
Ou então, a paranóia anda à solta lá pelos lados de Belém.
O que é certo é que o snr. José parece dar-se bem com os insultos e as acusações maldosas da canalha. E o que parecia uma dúvida, está a pouco e pouco a tornar-se uma certeza irremediável: - O sr. José vai conseguir ganhar contra quem parece apostado em caluniá-lo até à exaustão.
Não sei se será bom para este país falhado e adiado. Pelo menos não mandamos para a arena internacional aquele exemplar da feiticeira que adormeceu a Branca de Neve por 100 anos. Portugal tem melhores coisas para mostrar, ainda que valha muito pouco.
Começamos a perceber melhor os contornos de uma campanha insidiosa, inteligente e encapotada que o Público tem vindo a desenvolver desde os tempos do negócio falhado, da compra da PT pela SONAE.
Tudo isto compreendemos.
Já temos dificuldade em perceber o papel a que se presta o Director do Público, Jornalista de Profissão. Bem andou o Provedor desse Jornal, ao denunciar de forma clara essa campanha e o seu principal instigador, precisamente o referido Director.
Mas mais do que isto, sentimo-nos profundamente chocados com a conivência do Sr. António Cavaco neste imbróglio. Ou é verdade que ele instrumentalizou o Público para atingir o Governo legítimo do País que representa, ou então anda mal por não tomar uma atitude de repúdio pela incorrecta interpretação que o seu Assessor terá feito das suas preocupações.
Ou então, a paranóia anda à solta lá pelos lados de Belém.
O que é certo é que o snr. José parece dar-se bem com os insultos e as acusações maldosas da canalha. E o que parecia uma dúvida, está a pouco e pouco a tornar-se uma certeza irremediável: - O sr. José vai conseguir ganhar contra quem parece apostado em caluniá-lo até à exaustão.
Não sei se será bom para este país falhado e adiado. Pelo menos não mandamos para a arena internacional aquele exemplar da feiticeira que adormeceu a Branca de Neve por 100 anos. Portugal tem melhores coisas para mostrar, ainda que valha muito pouco.
domingo, setembro 20, 2009
VERDADES (Comprováveis, não são políticas!)
Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns só uma vez!
Tudo é relativo. A duração de um minuto depende de que lado da porta da casa de banho se está.
A primeira amnésia nunca se esquece.
Os jogadores de videojogos são pessoas normais, que comem gelados pela testa como toda a gente!
No boxe, geralmente, o árbitro é a única pessoa a contar até dez.
Em casa de um indeciso só pode haver uma casa de banho.
Os ingleses são tão educados que na Inglaterra quem dirige é o pendura.
Todo o corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.
A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga para baixo é proporcional ao valor da carpete.
Mais vale uma gaivota na mão do que uma a voar sobre a nossa cabeça.
Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
Toda a partícula que voa encontra sempre um olho.
A esperança e a sogra são sempre as últimas a morrer
Um chato nunca perde seu tempo. Perde o dos outros.
Há muitas coisas mais importantes que o dinheiro, mas são tão caras!
Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns só uma vez!
Tudo é relativo. A duração de um minuto depende de que lado da porta da casa de banho se está.
A primeira amnésia nunca se esquece.
Os jogadores de videojogos são pessoas normais, que comem gelados pela testa como toda a gente!
No boxe, geralmente, o árbitro é a única pessoa a contar até dez.
Em casa de um indeciso só pode haver uma casa de banho.
Os ingleses são tão educados que na Inglaterra quem dirige é o pendura.
Todo o corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.
A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga para baixo é proporcional ao valor da carpete.
Mais vale uma gaivota na mão do que uma a voar sobre a nossa cabeça.
Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
Toda a partícula que voa encontra sempre um olho.
A esperança e a sogra são sempre as últimas a morrer
Um chato nunca perde seu tempo. Perde o dos outros.
Há muitas coisas mais importantes que o dinheiro, mas são tão caras!
sexta-feira, setembro 18, 2009
PARA QUE FIQUE REGISTADO
Quando em 1998 cheguei à Câmara Municipal de Peniche e fui nomeado Vereador do Pelouro da Educação, após três mandatos e 12 anos sucessivos de gestão PSD, iniciei uma visita pelos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo e Jardins de Infância da zona rural do Concelho.
O que vi parecia saído dum filme surrealista. Escolas sem casas de banho a funcionarem minimamente. Os recreios eram zonas de perigo com inúmeros obstáculos susceptíveis de constituírem atentados agressivos à vida das crianças. As escolas de Casal Moinho, S. Bernardino, Casais Brancos, do Filtro, pareciam ter sido varridas por uma hecatombe nuclear.
Escolas e Jardins sem dinheiro sequer para adquirirem ao menos papel higiénico e produtos de limpeza. Carteiras partidas. Materiais didácticos improvisados. Os professores eram autênticos mestres do desenrascanço, com malabarismos extraordinários para poderem acorrer às necessidades educativas dos seus alunos. Alguns Professores adiantavam dinheiro da sua algibeira para os alunos mais carenciados poderem ter os seus livros em tempo útil, porque a CMP só com mais de 3 meses de atraso é que pagava os apoios sociais.
Em pouco mais de 10 anos tudo se alterou. Nos 3 mandatos seguintes, as forças políticas que sucederam ao PSD deram dignidade às Escolas e aos Professores. Os apoios sociais pagos a tempo servem efectivamente para o que foram criados. Os recreios parecem locais tirados de estampas de países com um entendimento claro do que deve ser a educação num concelho que quer construir um futuro melhor para os seus filhos.
E o que aqui afirmo pode ser comprovado pelos jovens com 20 e poucos anos que saíram das escolas há mais de 10 anos. Que Escolas tinham e que Escolas hoje existem depois de o PSD ter desaparecido das responsabilidades de gestão da Câmara Municipal.
Assinalo pois com o maior repúdio, afirmações despudoradas que certos responsáveis dessa força política sobre a qualidade da sua governação. Quando se afirma que o Ensino Superior em Peniche é obra sua, é das mentiras mais ordinárias que eu vi escritas em letra de forma.
Honra seja feita a quem o promoveu efectivamente. Mas nunca ao PSD que se limitou por mandar exarar no Diário da República a existência fantasma de uma Universidade em Peniche, que só assumiu forma depois do PSD ter saído da Câmara Municipal.
Podem alguns ter dificuldade em engolir isto. Mas o PSD foi uma força retrógrada na educação em Peniche.
O mérito da existência da Escola da Atouguia da Baleia, está na necessidade de dar cobertura de toda a população escolar no Ensino obrigatório de 9 anos e na falência da Colégio Atlântico.
Quanto à EBI foi um drama o seu Projecto e a sua Construção. Mas isso só prova a incapacidade do PSD de Peniche no sector da Educação.
O seu a seu dono. E para um partido que diz pugnar pela verdade, melhor faria que se colocasse um freio em alguns dos seus militantes.
Quando em 1998 cheguei à Câmara Municipal de Peniche e fui nomeado Vereador do Pelouro da Educação, após três mandatos e 12 anos sucessivos de gestão PSD, iniciei uma visita pelos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo e Jardins de Infância da zona rural do Concelho.
O que vi parecia saído dum filme surrealista. Escolas sem casas de banho a funcionarem minimamente. Os recreios eram zonas de perigo com inúmeros obstáculos susceptíveis de constituírem atentados agressivos à vida das crianças. As escolas de Casal Moinho, S. Bernardino, Casais Brancos, do Filtro, pareciam ter sido varridas por uma hecatombe nuclear.
Escolas e Jardins sem dinheiro sequer para adquirirem ao menos papel higiénico e produtos de limpeza. Carteiras partidas. Materiais didácticos improvisados. Os professores eram autênticos mestres do desenrascanço, com malabarismos extraordinários para poderem acorrer às necessidades educativas dos seus alunos. Alguns Professores adiantavam dinheiro da sua algibeira para os alunos mais carenciados poderem ter os seus livros em tempo útil, porque a CMP só com mais de 3 meses de atraso é que pagava os apoios sociais.
Em pouco mais de 10 anos tudo se alterou. Nos 3 mandatos seguintes, as forças políticas que sucederam ao PSD deram dignidade às Escolas e aos Professores. Os apoios sociais pagos a tempo servem efectivamente para o que foram criados. Os recreios parecem locais tirados de estampas de países com um entendimento claro do que deve ser a educação num concelho que quer construir um futuro melhor para os seus filhos.
E o que aqui afirmo pode ser comprovado pelos jovens com 20 e poucos anos que saíram das escolas há mais de 10 anos. Que Escolas tinham e que Escolas hoje existem depois de o PSD ter desaparecido das responsabilidades de gestão da Câmara Municipal.
Assinalo pois com o maior repúdio, afirmações despudoradas que certos responsáveis dessa força política sobre a qualidade da sua governação. Quando se afirma que o Ensino Superior em Peniche é obra sua, é das mentiras mais ordinárias que eu vi escritas em letra de forma.
Honra seja feita a quem o promoveu efectivamente. Mas nunca ao PSD que se limitou por mandar exarar no Diário da República a existência fantasma de uma Universidade em Peniche, que só assumiu forma depois do PSD ter saído da Câmara Municipal.
Podem alguns ter dificuldade em engolir isto. Mas o PSD foi uma força retrógrada na educação em Peniche.
O mérito da existência da Escola da Atouguia da Baleia, está na necessidade de dar cobertura de toda a população escolar no Ensino obrigatório de 9 anos e na falência da Colégio Atlântico.
Quanto à EBI foi um drama o seu Projecto e a sua Construção. Mas isso só prova a incapacidade do PSD de Peniche no sector da Educação.
O seu a seu dono. E para um partido que diz pugnar pela verdade, melhor faria que se colocasse um freio em alguns dos seus militantes.
quinta-feira, setembro 17, 2009
COMO VOTAR
Esta postagem de hoje poderá eventualmente ser útil aos indecisos. Neste momento em que somos massacrados pelas Rádios e pelas TVs, por panfletos que dizem que e o seu contrário, existe uma fórmula para votar que sempre me foi útil e que vos quero transmitir.
Espero que vos sirva como a mim o tem feito ao longo dos tempos. Aqui vai:
1. Olho para as Associações políticas e/ou civicas que concorrem ao acto eleitoral;
2. Vejo as pessoas que concorrem
3. Penso no provérbio chinês: "O que se diz, ouve-se! O que se escreve, lê-se! O que se faz, vê-se!"
4. E pronto já sei onde votar, ou se opto por votar em branco.
Esta postagem de hoje poderá eventualmente ser útil aos indecisos. Neste momento em que somos massacrados pelas Rádios e pelas TVs, por panfletos que dizem que e o seu contrário, existe uma fórmula para votar que sempre me foi útil e que vos quero transmitir.
Espero que vos sirva como a mim o tem feito ao longo dos tempos. Aqui vai:
1. Olho para as Associações políticas e/ou civicas que concorrem ao acto eleitoral;
2. Vejo as pessoas que concorrem
3. Penso no provérbio chinês: "O que se diz, ouve-se! O que se escreve, lê-se! O que se faz, vê-se!"
4. E pronto já sei onde votar, ou se opto por votar em branco.
terça-feira, setembro 15, 2009
AS REDES SOCIAIS
Começam a ouvir-se as primeiras vozes discordantes destes sistemas interactivos que a Net proporciona. Para mim comparo-as às seitas religiosas. Invadem-nos o espaço-casa sem terem sido convidadas.
Facebook, Twitter, hi5, fazem todos parte do mesmo esquema. Exposição de cada um e afirmação da sua imagem à custa da aceitação dos outros. Quanto mais aderentes, maior o sentimento de segurança. Servem para pessoas pouco dadas ao convívio criarem uma falsa imagem de pertença.
A mim tal como a outras pessoas, já aconteceu receber por e-mail pedidos de amizade de pessoas que se cruzam connosco todos os dias e que nem os “Bons Dias” nos dão. È como aqueles católicos que na Igreja nos beijam e que depois vão para as Pastelarias e que no intervalo de um gole no galão e uma dentada no pastel de nata, vão “cortando na casaca” da pessoa que beijaram.
Quem é meu amigo, já o é. Não precisa de me enviar pedidos de amizade. Quem não é e quer ser, se mora na mesma terra que eu, combina uma ida ao café para beber uma bica e aí estabelece os laços que perdurarão para além do tempo de vida de um PC.
Não gosto de redes sociais.
Começam a ouvir-se as primeiras vozes discordantes destes sistemas interactivos que a Net proporciona. Para mim comparo-as às seitas religiosas. Invadem-nos o espaço-casa sem terem sido convidadas.
Facebook, Twitter, hi5, fazem todos parte do mesmo esquema. Exposição de cada um e afirmação da sua imagem à custa da aceitação dos outros. Quanto mais aderentes, maior o sentimento de segurança. Servem para pessoas pouco dadas ao convívio criarem uma falsa imagem de pertença.
A mim tal como a outras pessoas, já aconteceu receber por e-mail pedidos de amizade de pessoas que se cruzam connosco todos os dias e que nem os “Bons Dias” nos dão. È como aqueles católicos que na Igreja nos beijam e que depois vão para as Pastelarias e que no intervalo de um gole no galão e uma dentada no pastel de nata, vão “cortando na casaca” da pessoa que beijaram.
Quem é meu amigo, já o é. Não precisa de me enviar pedidos de amizade. Quem não é e quer ser, se mora na mesma terra que eu, combina uma ida ao café para beber uma bica e aí estabelece os laços que perdurarão para além do tempo de vida de um PC.
Não gosto de redes sociais.
domingo, setembro 13, 2009
PARASITAS/OPORTUNISTAS
Parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo. (Wikipédia)
Vem isto a propósito dos que se aproveitam do trabalho alheio para atingirem os seus objectivos. E isto não se passa só com os políticos. Atravessa toda a sociedade portuguesa.
Alguns utilizam trabalhos dos outros para apresentarem como seus. Esta é hoje uma actividade muito conhecida e desenvolvida na Internet.
O despropósito com que se apropriam das coisas dos outros é total e aberrante.
Não dou exemplos até porque pretendo que este Blog mantenha o grau de isenção ética que sempre lhe imprimi.

Vem isto a propósito dos que se aproveitam do trabalho alheio para atingirem os seus objectivos. E isto não se passa só com os políticos. Atravessa toda a sociedade portuguesa.
Alguns utilizam trabalhos dos outros para apresentarem como seus. Esta é hoje uma actividade muito conhecida e desenvolvida na Internet.
O despropósito com que se apropriam das coisas dos outros é total e aberrante.
Não dou exemplos até porque pretendo que este Blog mantenha o grau de isenção ética que sempre lhe imprimi.

sábado, setembro 12, 2009
JORGE DE SENA VERSUS PAÍS POLÍTICO
Veio finalmente para Portugal um dos maiores vultos da Cultura portuguesa. Por ser demasiado grande não coube a sua trasladação no Panteão Nacional.
“Cada vez mais penso que Portugal não precisa de ser salvo, porque estará sempre perdido como merece. Nós todos é que precisamos que nos salvem dele”. Por estas e outras palavras semelhantes o responsável máximo pelo veto político da obra do Nobel português, não pode estar presente. Ouviu a sirene dos Bombeiros e teve de ir apagar fogos. Também a sua comadre, que pretende ir fazer as limpezas a Belém, não conseguiu arranjar tempo na Agenda para se vergar sobre o peso de figura tamanha. O Grande Educador (JPP) não deve ter achado importante.
Termino mais uma vez com as palavras de Jorge Sena numa carta a Sophia de Mello Breyner:
“Como essa pátria tirando o povo e uns raros, é vil, canalha e mesquinha…”

“Cada vez mais penso que Portugal não precisa de ser salvo, porque estará sempre perdido como merece. Nós todos é que precisamos que nos salvem dele”. Por estas e outras palavras semelhantes o responsável máximo pelo veto político da obra do Nobel português, não pode estar presente. Ouviu a sirene dos Bombeiros e teve de ir apagar fogos. Também a sua comadre, que pretende ir fazer as limpezas a Belém, não conseguiu arranjar tempo na Agenda para se vergar sobre o peso de figura tamanha. O Grande Educador (JPP) não deve ter achado importante.
Termino mais uma vez com as palavras de Jorge Sena numa carta a Sophia de Mello Breyner:
“Como essa pátria tirando o povo e uns raros, é vil, canalha e mesquinha…”
sexta-feira, setembro 11, 2009
ADITAMENTO
Algumas pessoas que me encontraram na rua e outras que me telefonaram, chamaram-me a atenção por eu ontem não me ter referido ao PCP. Eu procurei e não encontrei razão para me referir a esse Partido que outrora tão grandes contributos à causa da Liberdade do Povo português.
Enquanto eles se esconderem atrás de uma sigla vaga e sem sentido (como nos tempos da clandestinidade) também eu me esconderei dele. O PCP que se apresente orgulhoso de si próprio, com o seu nome de gente e eu também repensarei aí a minha atitude.
Viver no século XXI com os mesmos pressupostos das décadas de 40 e 50 do século XX é pouco relevante e falho de convicções.
PCP para cá e PCP para lá. Chega à altura das eleições, envergonhado, muda de nome.
Esse Partido por enquanto não cabe no quadro de Eleições Legislativas nos meus considerandos.
VOTO EM BRANCO
Algumas pessoas que me encontraram na rua e outras que me telefonaram, chamaram-me a atenção por eu ontem não me ter referido ao PCP. Eu procurei e não encontrei razão para me referir a esse Partido que outrora tão grandes contributos à causa da Liberdade do Povo português.
Enquanto eles se esconderem atrás de uma sigla vaga e sem sentido (como nos tempos da clandestinidade) também eu me esconderei dele. O PCP que se apresente orgulhoso de si próprio, com o seu nome de gente e eu também repensarei aí a minha atitude.
Viver no século XXI com os mesmos pressupostos das décadas de 40 e 50 do século XX é pouco relevante e falho de convicções.
PCP para cá e PCP para lá. Chega à altura das eleições, envergonhado, muda de nome.
Esse Partido por enquanto não cabe no quadro de Eleições Legislativas nos meus considerandos.
VOTO EM BRANCO
quinta-feira, setembro 10, 2009
LEGISLATIVAS 2009: – O MEU VOTO
Reafirmo agora o que escrevi quando iniciei este Blog. A minha fidelidade política vai só para mim. Depois flutuarei entre aquilo que são os meus afectos e as minhas convicções. Em cada momento. Isto significa que a forma como votarei hoje pode nunca mais repetir-se.
Mas nunca deixarei de dizer sempre que me apeteça, como voto. Este é um Blog comprometido comigo e com mais ninguém. Ele irá necessariamente reflectir o que penso.
Posto isto vamos aos factos:
PSD – Não me assusta a Social-Democracia. Pelo contrário. Os países em que esse ideário sócio-politico teve (tem) maior desenvolvimento, são nações com grandes preocupações sociais e em que o apoio aos indivíduos e famílias é sempre prioritário, num quadro de grande respeito pelas liberdades individuais e colectivas. Não é pois o contexto ideológico que me coloca dúvidas.
Mas não me esqueço da Manuela Ferreira Leite Secretária de Estado de um governo Cavaco Silva. Nem da mesma criatura Ministra da Educação. Odienta. Nem da Ministra das Finanças do Governo do Grande Desertor.
Esta mulher assusta-me e eu quero ter uma Reforma sem grandes sobressaltos. Tenho medo das fidelidades dela ao Jardim da Madeira e aos arguidos por corrupção das suas listas de Deputados. Não acredito nas qualidades do Grande timoneiro J. P. P.
Definitivamente não votarei no PSD.
PS – As razões que me levaram a não votar em Sócrates quando ele ganhou a sua Maioria Absoluta são as mesmas que me levam a duvidar dele agora. Tem a seu favor aquilo em que inúmeros o condenaram. O que foi feito no Ministério da Educação. A Ministra teve razão desde sempre e era bom que em final de mandato isso fosse repetido. Mesmo que se perdesse as eleições. Quem não defende os seus e sabendo que tem razão…
Depois o meu ex-camarada, rasga compromissos com o mesmo à vontade com que eu rasgo envelopes. E respeito por mim enquanto ser social não tem nenhum. Defende a sua “camarilha” enquanto o servem.
Mas eu poderia conseguir esquecer todos estes argumentos se não soubesse quem faz parte da lista de Candidatos a Deputados do Distrito de Leiria. Só de olhar para o nome que figura em 5º lugar é suficiente para eu me sentir mal e próximo de um AVC.
Ora como não quero ir desta para melhor…
Não voto PS
CDS /PP/BE – Nem 8 nem 80. A demagogia em estado puro. São aqueles que sabem que é fácil fazer promessas, porque sabem que não têm de as cumprir. Resta-lhes dizer mal. E é fácil dizer mal. Os outros porque vão fazendo coisas acabam por cometer erros. Basta estar atento e aproveitá-los.
Nem Portas, nem Louçã. Passam a vida em feiras e dizem que isto está mal. Mal está para quem tem de trabalhar.
Nestes não voto e ponto final.
Fica-me a dúvida. Ou votar em Carmelinda Pereira (POUS) ou em Branco. A primeira merece a minha simpatia pela coerência e pelo ânimo. Há quanto tempo eu teria desistido. Mas ela mantém-se firme. Mas eu preciso de um voto que também o seja de revolta. De contestação contra tanto regabofe. De um voto que me permita dizer que também quero votar só não sei em quem. Está decidido:
- VOTO EM BRANCO nas legislativas de 2009.
Reafirmo agora o que escrevi quando iniciei este Blog. A minha fidelidade política vai só para mim. Depois flutuarei entre aquilo que são os meus afectos e as minhas convicções. Em cada momento. Isto significa que a forma como votarei hoje pode nunca mais repetir-se.
Mas nunca deixarei de dizer sempre que me apeteça, como voto. Este é um Blog comprometido comigo e com mais ninguém. Ele irá necessariamente reflectir o que penso.
Posto isto vamos aos factos:
PSD – Não me assusta a Social-Democracia. Pelo contrário. Os países em que esse ideário sócio-politico teve (tem) maior desenvolvimento, são nações com grandes preocupações sociais e em que o apoio aos indivíduos e famílias é sempre prioritário, num quadro de grande respeito pelas liberdades individuais e colectivas. Não é pois o contexto ideológico que me coloca dúvidas.
Mas não me esqueço da Manuela Ferreira Leite Secretária de Estado de um governo Cavaco Silva. Nem da mesma criatura Ministra da Educação. Odienta. Nem da Ministra das Finanças do Governo do Grande Desertor.
Esta mulher assusta-me e eu quero ter uma Reforma sem grandes sobressaltos. Tenho medo das fidelidades dela ao Jardim da Madeira e aos arguidos por corrupção das suas listas de Deputados. Não acredito nas qualidades do Grande timoneiro J. P. P.
Definitivamente não votarei no PSD.
PS – As razões que me levaram a não votar em Sócrates quando ele ganhou a sua Maioria Absoluta são as mesmas que me levam a duvidar dele agora. Tem a seu favor aquilo em que inúmeros o condenaram. O que foi feito no Ministério da Educação. A Ministra teve razão desde sempre e era bom que em final de mandato isso fosse repetido. Mesmo que se perdesse as eleições. Quem não defende os seus e sabendo que tem razão…
Depois o meu ex-camarada, rasga compromissos com o mesmo à vontade com que eu rasgo envelopes. E respeito por mim enquanto ser social não tem nenhum. Defende a sua “camarilha” enquanto o servem.
Mas eu poderia conseguir esquecer todos estes argumentos se não soubesse quem faz parte da lista de Candidatos a Deputados do Distrito de Leiria. Só de olhar para o nome que figura em 5º lugar é suficiente para eu me sentir mal e próximo de um AVC.
Ora como não quero ir desta para melhor…
Não voto PS
CDS /PP/BE – Nem 8 nem 80. A demagogia em estado puro. São aqueles que sabem que é fácil fazer promessas, porque sabem que não têm de as cumprir. Resta-lhes dizer mal. E é fácil dizer mal. Os outros porque vão fazendo coisas acabam por cometer erros. Basta estar atento e aproveitá-los.
Nem Portas, nem Louçã. Passam a vida em feiras e dizem que isto está mal. Mal está para quem tem de trabalhar.
Nestes não voto e ponto final.
Fica-me a dúvida. Ou votar em Carmelinda Pereira (POUS) ou em Branco. A primeira merece a minha simpatia pela coerência e pelo ânimo. Há quanto tempo eu teria desistido. Mas ela mantém-se firme. Mas eu preciso de um voto que também o seja de revolta. De contestação contra tanto regabofe. De um voto que me permita dizer que também quero votar só não sei em quem. Está decidido:
- VOTO EM BRANCO nas legislativas de 2009.
quarta-feira, setembro 09, 2009
A MISSA
A propósito de uma “postagem” recente um amigo meu em conversa comigo estranhava, certas afirmações (?) feitas lá por mim. Eu tentei explicar-lhe as minhas dúvidas e os meus medos. Depois vim para casa e em cima da secretária encontrei um recorte que fiz de uma brilhante entrevista feita pelo “Expresso” ao Ruy de Carvalho.
E nesse recorte estão os meus embaraços. Sinto-me quebrar ao ler o que li. É então que me apetecer ser o que sou e também o contrário de mim mesmo.
Pergunto a mim mesmo se a Fé não se pode encontrar naquilo que nos surpreende e atinge. Transcrevo a parte da entrevista que me deixou perplexo e de rastos.
Diz o Ruy de Carvalho a certa altura:
…Uma vez tive uma resposta muito interessante em Penafiel, no Calvário. É uma obra do Padre Américo, onde estão as pessoas que já não têm nenhuma saída para a vida. E eu perguntei aos padres que estavam lá como é que era a missa. “A missa são eles. Eles é que são as chagas de Cristo. Eles é que são o sofrimento que Cristo teve. Temos de os tratar. A missa é quando os tratamos. Não tem horário. Também rezamos, mas é quando os ajudamos. Quando os ajudamos a não terem tantas dores.”
E eu remato dizendo que esta missa eu compreendo. Esta Eucaristia tem tudo o que precisamos para perceber o sentido da Vida.
A propósito de uma “postagem” recente um amigo meu em conversa comigo estranhava, certas afirmações (?) feitas lá por mim. Eu tentei explicar-lhe as minhas dúvidas e os meus medos. Depois vim para casa e em cima da secretária encontrei um recorte que fiz de uma brilhante entrevista feita pelo “Expresso” ao Ruy de Carvalho.
E nesse recorte estão os meus embaraços. Sinto-me quebrar ao ler o que li. É então que me apetecer ser o que sou e também o contrário de mim mesmo.
Pergunto a mim mesmo se a Fé não se pode encontrar naquilo que nos surpreende e atinge. Transcrevo a parte da entrevista que me deixou perplexo e de rastos.
Diz o Ruy de Carvalho a certa altura:
…Uma vez tive uma resposta muito interessante em Penafiel, no Calvário. É uma obra do Padre Américo, onde estão as pessoas que já não têm nenhuma saída para a vida. E eu perguntei aos padres que estavam lá como é que era a missa. “A missa são eles. Eles é que são as chagas de Cristo. Eles é que são o sofrimento que Cristo teve. Temos de os tratar. A missa é quando os tratamos. Não tem horário. Também rezamos, mas é quando os ajudamos. Quando os ajudamos a não terem tantas dores.”
E eu remato dizendo que esta missa eu compreendo. Esta Eucaristia tem tudo o que precisamos para perceber o sentido da Vida.
terça-feira, setembro 08, 2009
LEGISLATIVAS 2009
Comentário num jornal espanhol a um dos cartazes da campanha eleitoral portuguesa:
«Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. "Não desista. Todos somos precisos", reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»
Jordi Joan, La Vanguardia
Comentário num jornal espanhol a um dos cartazes da campanha eleitoral portuguesa:

«Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. "Não desista. Todos somos precisos", reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»
Jordi Joan, La Vanguardia
segunda-feira, setembro 07, 2009
PORQUÊ?
Estes últimos anos têm sido pródigos em situações que me colocam perante um sem número de dúvidas. Desde logo sobre mim próprio. Depois sobre o sentido da existência ou a falta dele.
O agnosticismo prende-se a mim como uma lapa à sua rocha e tudo me é mais difícil de compreender. Para os que têm Fé é fácil. Fecham os olhos à realidade que os cerca e aos seus impactos. Acreditam que tudo serve para pôr à prova a sua crença e o seu prémio para além da vida, e seguem caminho imperturbavelmente.
Tudo isto a propósito da sequência de mortes que têm estupidamente posto fim à presença física de amigos meus daqui para o futuro.
O Diogo é o último desta sequência estúpida e sem sentido. E então interrogo-me: - Porquê eles e não eu… Que é que pode perceber-se no desaparecimento de pessoas mais novas que eu e que tanto tinham ainda para dar de si aos outros. Como pode haver um Justo Ser que permita este calvário de dor?
Não que eu queira morrer. Adoro a vida. Tenho repetido até à exaustão que quando morrer, vou ter saudades de mim. Gosto de sair à rua e cumprimentar as pessoas. Gosto de ver o mar e o sol e a chuva. Quero estar cá. Mas também quero encontrar ao voltar da esquina os meus amigos.
Quero que o telelé toque e que eu veja que é o Carolino angustiado com a situação do seu Boavistão. Ou que é o Vítor Mamede a dizer-me que acabou as férias e está tudo como ele gosta (e eu também) na sua Escola. Ou que é o meu irmão a dizer-me que vem a Peniche no próximo fim-de-semana. Ou que entro na Afrodite e que o Zé Batista se levanta da mesa onde está a tomar café e vem ter comigo para falarmos das nossas filhas. Ou que telefono todo atrapalhado para a Trilógica e ouço do lado de lá a voz inconfundível do Diogo a dizer-me para eu levar o PC que se dá um jeito para que este Blog saia a tempo e horas.
Por tudo isto eu estou a pedir demais? Só quero aqueles pequenos nadas que fazem de mim uma pessoa feliz. Está a chegar o tempo em que não quero mais acompanhar ninguém para o irremediável. Quero os meus amigos ao pé de mim. Ter a sua memória comigo começa a não ser suficiente. Amo a vida. Mas amo-a com as pessoas de quem gosto.
Estes últimos anos têm sido pródigos em situações que me colocam perante um sem número de dúvidas. Desde logo sobre mim próprio. Depois sobre o sentido da existência ou a falta dele.
O agnosticismo prende-se a mim como uma lapa à sua rocha e tudo me é mais difícil de compreender. Para os que têm Fé é fácil. Fecham os olhos à realidade que os cerca e aos seus impactos. Acreditam que tudo serve para pôr à prova a sua crença e o seu prémio para além da vida, e seguem caminho imperturbavelmente.
Tudo isto a propósito da sequência de mortes que têm estupidamente posto fim à presença física de amigos meus daqui para o futuro.
O Diogo é o último desta sequência estúpida e sem sentido. E então interrogo-me: - Porquê eles e não eu… Que é que pode perceber-se no desaparecimento de pessoas mais novas que eu e que tanto tinham ainda para dar de si aos outros. Como pode haver um Justo Ser que permita este calvário de dor?
Não que eu queira morrer. Adoro a vida. Tenho repetido até à exaustão que quando morrer, vou ter saudades de mim. Gosto de sair à rua e cumprimentar as pessoas. Gosto de ver o mar e o sol e a chuva. Quero estar cá. Mas também quero encontrar ao voltar da esquina os meus amigos.
Quero que o telelé toque e que eu veja que é o Carolino angustiado com a situação do seu Boavistão. Ou que é o Vítor Mamede a dizer-me que acabou as férias e está tudo como ele gosta (e eu também) na sua Escola. Ou que é o meu irmão a dizer-me que vem a Peniche no próximo fim-de-semana. Ou que entro na Afrodite e que o Zé Batista se levanta da mesa onde está a tomar café e vem ter comigo para falarmos das nossas filhas. Ou que telefono todo atrapalhado para a Trilógica e ouço do lado de lá a voz inconfundível do Diogo a dizer-me para eu levar o PC que se dá um jeito para que este Blog saia a tempo e horas.
Por tudo isto eu estou a pedir demais? Só quero aqueles pequenos nadas que fazem de mim uma pessoa feliz. Está a chegar o tempo em que não quero mais acompanhar ninguém para o irremediável. Quero os meus amigos ao pé de mim. Ter a sua memória comigo começa a não ser suficiente. Amo a vida. Mas amo-a com as pessoas de quem gosto.
domingo, setembro 06, 2009
sábado, setembro 05, 2009
A CURIOSIDADE MATOU O GATO...
Era uma vez um sujeito que estava curioso para saber como funcionava o banheiro das mulheres. Entrou num banheiro de um shopping dos mais modernos, achou tudo muito bonito, sentou-se, fez o que precisava e notou que ao lado do "trono" haviam 4 botões: AM, SAQ, AT, e RAT.
Curioso apertou o primeiro, AM, e recebeu um maravilhoso jato de Água Morna nas partes baixas. Achou ótimo e pensou: "é por isso que as mulheres demoram tanto no banheiro.
"Apertou o segundo botão, SAQ, e recebeu a Secagem de Ar Quente. Um espectáculo, achou óptimo.
Foi para o terceiro botão, AT, e recebeu uma pequena almofadada de talco refrescante e perfumada em toda a região. Que maravilha!
Apertou o quarto e ultimo botão, RAT.
Acordou numa cama todo amarrado, ao lado uma enfermeira. Ele pergunta:
"- Onde estou, o que aconteceu?" E ela:
"- Você esta no Hospital Albert Einstein, foi trazido pelos seguranças do Shopping. Você accionou o RAT, Removedor Automático de Tampax, e a sua pila está ali, naquele vidrinho!"
Era uma vez um sujeito que estava curioso para saber como funcionava o banheiro das mulheres. Entrou num banheiro de um shopping dos mais modernos, achou tudo muito bonito, sentou-se, fez o que precisava e notou que ao lado do "trono" haviam 4 botões: AM, SAQ, AT, e RAT.
Curioso apertou o primeiro, AM, e recebeu um maravilhoso jato de Água Morna nas partes baixas. Achou ótimo e pensou: "é por isso que as mulheres demoram tanto no banheiro.
"Apertou o segundo botão, SAQ, e recebeu a Secagem de Ar Quente. Um espectáculo, achou óptimo.
Foi para o terceiro botão, AT, e recebeu uma pequena almofadada de talco refrescante e perfumada em toda a região. Que maravilha!
Apertou o quarto e ultimo botão, RAT.
Acordou numa cama todo amarrado, ao lado uma enfermeira. Ele pergunta:
"- Onde estou, o que aconteceu?" E ela:
"- Você esta no Hospital Albert Einstein, foi trazido pelos seguranças do Shopping. Você accionou o RAT, Removedor Automático de Tampax, e a sua pila está ali, naquele vidrinho!"
sexta-feira, setembro 04, 2009
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
Foi em 1970 que abri a minha 1ª conta com 100$00 (50 cêntimos em moeda actual), nesta empresa bancária da qual ainda hoje por força das circunstâncias sou cliente.
O seu balcão da cidade de Peniche constituiu ao longo dos anos um exemplo daquilo que sempre me enervou. Demorado no atendimento, funcionários mal dispostos, respostas secas às perguntas, dificuldades e obstáculos na resolução de problemas. E o facto de haver alguns entre eles mais cordiais não me impediu em quase 40 anos de fugir daquele balcão como o Diabo foge da Cruz. Comparável só mesmo o Centro de Saúde de Peniche. Quero dizer em abono da verdade que quer no balcão da Atouguia da Baleia, quer da Lourinhã, as coisas se processavam de maneira completamente diferente. Eficiência e simpatia ajudavam os clientes naqueles locais a sentirem-se bem.
Por tudo isso quando veio a Internet e o serviço de Caixa Directa, tornei-me seu utilizador fanático.
Nos últimos anos as minhas entradas na CGD da Cidade de Peniche, tornaram-se pois cada vez mais raras.
Acontece que entrei lá nestas últimas semanas por 2 vezes para tratar de assuntos que me preocupavam. Comecei por estranhar o facto de haver tão pouca gente a ser atendida. Depois o facto de conhecer só 1 ou 2 funcionários. Ainda não tinha quase tido tempo de me chegar ao balcão e já estava a ser chamado.
Fui atendido por elementos que foram de uma simpatia inexcedível. Que me explicaram de forma extremamente cordial tudo o que eu precisava de saber.
Alguma coisa mudou naquela instituição. Para melhor. Para substantivamente melhor. Eu que tenho sido um detractor ao longo dos anos, estou a começar a mudar de opinião.
Gostei.
Foi em 1970 que abri a minha 1ª conta com 100$00 (50 cêntimos em moeda actual), nesta empresa bancária da qual ainda hoje por força das circunstâncias sou cliente.
O seu balcão da cidade de Peniche constituiu ao longo dos anos um exemplo daquilo que sempre me enervou. Demorado no atendimento, funcionários mal dispostos, respostas secas às perguntas, dificuldades e obstáculos na resolução de problemas. E o facto de haver alguns entre eles mais cordiais não me impediu em quase 40 anos de fugir daquele balcão como o Diabo foge da Cruz. Comparável só mesmo o Centro de Saúde de Peniche. Quero dizer em abono da verdade que quer no balcão da Atouguia da Baleia, quer da Lourinhã, as coisas se processavam de maneira completamente diferente. Eficiência e simpatia ajudavam os clientes naqueles locais a sentirem-se bem.
Por tudo isso quando veio a Internet e o serviço de Caixa Directa, tornei-me seu utilizador fanático.
Nos últimos anos as minhas entradas na CGD da Cidade de Peniche, tornaram-se pois cada vez mais raras.
Acontece que entrei lá nestas últimas semanas por 2 vezes para tratar de assuntos que me preocupavam. Comecei por estranhar o facto de haver tão pouca gente a ser atendida. Depois o facto de conhecer só 1 ou 2 funcionários. Ainda não tinha quase tido tempo de me chegar ao balcão e já estava a ser chamado.
Fui atendido por elementos que foram de uma simpatia inexcedível. Que me explicaram de forma extremamente cordial tudo o que eu precisava de saber.
Alguma coisa mudou naquela instituição. Para melhor. Para substantivamente melhor. Eu que tenho sido um detractor ao longo dos anos, estou a começar a mudar de opinião.
Gostei.
quarta-feira, setembro 02, 2009
JOGOS POLÍTICOS DE TRAZER POR CASA
Que pena que é Peniche só ter o tamanho de um penico de bebé. Se fossemos uma terra com uma importância maior, também teríamos o nosso Freeport. E os nossos candidatos a políticos teriam alguma coisa de substancial com que se entreterem.
Assim, vão vivendo este indolente período de guerrinhas com questões de lana-caprina. Vem isto a propósito de um panfleto semi-clandestino difundido no twitter, em que uma força da oposição de forma indecorosa, deturpa o que foi aprovado para o Centro Hospitalar do Oeste, esperando tirar assim dividendos da sua afirmação na defesa dos superiores interesses da população do Concelho. (Esta frase foi arrancada do fundo de mim mesmo).
Os que nos governam, defendem-se argumentando com o que lhes parece ser razoável para desmontar a cabala. Como se alguém ligasse importância a uns e a outros. Como se estes auto-proclamados comunicados acrescentassem um voto que fosse aos que já lhes são afectos. Não serão os abstencionistas que se vão sentir entusiasmados a votar com estas não-atitudes.
Quem detém o poder conhece os métodos melhor que ninguém. Estou a recordar-me da campanha insidiosa que foi montada na altura da adjudicação do lanço do IP6 entre Peniche e Amoreira. Ou da História da descoberta das Tasquinhas Rurais para combater a importância crescente dos Sabores do Mar. E por aí fora.
No fundo todos estudámos nos mesmos livros ou ensinámos os mais novos na mesma cartilha onde estudámos.
Somos assim. Macaquinhos de imitação e penicheiros indolentes e sem memória. Não há nada a fazer.
Que pena que é Peniche só ter o tamanho de um penico de bebé. Se fossemos uma terra com uma importância maior, também teríamos o nosso Freeport. E os nossos candidatos a políticos teriam alguma coisa de substancial com que se entreterem.
Assim, vão vivendo este indolente período de guerrinhas com questões de lana-caprina. Vem isto a propósito de um panfleto semi-clandestino difundido no twitter, em que uma força da oposição de forma indecorosa, deturpa o que foi aprovado para o Centro Hospitalar do Oeste, esperando tirar assim dividendos da sua afirmação na defesa dos superiores interesses da população do Concelho. (Esta frase foi arrancada do fundo de mim mesmo).
Os que nos governam, defendem-se argumentando com o que lhes parece ser razoável para desmontar a cabala. Como se alguém ligasse importância a uns e a outros. Como se estes auto-proclamados comunicados acrescentassem um voto que fosse aos que já lhes são afectos. Não serão os abstencionistas que se vão sentir entusiasmados a votar com estas não-atitudes.
Quem detém o poder conhece os métodos melhor que ninguém. Estou a recordar-me da campanha insidiosa que foi montada na altura da adjudicação do lanço do IP6 entre Peniche e Amoreira. Ou da História da descoberta das Tasquinhas Rurais para combater a importância crescente dos Sabores do Mar. E por aí fora.
No fundo todos estudámos nos mesmos livros ou ensinámos os mais novos na mesma cartilha onde estudámos.
Somos assim. Macaquinhos de imitação e penicheiros indolentes e sem memória. Não há nada a fazer.
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